Tarde da noite, assistindo aos jornais da TV, uma onda de alegria invade minha alma ao acompanhar uma entrevista feita a um empresário da nova era.
Jovem, uns 35 anos, bem magro, vestia um paletó preto sem gravata que nada tinha a ver com sua postura ecológica. Pensei que alguma produtora da TV deve ter enfiado às pressas o traje naquele senhor que imagino chegou, provavelmente, em mangas de camisa, traduzindo seu jeito simples de ser, escondendo sua portentosa alma de pensador do novo mundo.
A entrevistadora perguntou a ele como via o desastre econômico do Planeta.
Calmamente, ele respondeu que via como uma conseqüência do abuso. Muitos economistas, segundo ele, alimentaram durante muito tempo a economia: com um sistema que só devora e circula, sem pensar onde vai excretar seus dejetos. Um monstro (ele não usou esta palavra) que mal-domesticado deixa de considerar o Planeta como a mais importante fonte de vida e passa a sugá-lo como se ele fosse um maná inesgotável de recursos. E deu no que deu. Agora vamos ter que correr para recuperar nosso mais importante manancial.
O Planeta Terra, nossa Mãe generosa, foi tão castigada, tão abusada que precisou mostrar seu dentes ferozes para chamar a atenção da criançada que chafurdava inconscientemente sobre seus domínios; exatamente, como muitos de nós fazem com nossa mãe biológica, provedora e generosa. Vide a onda de maus-tratos aos idosos que temos assistido ultimamente.
A parte contém o todo!
A entrevistadora recorreu ao seu banco de dados mentais e avançou com a idéia de que alguns economistas já estão correndo atrás dos acontecimentos tentando corrigir as falhas.
E ele, ainda mantendo a mesma calma, relembrou que o buraco é mais em baixo. Pontuou que o sistema econômico está doente. Que o ser humano está sendo usado para mover a máquina, criar consumo, despertar necessidades inúteis nos seus semelhantes. Não é hora de consumir mais e mais. É hora de parar de priorizar o consumo e reverter todo o movimento.
Deu dados de desperdício de energia, por exemplo, de arrepiar os cabelos. Disse que nos Estados Unidos uma montanha de energia é jogada no lixo apenas para manter acesas as luzinhas vermelhas dos aparelhos eletrônicos. Não me lembro a cifra. Não me lembro do nome deste empresário. Não consegui reter seu nome que apareceu rapidamente no rodapé da tela. Se você assistiu também esta entrevista e sabe o nome dele, por favor, envie para mim. Preciso urgentemente dar um abraço neste Ser.
E sabe por quê? Porque ele me fez olhar para meu painel de aparelhos eletrônicos e ver que eu também mantinha as luzinhas acesas dia e noite.
Mas, aí me lembrei que a melhor parte de todos nós é aquela que reconhece o erro, corrige e segue em frente co-criando uma nova onda.
No dia seguinte, providenciei um sistema que com apenas um botão desliga todos os aparelhos eletrônicos e suas pequeninas lâmpadas.
Só este gesto trouxe-me uma sensação de que posso melhorar, posso pesquisar sobre como contribuir para que o Planeta seja salvo e receba de todos nós não apenas uma grande ação de arrependimento, correção e amor. Receba nosso melhor e respeitoso abraço!
Vamos ter que correr atrás do prejuízo e nos reeducar. Começar tudo de novo. Ser reapresentados à nossa mãe Terra...
- Muito prazer, Mãe Terra. Como você vai? Nós não vamos muito bem… Mas queremos recomeçar esta relação.
- Por favor, entregue-nos novamente as suas regras de ouro, descortine o caminho da sua sabedoria.
- Dê-nos uma segunda chance. A gente estava agindo assim porque não sabia. Agora vamos sabendo pela dor e pela perda que talvez nosso comportamento não tenha sido exemplar. Mas acreditamos que podemos muito. Já mostramos também nosso lado bom, criativo, generoso, amoroso. Nosso potencial é gigantesco porque ele espelha o seu tamanho.
- Vamos, mãezinha querida, pegue nossa mão, abra nossa intuição e nos ensine a ler novamente o braille das estrelas, nos ensine a decifrar o código dos ventos, o murmúrio das águas, a linguagem dos pássaros.
- Nos ensine a farejar seus sinais e a acreditar neles.
- Nos ensine a lidar com a terra de forma justa e equilibrada, a curar as feridas que fizemos nos seus sulcos, os buracos que abrimos no seu ventre.
- Recoloque em nosso peito a confiança, espantando das nossas mentes os predadores.
- Livre-nos dos falsos profetas e dos enganadores. Guie-nos até a árvore de onde tiramos a maçã e nos ilumine e dê forças pra gente devolver o fruto à serpente.
- Abra as portas do paraíso para os seres deste planeta e de outros também se eles precisarem e, se possível, ensine a todos a criar pontes que encurtem o caminho entre o cérebro e o coração.
Obrigada!
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Realize V. também o exercício inédito -clicando aqui- que combina a neuroacústica com as imagens mentais positivas e deixe seu testemunho!
Izabel Telles é terapeuta holística e sensitiva formada pelo American Institute for Mental Imagery de Nova Iorque. Tem três livros publicados: "O outro lado da alma", pela Axis Mundi, "Feche os olhos e veja" e "O livro das transformações" pela Editora Agora. Visite meu Instagram. Email: Visite o Site do Autor