É quarta, dia de escrever e a inspiração veio parcialmente ontem, entre tantos assuntos que merecem ser abordados no quinzenal...
Havia, desde ontem, o forte sentimento de falar sobre fazer a vida valer a pena, transformá-la em obra de arte, voltar para a Casa do Pai mais leve e com a consciência serena, suave e realizada, tendo feito a lição de casa.
Sei que recebo ajuda do Astral pela intuição e pelas sincronicidades infinitas que se oferecem sem parar; já estou acostumado e, portanto, permaneço sempre aberto àquilo que vem "de fora". Fiz minha meditação, tomei uma ducha legal, reguei as plantas, dei uma folheada no jornal e sentei no micro. Dei uma passada pelo Site, limpei a caixa de entrada das coisas urgentes, e comecei a escrever.
Mas, algo radical me mandou de volta aos e-mails... tirando alguns spams, nada de novo estava lá esperando ser aberto, somente um PPS que tinha resolvido abrir em outra hora (Obrigado, Tânia)... era justamente este arquivo que precisava ver e, sobretudo, ir até o final. Sim, parece que o Universo ouviu os vários leitores que pediram para não olhar somente lá fora, nos EUA do Obama ou na Faixa de Gaza com sua dolorosa e interminável sina...
Se antes procurava um nome, um exemplo de missão de vida, com certeza, achei-o agora, uma pessoa -cuja vida e obra não conhecia- em que seguramente podemos nos inspirar e espelhar. Muito obrigado ao cidadão do mundo Josué de Castro, amigo imortal, nascido no Recife em 1908, falecido no exílio (Paris, 1973) imposto pela ditadura militar; sua obra continua atuando nas pessoas que ainda conseguem emocionar-se, indignar-se e manter vivo em múltiplas maneiras seu maravilhoso e contundente legado.
Se V. sentiu também algo intenso em seu peito, não terá sido por acaso. Sabemos que é sempre bom passar pra frente mensagens otimistas e positivas, que transmitam beleza, paz, serenidade e felicidade. Porém, o que nos é pedido hoje, agora, é olhar à nossa volta, pra nossa casa, de forma a não deixar passar em branco este momento de reflexão, de percepção profunda da situação em que se encontram tantos seres humanos, cujas vidas são desperdiçadas, sendo que com tão pouco poderiam passar a viver de forma, no mínimo, decente.
Não deixe de percorrer todas as páginas, sei que não é tarefa fácil chegar ao final... queremos que aquela tela, aquela enésima imagem, seja a última, mas o recado precisa ser assimilado por completo e parece mesmo que chegar até os créditos seja algo muito demorado, extremamente arrastado. Com certeza, vai nos dar uma chacoalhada, mas seguramente muitos amigos leitores poderão fazer sua parte para que nossos irmãos do Norte-Nordeste possam ser lembrados, contemplados dignamente em seus direitos básicos pelos seus governantes e pelos muitos que podem efetivamente ajudar, pois se encontram em situação privilegiada neste País tão rico e cheio de oportunidades.
É de hoje (28/1/2009) a manchete na Folha de SP que diz "Ganho dos bancos cresce; inadimplência é recorde". Parece que a crise, na realidade, foi criada propositadamente pelos bancos, que seguem com suas benesses ainda maiores, em prejuízo dos que labutam e produzem! Muito lucro, sempre mais, com seus clientes sendo prejudicados, atingidos duramente por juros extorsivos, que inviabilizam investimentos produtivos ou compras pelo crediário.
É por demais doloroso constatar que uma ínfima parte do lucro auferido pelos bancos tiraria da miséria total o Brasil inteiro.
Mas isso está mudando, está destinado a ser reciclado, transmutado para ficar somente uma referência nos livros de História como a "era em que o dinheiro se tornou um produto".
O produto mais caro, o mais lucrativo após o trafico de drogas.
O que não pode sofrer interferência é nossa caminhada evolutiva, nosso movimento permanente em direção à mudança de hábitos, padrões, crenças e tudo aquilo que fazemos desde que acordamos pela manhã! Precisamos manter os sentidos em alerta, observando com curiosidade de criança o mundo à nossa volta, exercitando ainda a autoobsevação, tentando sair do piloto automático e buscar sempre formas mais criativas de realizar nossas tarefas diárias, quer em nossa casa, quer no trabalho, ou em nossos relacionamentos familiares.
Não me canso de escrever (não estou no automático ainda) que podemos ser gloriosos agentes de mudança, seres que buscam saídas para os desafios, como este da vergonhosa chaga da fome no Norte-Nordeste, ou de finalmente passarmos a nos considerar responsáveis por nossa condição atual, o primeiro passo para dar um salto a cada novo ciclo, a cada oportunidade.
Vamos fazer valer cada nosso gesto, nossa preciosíssima energia; é necessário também aprender a surfar nas ondas que cada dia o Universo nos direciona... a fluir com o movimento dos astros, dos ciclos lunares. Vamos sentir o que de fato é comunicar, escrever, ou simplesmente assinar um documento quando, como hoje, por exemplo, Mercúrio se encontra retrógrado no céu!
Sei bem que não é nada fácil mergulhar fundo nestas atitudes, mas é tão bom e tão necessário! Descobri ontem, com pessoa querida da família, recém-chegada da Itália, como ainda é difícil pra ela falar "Eu te amo", o simples ato de perdoar...
E por que não lembrar de utilizar -sempre que necessário-, a magia do Hoóponopono, que nos sugere, ao visualizar a pessoa com a qual temos algum problema, rusga ou dificuldades de relacionamento, abrir o coração e verbalizar "Sinto muito, te amo, muito obrigado"!
Com resultados palpáveis, rápidos e positivos.
Não podemos também menosprezar nossa divindade, nossa Luz interior, nossos valores, mesmo que -por enquanto- possam ainda ser considerados "obsoletos", ou "fora de moda". Vamos fazer nossa parte com amor e inteligência e nossa obra não terá sido em vão. Nosso tempo aqui terá sido transformado em Arte, conforto, desapego e poderemos, quando finalmente chegar a hora de mudar de endereço cósmico, olhar para trás e sentir alegria, pois nosso coração abrirá -sim, é possível- um belíssimo sorriso...
Namastê. Sinto muito, eu te amo, sou grato.
Somos um Só