Estava um dia frio e cinzento... eu até que gosto de dias assim, algumas vezes... mas aquele, especialmente por combinar com um estado interior também assim.... um pouco cinzento, parece que fazia com que aquilo que não estava claro dentro se parecesse com o dia...
Na noite anterior havia entrado em contato com um sentimento que pensei já estivesse liberado em mim.... mas acho que é somente aos poucos que vamos tirando os véus e nos aprofundando mais e mais, até que tudo seja liberado...
Sentia um aperto na garganta... um nó... Além do dia, ainda tive a oportunidade de atrair para a minha realidade um outro espelho, que veio pelo comportamento de uma pessoa, que me mostrou fora o que eu estava passando dentro.
Naquela época não conhecia ainda o Ho’oponopono, mas já sabia que atraímos o que também temos dentro, e me lembro que foi tão claro identificar em mim aquele mesmo comportamento que me incomodou fora, que a partir de então comecei a perceber como a nossa realidade é mesmo como um espelho, que nos mostra no outro e nas situações externas, o que não conseguimos enxergar em nós mesmos...
Com o tempo e com a observação... fui tendo cada vez mais certeza desse movimento, e da forma que podia aproveitar os “espelhos” para limpar em mim o que estava refletido neles.
Quando conheci o Ho’oponopono ficou mais fácil entender e aceitar que somos responsáveis pelo que nos acontece, sabendo que os problemas são reflexo das memórias guardadas e repetidas pela mente subconsciente... dia após outro... e a perceber como esses espelhos são verdadeiros presentes, se escolhemos aproveitar o que nos chega a cada dia para limpar em nós o que eles refletem.
O tempo que demoramos reclamando ou nos fazendo de vítimas, pode ser reduzido a quase nada se tivermos em mente que aquilo que se reflete fora é um espelho do que temos dentro, e que não adianta trocar o cenário externo, nem as pessoas... se levarmos conosco essas memórias para onde formos.
E isso vai ficando tão claro, que a cada dia fica mais fácil assumir 100% de responsabilidade... Quando reconhecemos que as memórias que guardamos são a causa dos problemas... isso traz, por conseqüente, a possibilidade de cura, se optarmos por isso.
Estamos em uma época onde fica bem claro que não dá mais para deixar para depois...
Quando percebemos que as limitações que nos impedem de fazer alguma coisa que gostaríamos, que aparentemente vêm de “fora” são só o reflexo de alguma memória que está dentro, nos limitando... isso nos faz trocar a culpa pela responsabilidade...
Somos em essência Seres de pura Luz e o que nos faz reagir dessa ou daquela maneira quase que automaticamente, são essas memórias equivocadas... Que também nos fazem ver no outro qualquer coisa que não seja Luz.
Reconhecendo que somos responsáveis por guardar essas memórias, podemos assumir que não queremos mais agir como robôs... e que é nosso direito Divino assumir a condição de Seres que são guiados somente por Inspiração Divina.
Na época, não me lembro como trabalhei aquilo em mim, mas hoje uso o Ho’oponopono nessas situações e agradeço a cada dia mais essas oportunidades que chegam, a princípio como um incômodo... uma amolação... ou um grande problema. Sabendo que sempre podemos trocar o olhar e ver ali uma “oportunidade” de limpar esses registros que não fazem parte da nossa essência... vamos pouco a pouco integrando partes nossas que trazem os Dons... agora sem medo e sem culpa, porque aceitamos que merecemos todas as coisas boas e que só podemos dar o melhor de nós quando estamos felizes em Paz....
E pouco a pouco o nosso espelho de cada dia vai passando a refletir coisas bonitas... cores novas... reflexos de Luz e Amor...