Com o tempo em que venho praticando o Ho’oponopono ficou natural, diante de qualquer situação, falar imediatamente as frases... Sinto muito! Me perdoe! Te Amo! Sou grata!
Todas esta frases... ou somente “Eu Te Amo”! Sem precisar fazer o pedido, porque dentro de mim, esse caminho já ficou conhecido e automaticamente já assumo 100% de responsabilidade, sabendo que aquilo que aparece fora é só uma memória equivocada sendo repetida e que o caminho até a Divindade se dá pela criança interior.
Acredito tratar-se de uma transição natural que acontece com todo mundo durante o processo. Claro que não tem nenhuma regra fixa e às vezes faço o pedido... o importante é que funciona. Sempre funcionou desde o inicio...
Estava lendo o livro “Limite Zero” de Joe Vitale e do Dr. Len, que já está disponível em português, e eu estava bem na parte em que o Dr. Len explica:
“Os problemas são memórias que estão sendo reencenadas... As memórias são programas. Elas não são apenas suas. São compartilhadas. A maneira de liberar a memória é enviando Amor para a Divindade. Esta escuta e responde, mas da maneira que é melhor para todos, no momento certo para vocês. Vocês escolhem, mas não decidem. Quem decide é a Divindade”.
Então resolvi experimentar, por alguns dias, a Amar tudo, enviando Amor para a Divindade... para todos que cruzassem meu caminho... em qualquer situação e falando o dia inteiro “Eu Te Amo!” para a Divindade.
Fiz isso... e a princípio, como muitas pessoas falam no livro, a frase pode parecer vazia de sentimento, mas aos poucos nosso coração vai se aquecendo e começamos a sentir mais esse amor fluindo.
No segundo dia dessa prática, tive que ir renovar meu passaporte e quando passava por uma rua muito movimentada... uma moto me assustou ao passar bem próxima ao meu carro, bem do meu lado... mas imediatamente pensei Eu te Amo!
Vi que isso dissolveu qualquer medo ou julgamento que antes eu poderia ter tido diante da mesma situação.
E assim continuei durante todo o percurso. Quando cheguei no local escolhi uma cadeira na última fileira e na mesma hora percebi que uma mulher virou a cabeça e me olhou... Continuava falando Eu te Amo! E enviando Amor...
A mulher continuava me olhando insistentemente, mas... Eu Te Amo! Eu te Amo! Eu te Amo... foi o bastante para dissolver qualquer incomodo ou julgamento que pudesse vir daquela situação.
Ela me olhando não era bom nem ruim e percebi que podia amar aquela mulher assim como ela era...
Como estava perto da porta, começou um vento frio nas minhas costas... e imediatamente enviei Amor, sempre falando “Eu Te Amo!” para a Divindade...
Antes eu procuraria uma outra cadeira porque tinha uma crença que o “vento nas costas me faz ficar resfriada”... Continuei ali e passei até a gostar da sensação gerada por aquele vento. E depois constatei que não fiquei resfriada e nem com o nariz entupido.
Na volta para casa, enquanto passava por um local de muitos prédios e super movimentado me surpreendi quando, naturalmente, meu rosto se voltou para a direita e meus olhos pararam em uma roseira com lindas rosas cor de rosa. Nunca esperei que ali entre tantos prédios comerciais, uma casinha pequena e simpática ainda pudesse sobreviver e ter no seu jardim rosas tão lindas.
Mais a frente virei para o outro lado da rua e olhei direto para um lindo arco-íris estampado em um cartaz...
Continuei dirigindo e falando “Eu Te Amo!” e fui percebendo como meu olhar só era atraído por coisas que me tocavam o coração... uma borboleta laranja... uma arvorezinha muito encantada!
Comecei a observar para onde meu olhar era guiado e a me surpreender cada vez mais ao perceber que sempre ali existira algo que me fazia sentir bem...
Na ida encontrei situações às quais antes reagiria automaticamente com medo ou algum julgamento equivocado... e pude constatar como... quando falamos “Eu te Amo!” como primeira coisa diante de qualquer situação, isso nos afasta de uma reação baseada em memórias repetidas. Se persistirmos enviando Amor, fica bem fácil identificarmos que ali está uma pessoa que compartilha memórias equivocadas conosco e que o “Eu te Amo!” faz a limpeza... e o que poderia se transformar em um problema se dissolve naturalmente.
Veio-me à cabeça o mandamento de Jesus: “Amai-vos uns aos outros como Eu vos amei”.
Ele nos Amou como a Divindade ama... Quando o Ho’oponopono nos ensina a falar “Eu Te Amo!” para a Divindade, entendo que estamos falando “Eu te Amo” para Todos, porque nesse nível não existe separação.
Mas não importa o entendimento em nível racional e sim a mudança que ocorre nas nossas vidas e a certeza que a Divindade passa a nos inspirar.