Todas as manhãs ao acordar gosto muito de meditar. Mas medito de uma forma diferente. Pego o Tarô Zen do Mestre Osho, fecho meus olhos, embaralho vagarosamente mentalizando que lâmina vai sair para eu meditar o dia todo sobre seu conteúdo.
Hoje me saiu o Sofrimento. Olhando para a carta, ela revelava a figura de um monge contraído sobre si mesmo, olhar triste, sentado num canto de um local escuro.
Fui ler o que Mestre Osho diz desta imagem. E ele fala sobre a importância de tomarmos consciência da dor para podermos evoluir no caminho da nossa cura.
Reproduzo aqui um trecho do que está escrito no livro que orienta a interpretação das lâminas:
"A dor não existe para fazê-lo infeliz: ela está aí para torná-lo mais consciente! E quando você se torna consciente, a infelicidade desaparece".
Nos tempos em que vivemos não está difícil encontrar pessoas no estado de sofrimento: a traição da pessoa amada, a perda do emprego, a decepção, o distanciamento dos filhos, os males do corpo, as separações a que todos estamos expostos.
Tenho visto isso todos os dias na minha prática: imagens de seres contorcidos, isolados, presos em gaiolas estreitas; corações transpassados por espadas, flechas, amarrados com espinhos ou arames farpados.
Imagens que a mente humana reproduz dos ícones que sempre viu nas igrejas católicas, por exemplo, onde o sofrimento é revelado em cenas de homens e mulheres transpassados por espadas, como São Sebastião ou o próprio Jesus Cristo que leva na cabeça uma coroa de espinhos: imagens de dor e sofrimento-limites.
Como nossa mente gosta muito de copiar, ela entende que esta imagem do coletivo pode bem qualificar o seu sofrimento pessoal e usa-a como indicador de seu estado de espírito.
Mestre Osho nos ensina que não temos que negar estas imagens, nem desprezar seu significado. Devemos usá-las para meditar sobre o que nos levou a atrair aquele ou aqueles sofrimentos, uma vez que somos totalmente responsáveis por tudo que nos acontece.
E, para terminar, o Mestre nos envia este pensamento valioso: "Tempos de grande sofrimento trazem em si, potencialmente, tempos de grande transformação. Para que a transformação aconteça, porém, é preciso ir fundo às raízes da nossa dor, vivenciando-a exatamente como ela é, sem culpa e sem autopiedade".
Fique bem! E receba a luz da primavera que vibra em Portugal.
Realize V. também o exercício inédito -clicando aqui- que combina a neuroacústica com as imagens mentais positivas e deixe seu testemunho!
Izabel Telles é terapeuta holística e sensitiva formada pelo American Institute for Mental Imagery de Nova Iorque. Tem três livros publicados: "O outro lado da alma", pela Axis Mundi, "Feche os olhos e veja" e "O livro das transformações" pela Editora Agora. Visite meu Instagram. Email: Visite o Site do Autor