Ensinam os bons mestres que devemos assistir nossa atuação no mundo como se estivéssemos observando uma peça de teatro. No palco o desenrolar dos nossos papéis onde atuamos como protagonistas das nossas ações e comportamentos. Na platéia nós estamos também, porém sentados assistindo o drama ou a comédia em que atuamos como personagens.
Facilita muito também se a gente for capaz de dialogar mentalmente com o nosso personagem em cena chamando-o pelo nosso nome de batismo e docemente comentar a cena para que ele perceba como está atuando.
Por exemplo:
Você está na sala com seu companheiro e a conversa toma um rumo desagradável onde a “sua você” que controla, cobra e acusa, começando a pôr as manguinhas de fora. Neste momento inicia-se um clima de briga e é nesta hora que a “você que está assistindo à cena” deve pontuar este movimento dizendo mentalmente:
- Olha, a Fulana (diga seu nome de batismo) iniciando novamente seu rosário de queixas e cobranças, sem deixar que o outro se defenda ou coloque suas razões.
Com isso a mente leva um susto e pode provocar um profundo movimento de respiração libertando desta forma os elos do padrão repetitivo.
Parece fácil quando a gente lê. Mas é bem mais complicado quando decidimos praticar este mecanismo que tanto ajuda no controle dos nossos padrões emocionais.
Quando damos conta já falamos e colocamos tudo meio sem pensar, magoamos o outro e só depois é que vamos ponderar os resultados.
Mas se praticarmos esta técnica em todos os momentos do nosso dia-a-dia vamos perceber que o tempo vai nos disciplinando, transformando o que parece tão difícil num hábito.
Outra forma de controlarmos o nível das nossas reações emocionais é tomarmos conhecimento que somos feitos de diferentes partes que são muitas vezes totalmente opostas.
Revelamos muitas vezes a nossa parte angelical nos conselhos que damos aos amigos, mas imediatamente podemos expor nosso lado vingativo desejando que esta ou aquela pessoa suma da nossa vida.
Costumo pedir aos meus pacientes que incentivem estas partes a conversarem entre si ou se perguntarem durante uma reação emocional:
- Qual parte minha está falando assim ou sentindo desta forma?
Identificando a parte fica mais fácil ajudá-la a vencer o problema e resolver a situação.
Mas seja como for uma coisa é certa: o tempo com sua gigantesca sabedoria poderá nos dar cada dia mais lucidez e entendimento.
E fica aqui para você uma outra forma de escaparmos das “borboletas no estômago” todas as vezes que nos defrontamos com situações angustiantes.
Faça a si mesmo(a) esta pergunta:
- O que este fato vai significar na minha vida daqui a quinze dias, um mês ou um ano?
por Izabel Telles
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Sobre o autor
Izabel Telles é terapeuta holística e sensitiva formada pelo American Institute for Mental Imagery de Nova Iorque. Tem três livros publicados: "O outro lado da alma", pela Axis Mundi, "Feche os olhos e veja" e "O livro das transformações" pela Editora Agora. Visite meu Instagram. Email: Visite o Site do Autor