Voltei de férias. E que férias! Há muitos anos não saía do país só para descansar e conhecer novos lugares. Desta vez, experimentei este privilégio e desejei sinceramente que todos os seres humanos o pudessem desfrutar vez ou outra.
Fui acompanhada de minha família e pude também viver o sentimento de partilha, amizade e colaboração, reforçando os laços, descobrindo atalhos que facilitam o entendimento, a amizade e o amor. Voltei plena de novas emoções sobre as terras por onde andei e abastecida de bons sentimentos.
A primeira coisa que fiz ao chegar foi procurar as pessoas que sei ficaram sozinhas durante esta quadra do ano: festas de Natal e a passagem de ano. E mais uma vez constatei o que já sabia: um gigantesco sentimento de solidão e abandono toma conta dos seres que ficam desacompanhados neste tempo de reunião e fortalecimento de união e família.
Lembrei-me, então, de um psiquiatra muito amigo que havia me dito que esta é a época em que são observados os maiores casos de surtos, síndromes de pânico, hospitalizações pelos males da alma. Não sei se estes dados são exatamente assim, mas foi a informação que ele me deu numa destas conversas sobre a psique humana.
Sabemos que nenhum homem é uma ilha. Portanto, não pode viver isolado. A experiência humana passa pela convivência em grupo. É na troca constante e continua que nos desenvolvemos. Observando comportamentos corrigimos erros, acertamos diálogos, crescemos como indivíduos e nos desenvolvemos como espécie.
Estar só pode ser, na minha visão, nadar contra a corrente da nossa natureza mais ancestral. Somos tribais, precisamos do grupo, do apoio, dos momentos de troca e conversa, dos conflitos gerados por diferentes opiniões, dos acertos encontrados na vivência do dia-a-dia.
O isolamento provoca o distanciamento do outro e a sensação perigosa de "não pertencer".
Naturalmente, não estou propondo aqui relacionamentos grudentos e simbiotizados onde um não vive sem o outro. Este é o outro lado da margem do rio da vida, um extremo também perigoso.
Mas proponho que neste ano você, que se sentiu só no final de 2008, comece a construir relacionamentos saudáveis, pouco a pouco, experimentando as possibilidades sem nenhuma expectativa, mas já preparando conscientemente sua roda de amigos com quem vai partilhar a passagem para 2010.
Neste recado, vão meus votos sinceros de um Ano realmente Novo onde a busca constante da alegria seja a meta, dar demoradas risadas seja um dos caminhos e confiar na sabedoria do Universo uma música constante para a sua caminhada!
por Izabel Telles
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Sobre o autor
Izabel Telles é terapeuta holística e sensitiva formada pelo American Institute for Mental Imagery de Nova Iorque. Tem três livros publicados: "O outro lado da alma", pela Axis Mundi, "Feche os olhos e veja" e "O livro das transformações" pela Editora Agora. Visite meu Instagram. Email: Visite o Site do Autor