- Há algum tempo, Ester participa do Projeto Mutação. Sempre se ocupando dos filhos e marido, querendo principalmente que a filha se projetasse na vida, realizando uma existência independente e segura, com marido e filhos. Aliás, ela não é a única com esse projeto. Eu, no entanto, observava sua performance e procurava administrar nela um processo para “tirar” a filha de seu universo. Não podia dizer isso a Ester, pois ela entendia que a filha é que era a dependente. O processo durou alguns meses, até que Ester apareceu para o processo no Instituto Alvorecer trazendo um semblante de apreensão e sofrimento. Contou-me que na semana anterior tinha tido um transtorno estranho no estômago, inclusive com o intestino se alterando. Era como se algo se soltasse dela, como que tirassem uma “coisa” de seu chakra do plexo solar. Para espanto da Ester, eu informei que tudo o que vivenciara fora um processo de desligamento em relação à filha: ela estava “soltando” a menina que trazia ainda em seu corpo. Ficou feliz por entender o que aconteceu e a consciência desse processo trouxeram para ela uma paz de espírito intensa e um alívio muito grande.
Na primeira oportunidade que teve, foi conversar com a filha, sem tocar diretamente no assunto. E o que viu e ouviu deu a ela a certeza de que realmente “soltara” a filha, quando esta lhe falou: “Mãe, acho que meu tempo de morar aqui em sua casa já terminou. Eu e meu marido vamos arrumar uma outra casa e nos mudarmos”.
- Diana tem dificuldades de relacionamento com namorado. Convive com ele há algum tempo e ele sempre diz que ela age com hostilidade, tratando-o de maneira muito estranha. Ela não sabe mais o que fazer para recompor a relação e está muito preocupada, pois o Carlos já decidiu que ele e ela vão morar em outra cidade, fora de São Paulo, longe da mãe dela. Ela entendeu o recado, a mãe não teria espaço na nova casa.
Sem que ela se referisse a esse problema, detectei de pronto as causas do seu sofrimento e dos desentendimentos. E o que recomendei, deixou-a apalermada. Sugeri que ela deixasse a mãe, pois a agressividade dela acontecia justamente porque ele ameaçava tirar sua mãe. E isso a irritava. Fiz um exercício de desligamento do útero materno, cortando o cordão umbilical virtual e energético que ela mantinha. Hoje está feliz e convive bem com a idéia de deixar a mãe para viver integralmente com o marido. E sabe que longe da mãe e bem estruturada se relacionará muito melhor com Carlos e ainda poderá amar e auxiliar muito mais sua mãe.
- Paulo está com a mãe internada numa clínica de repouso numa cidade do interior. Chegou ao Instituto dominado por uma ansiedade que o colocava à beira de uma depressão grave. Fizemos um inventário de sentimentos contidos, de palavras-comando e atitudes de dominação da mãe em relação à sua vida emocional. E, na resenha que sempre mostro para os integrantes do Projeto, relatei que sua mãe na realidade está muito bem, garantindo o domínio sobre ele, utilizando seus truques (desajustes comportamentais). Por que sair daquele estado de aparente demência e correr o risco de perder o controle sobre o filho querido? Ele ouviu com atenção tudo o que eu falara e confirmou que sua esposa dissera a mesma coisa, que ela, sua mãe, o dominava com suas fobias, evitando com isso que ele se dedicasse apropriadamente aos filhos e esposa.
A consciência desse processo trouxe ao Paulo um alívio muito grande. A ansiedade está bem controlada, mas ainda sente dificuldades quando está perto da mãe. A energia que ela irradia é predominante e ele sai da clínica quase derrubado, sentindo-se culpado.
Na verdade, a mãe é uma figura importante na vida de todas as criaturas. Este ser divino, procriador, que nos dá a oportunidade de renascer, pode influenciar bastante no comportamento de suas crias. No entanto, a mulher que se relacionou com nosso pai, gerando nosso corpo, pode ser um fator de tropeço e de impedimentos na vida dos filhos. Porque, como todo ser humano, esta mulher também tem necessidades e mistura tudo num caldo psicológico e emocional que confunde e prejudica a sua missão de estruturar a vida daquele ser que Deus colocou em sua vida.
Costumo dizer nesses processos que é necessário que odiemos intensamente e sem culpa as atitudes da mulher, respeitando e amando a Mãe. É preciso separar uma da outra, irradiando energia de carinho e perdão para a Mãe, este ser sublime que muitas vezes abdicou de si mesma para nos apoiar e fazer crescer.
Mas agora Paulo já está crescido, é um homem e, no entanto, a mulher, que é sua mãe, insiste em dominá-lo, chantageá-lo com a intenção de ainda dirigir sua vida, de forma que tenha garantido a sua paz e felicidade. É impossível conviver com uma situação destas... Então, o corte tem de ser feito, sem piedade, mas com perdão e compaixão.
por Wilson Francisco
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Sobre o autor
Wilson Francisco é Terapeuta Holístico, escritor e médium espírita. Desenvolve o Projeto Mutação, um processo em que faz a leitura da alma da criatura e investigação do seu Universo, para facilitar projetos, sonhos e decisões, descobrindo bloqueios, deformidades e medos que são reprogramados energeticamente.
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