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Psicoterapia Reencarnacionista em 10 lições - Parte 8: Como libertar-se

Psicoterapia Reencarnacionista em 10 lições - Parte 8: Como libertar-se
Publicado dia 1/28/2005 12:53:55 PM em Vidas Passadas

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A utilização da Psicoterapia Reencarnacionista exige, principalmente, uma convicção a respeito de suas premissas básicas. Como falei anteriormente, não se trata de fé e sim de experiências e vivências a nível espiritual que fazem com que não existam mais dúvidas sobre a realidade do Espírito (Essência) e sua vida eterna e da reencarnação como uma oportunidade de evolução consciencial. Essa certeza só pode ser atingida pela prática nas lides espirituais, em locais de atendimento e pela verificação pessoal, no dia-a-dia, de provas dessas realidades. A Religião lida com "crer", mas estamos falando de conhecimento, experiências e vivências. A Psicoterapia Reencarnacionista é Psicologia unida à Religião.

O que observo nas pessoas espiritualizadas, em trabalhadores de Centros Espíritas e Espiritualistas, é que ao entrarem em contato com as premissas dessa nova terapia da finalidade da encarnação, têm como primeiro comentário o de que tudo é muito óbvio e por demais conhecido. Concordo inteiramente com isso, pois, como já afirmei, não estamos criando nada e sim fazendo uma compilação de idéias e concepções de ordem espiritual e filosófica e as transformando numa técnica psicoterápica. Quando pergunto aos meus pacientes se mesmo conhecendo essa dicotomia Essência-Personalidade Inferior e a necessidade da submissão dessa em relação àquela - e concordando que não somos quem afirmamos ser e sim apenas ‘estamos’ – e se isso é aplicado em sua vida diária, geralmente tenho a resposta de que, em termos cotidianos, isso não acontece.

E por que não? Porque somos submetidos desde nossa mais tenra infância a uma verdadeira doutrinação mental, a um tipo de ideação que não gosta de divergências. O certo é considerado certo sem muitas possibilidades de contestação e o máximo que se permite são divergências quanto ao modo de relacionamento entre as pessoas, às vezes mais liberal, às vezes mais autoritário. O Consciente Coletivo ocidental, fruto de séculos de dominação de religiões não-reencarnacionistas é, conseqüentemente, não-reencarnacionista e precisamos ficar atentos a isso. Desse Consciente Coletivo originou-se a Psicologia dessa vida apenas e a Psiquiatria do cérebro. Os profissionais dessas terapias que acreditam na reencarnação devem perguntar-se se o que estão fazendo, como estão vendo seus pacientes, é coerente com sua crença.

Uma das tarefas do Psicoterapeuta Reencarnacionista é ajudar as pessoas a libertarem-se desses grilhões imaginários, pois são temporários, que criam as doenças físicas através da ação dos pensamentos e sentimentos negativos nos órgãos e partes do corpo correspondentes. Devemos auxiliar nosso paciente a libertar-se de si mesmo, do rótulo do seu nome e da sua personalidade aparente (persona) e conectar-se com sua Essência.

Os relatos dos pacientes são verdades, a mágoa é realmente dolorosa, a raiva é poderosa, mas são verdades do ponto de vista de suas Personalidades inferiores e não de suas Essências. É muito diferente a visão desses nossos dois aspectos: um fato ou vivência que pareça altamente traumática e desagradável para nós enquanto personalidade encarnada, pode ser uma necessária oportunidade de crescimento e de mudança (retificação de caminho), mas que não é vista assim, pela visão míope e imediatista da ‘persona’, que raramente enxerga as coisas com profundidade. Pode ser uma doença, um acidente, um fracasso, uma dificuldade, enfim, alguma circunstância que a personalidade não goste, mas do ponto de vista da sua Essência, em seus projetos de evolução e de aprimoramento, como é vista aquela mesma circunstância? E isso pode ser uma rejeição intra-uterina ou na primeira infância, um defeito congênito, uma “perda” afetiva, um revés profissional, financeiro, etc. Freqüentemente, no caminho da evolução espiritual, o desagradável é apenas inevitável e o “injusto” é algo necessário, geralmente um retorno.

