Final do mês se aproximando. Sentada à mesa começo a fazer as minhas contas. Faturas de fornecedores, água, luz, telefone, papeizinhos dos débitos automáticos, condomínio e tudo o mais que você conhece tão bem quanto eu.
Entre as teclas da calculadora e os números dos boletos salta da minha mente bem na minha frente uma cena do filme Metropolis (filme alemão de ficção científica, lançado ainda em 1927, dirigido por Fritz Lang).
O filme conta a história de um déspota que mantém reféns de suas vontades e dos seus protegidos, nas galerias subterrâneas de uma cidade (futurista na época), seres humanos que trabalham de sol a sol (que eles não vêem) para manter tudo funcionando na superfície. No meio da multidão aprisionada está Maria, uma mulher corajosa que denuncia a escravidão de muitos para o deleite de poucos.
O filme vai se desenrolando na minha mente enquanto penso com meu cérebro esquerdo nos números espalhados sobre minha mesa de trabalho.
Outra imagem invade meus sentimentos. Está agora captada pelos meus sentidos nas reportagens das TVs que falam da crise econômica que assola o mundo.
Imagens de famílias debruçadas sobre contas, na mesa da sala de jantar, tentando fazer o casamento entre números e notas; o que parece impossível.
Que eu saiba Deus não enviou aos seres humanos nenhuma conta ao criar suas maravilhas. Também nunca vi os rios cobrarem taxa de ocupação dos lírios brancos que nascem às suas margens. Não conheço nenhum fornecedor de chuvas. Nem vendedor do interruptor que faz a luz do sol acordar a noite. Você conhece?
Pois bem.
Aqui no NOSSO planeta Terra tudo tem preço. Viver custa cada dia mais caro.
Quando foi que entregamos nosso poder a um grupo que dita as regras do jogo? Quando foi que demitimos nossa Maria interna e nos calamos, nos tornando escravos de seres que não estão minimamente preparados para administrar com competência o planeta?
Sei que falar é fácil.
Tenho também consciência de que denunciar somente não basta.
Como declarou um executivo a um jornal na semana passada: "discurso não vai garantir o trabalho de ninguém".
É preciso agir. Materializar a força unificadora, criativa, inteligente, justa, que a nova era nos envia.
Usar, por exemplo, os dias parados em casa (muitas vezes consequência de demissões) para descobrir novas oportunidades e talentos, conversar com os filhos, sair para ver o pôr do sol, abrir gavetas trancadas há muito tempo, reciclar conhecimentos, meditar, enfim, aproveitar cada segundo deste interregnum para fazer algo mais produtivo e criativo do que somar, dividir ou multiplicar contas.
Realize V. também o exercício inédito -clicando aqui- que combina a neuroacústica com as imagens mentais positivas e deixe seu testemunho!
Izabel Telles é terapeuta holística e sensitiva formada pelo American Institute for Mental Imagery de Nova Iorque. Tem três livros publicados: "O outro lado da alma", pela Axis Mundi, "Feche os olhos e veja" e "O livro das transformações" pela Editora Agora. Visite meu Instagram. Email: Visite o Site do Autor