São quase duas da manhã de uma quarta-feira e... como tem acontecido há algum tempo eu estou tentando dormir porque já “é tarde”... mas sem nenhum sono.
Claro que já inventei um truquezinho que até funciona muitas vezes... mas não é natural... Ao invés de ficar com os olhos fechados tentando pegar no sono... abro bem os olhos e imagino que tenho que ficar acordada... que não posso dormir de jeito nenhum... Então, começo a bocejar na mesma hora e o sono costuma chegar... ou não.
Mas olha só a complicação que eu arrumo só porque acredito que quando chega aproximadamente 23:00h tenho que dormir... porque é hora de dormir.
Quantas coisas fazemos porque “temos que fazer”?
Acontece que meu ritmo mudou... e meu corpo não sente mais sono nesse horário de jeito nenhum, por mais cedo que eu acorde... e já por um bom tempo venho brigando com ele só para seguir essa memória de que 23h é hora de dormir... como se para dormir tivesse outra regra que não fosse ter sono.
Mas hoje me rebelei... sem culpa... e resolvi seguir o meu corpo.
Acendi a luz... liguei o computador e estou escrevendo...
Não sei que poder incrível essa crença tinha sobre mim que todo dia mais ou menos nessa hora eu achava que tinha que dormir... mesmo sem sono. “Tinha”, porque a partir de hoje vou fazer Ho’oponopono para limpar essa memória.
Nem percebia que isso era uma memória equivocada que estava me impedindo de respeitar meu ritmo natural.
Não tenho mais tanta necessidade de sono... mas estava me obrigando a ter, só porque acreditava que 23h era hora de dormir... tentando fazer o que meu corpo não queria.
Dormir sem ter sono é a mesma coisa que comer sem ter fome... é horrível.
Claro que já tive muito sono a essa hora e era natural dormir porque o sono chegava... Mas a partir de um ponto isso se tornou uma regra que passei a seguir sem nem perceber.
E é incrível como somos pegos por elas... as memórias... muitas delas... assim, de forma quase inocente elas nos prendem sem nem nos darmos conta... de uma forma tão sutil que nem enxergamos as grades da prisão, e acreditamos que estamos livres sem perceber que nos movimentamos em um espaço extremamente limitado por grades invisíveis.
Me lembrei daquela história do elefante que fica preso a uma estaca no chão por uma corda fininha... a mesma que o treinador usava para prendê-lo quando era filhote o mantêm preso depois de adulto... Na verdade o que o prende é a memória de quando era filhote das vezes que tentou se liberar e não conseguiu... até se ferindo nessa tentativa.
As mesmas memórias que impedem o elefante de se tornar livre, também nos matêm presos a um espaço extremamente limitado...
Nossas memórias nos mantêm presos por fios invisíveis ao passado não permitindo o acesso ao potencial ilimitado que o Universo coloca o tempo todo ao nosso dispor.
Não sei ainda o que o Universo pode estar querendo comigo me mantendo sem sono nesse horário, mas com certeza não é me fazer forçar a minha natureza, tentando dormir só porque “tinha” a crença que por volta das 23h era hora de dormir.
Ontem... escrevi um boa parte desse texto e também descobri coisas muito interessantes na net... Parece que àquela hora fui guiada para encontrar algumas peças que chegaram como sinais muito esclarecedores... com tanta sincronicidade e precisão que me sentia guiada por uma Força Maior ...assim como quando vamos seguindo um mapa do tesouro... tinha certeza que estava no lugar certo.... na hora certa...
Foi assim que me senti ontem até que o sono chegou naturalmente e dormi...