As famílias de Espíritos encarnados, estruturadas da maneira como estão, sob uma ótica não-reencarnacionista - com seus rótulos de pai, mãe e filho como estados reais e absolutos - são a maior forte fonte inicial de competições e disputas, pois geralmente aí estão os reencontros de Espíritos conflitantes em busca de harmonização. Acreditarmos que somos esses rótulos e não percebermos que estamos vivendo esses papéis nessa encarnação, muitas vezes fazendo com que tudo pareça pesado demais! É realmente doloroso e poderoso um conflito entre um pai e um filho, entre uma mãe e um filho, entre irmãos, pois a mágoa, a raiva, a sensação de rejeição, de abandono, nessas interações, são as mais fortes que vivenciamos em uma encarnação. A necessidade de psicoterapia é imperiosa e auxilia bastante os participantes desses dramas, mas se essa psicoterapia analisar essas questões do ponto de vista reencarnacionista, além do auxílio, trará uma enorme ampliação da compreensão desses conflitos. A Psicoterapia Reencarnacionista trabalha em cima da finalidade potencialmente benéfica das situações “negativas” em uma encarnação, e pode-se começar questionando do porquê ter vindo filho daquele pai, daquela mãe, irmão daquele desafeto, etc. A informação de uma possível necessidade de ter de passar por essa situação, de ter participado previamente desse arranjo familiar, de estar resgatando algo, enfim, a inclusão dos princípios reencarnacionistas na consulta psicoterápica pode fazer com que uma postura de vítima transforme-se em uma atitude de interesse em saber mais sobre a reencarnação, em entender por quê as coisas acontecem, o que estamos fazendo aqui na Terra. Embora, muitas vezes, as coisas devessem seguir um rumo e seguem outro por falha de um dos participantes da situação; por exemplo, um pai que deveria parar de beber e não pára, uma mãe que deveria tornar-se carinhosa e não se torna, etc. Nem tudo o que acontece por aqui “estava escrito”, tinha de acontecer, etc.

Libertar-se exige coragem, pois o começo da relativização traz consigo uma sensação que imagino semelhante ao processo de desencarne, porém ainda estando encarnado. Desencarnar não traz, automaticamente, paz e tranqüilidade, apenas libertar-se dos rótulos, dos pensamentos e sentimentos negativos o permite. Muitas pessoas, após desencarnarem, ainda permanecem apegadas a essas ilusões, e esses são os espíritos sofredores, vingativos, alcoolistas, etc. Aquelas que libertam-se permanecem, claro, com os mesmos pensamentos e sentimentos, mas aos poucos vão percebendo a verdade, e se libertam. A persona continua a mesma no período interencarnações, mas recebendo a oportunidade de ver as coisas como realmente são. Nas regressões percebemos que as pessoas desencarnam, chegam ao Plano Astral com a mesma maneira de ser e, somente aos poucos é que começam a ir deixando de sentir a tristeza, a mágoa, a raiva, os medos, a solidão, etc.É enganoso acreditar que basta desencarnar para ficar em paz, não é assim. Freqüentemente é necessário um tempo de atendimento em hospitais e de estudo em escolas do Astral para as pessoas começarem a sentir-se bem. Depois de um tempo, maior ou menor, embora lá não exista o tempo como o conhecemos aqui, o triste não sente mais tristeza, o bravo fica calmo, o autoritário torna-se cooperativo, o medroso não sente mais medo, o que se considera inferior deixa de sentir-se assim, etc. A freqüência elevadíssima daquele local ativa os chakras superiores e inibe os chakras inferiores e, com isso, as nossas inferioridades ocultam-se e as características superiores aparecem. Mas basta voltar para cá, já dentro do útero, a baixa freqüência da Terra provoca o processo inverso e as nossas antigas características inferiores voltam a surgir e as superiores ocultam-se. Lá em cima nós revelamos nossas superioridades e aqui em baixo as nossas inferioridades, por isso retornamos para cá, para sabermos o que temos de eliminar, de curar, em nós. E estamos evoluindo nesse planeta porque aqui as coisas são assim e precisamos passar por isso. Um dia, estaremos em outro planeta mais evoluído.

Quando estamos lá em cima, no Astral da Terra, desencarnados, depois de um tempo, passamos a entender bem a questão das ilusões terrenas, dos rótulos, do karma, etc., então por que esperar o período pós-desencarne para iniciar o processo de libertação das ilusões se podemos fazê-lo já? Ajudar as pessoas a libertarem-se é uma das finalidades da Psicoterapia Reencarnacionista. Mas não estamos acostumados à liberdade, pois nossas prisões imaginárias iniciam-se muito cedo. Dentro do útero materno já somos o "nenê” que vai nascer, filho de alguém com alguém, de tal e tal família, de uma determinada classe social, num certo pais, numa certa religião, etc. Em seguida nos é dado um nome e um registro e todos passam a nos chamar por aquele nome e passamos então a ser isso. Nós que havíamos descido livres, estamos assim presos nos rótulos, nos nomes e nos registros. Esse hábito aparentemente inocente é o começo de tudo, pois a partir daí não somos mais uma Essência que reencarnou e sim uma persona que, quando muito, de vez em quando, recorda que possui um aspecto espiritual. Acreditamos que somos uma pessoa que possui um Espírito e não o contrário, uma Essência que vive temporariamente em uma “casca”, em uma persona, e isso nos coloca diretamente dentro da Grande Armadilha, da qual dificilmente sairemos ilesos.

Estamos querendo implantar aqui na Terra, para os encarnados, um processo psicoterapêutico semelhante ao que ocorre com os desencarnados quando no período interencarnações, quando passam a conhecer as verdades a seu respeito, dos seus afins e outras questões sobre a evolução espiritual, a reencarnação e os seus percalços. O livre-arbítrio continua soberano e toda e qualquer mudança de mentalidade e orientação passa certamente por ele. A Psicoterapia Reencarnacionista quer trazer a luz dos conhecimentos espirituais para a Psicologia, libertá-la de um “início”, de um “fim” e de uma falta de sentido para a vida. Queremos auxiliar a abreviar o sofrimento, mantido pela ignorância, recordando a verdade.

Outra questão importante a considerar é a noção de sofrimento e de sacrifício ligada ao karma. Muitas pessoas dizem que devem sofrer, pagar, agüentar, etc. Estão erradas, pois o karma, pelo contrário, deve ser superado com felicidade, com alegria de viver, com motivação. Ninguém evolui espiritualmente com tristeza, mágoa, depressão, no máximo, está aprendendo o que não deve fazer, como não deve ser. Muitas vezes precisamos sofrer para aprendermos a não fazer os outros sofrerem, ou seja, passamos por situações de abandono, de rejeição, etc. porque em encarnações anteriores fizemos isso e agora estamos recebendo o retorno para aprendermos a lição. Mas quem permanece no sofrimento além do tempo necessário, passa a sofrer em vão, sem que isso sirva para nada, pois não lhe traz crescimento e evolução. Se alguém reencarnou para sofrer por algo, deve procurar sofrer apenas o tempo certo, aprender a lição rapidamente, mudar o que tem de mudar em si e buscar ser feliz, pois só com felicidade o Espírito evolui.

Libertar-se exige coragem e a maioria de nós ainda não a possui suficientemente. Estamos quase todos presos em nossos nomes, em nossos sobrenomes, em nossos objetivos pequenos e mesquinhos, em nossa curta e distorcida visão. Mas chegará o tempo, eu tenho certeza, em que essa libertação acontecerá em grande escala e esse tempo será semelhante ao paraíso descrito nos livros e não mais nos sentiremos separados uns dos outros, não mais nos sentiremos pessoas com um Espírito e sim como Essências encarnadas. E a união de todas as Essências em busca de um objetivo comum, fará encerrarem-se as disputas, as competições e as injustiças. Os recém-chegados não mais serão encarados como nenês, filhos dos seus pais, netos dos seus avós, etc., e sim como novos companheiros de jornada, o que aumentará o respeito sincero e a responsabilidade sadia por eles, por parte de todos que chegaram aqui antes, quanto à sua orientação e direcionamento pelo verdadeiro Caminho. As Escolas serão locais aonde se aprenderá a evoluir-se integralmente e a nos amarmos uns aos outros, um amor humanitário, e a nos respeitarmos mutuamente, e nos ensinarão a colaboração, para que todos tenham uma feliz e proveitosa passagem terrena. Os esportes não mais serão competitivos e sim apenas de finalidade recreativa, de boa saúde, pois já se terá a noção de que uma disputa nunca é inocente e sempre leva a outra e a outra e a outra, até chegar às guerras. Já se saberá que querer ser o primeiro é o mesmo que querer lutar, o querer sobrepujar é o mesmo que guerrear e o separar para enfrentar, o mesmo que matar.

As Escolas ensinarão principalmente o autoconhecimento, a liberdade emocional e o amor incondicional. Os hemisférios direito e esquerdo estarão, finalmente, em igualdade de condições, o masculino e o feminino interno em perfeita harmonia.

Devemos buscar a união de todos em beneficio de todos e isso só será possível quando todos olharem-se interiormente e enxergarem-se como realmente são: Essências em viagem de estudos e aprimoramento. Essa passagem terrena é uma Escola e somente no dia em que todos nós formos ótimos alunos, em que tivermos realmente aprendido as lições, o nosso planeta será um lugar de paz, harmonia e beleza. Por enquanto, pelo predomínio das ilusões, pelo poder exercido pelas Personalidades, o que se observa é o oposto.


por Mauro Kwitko

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Sobre o autor
Mauro Kwitko é médico auto-licenciado do Conselho de Medicina para poder dedicar-se livremente ao seu trabalho como psicoterapeuta reencarnacionista. Em 1996, começou a elaborar e divulgar a Psicoterapia Reencarnacionista. É fundador e presidente da ABPR. Ministra Cursos de Formação em Psicoterapia Reencarnacionista e Regressão Terapêutica há muitos anos, tendo formado centenas de psicoterapeutas reencarnacionistas.
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