Num livro que estou relendo pela quarta ou quinta vez e que se chama ‘A Biologia da Crença’ (Bruce H. Lipton – Edit. Butterfly) encontrei essas sábias palavras que são atribuídas a Mahatma Gandhi: Suas crenças se tornam seus pensamentos
Seus pensamentos se tornam suas palavras
Suas palavras se tornam suas ações
Suas ações se tornam seus hábitos
Seus hábitos se tornam seus valores
Seus valores se tornam o seu destino.
Vocês já devem ter reparado que eu adoro ler e adoro filosofar sobre a vida! Somente os animais não se fazem perguntas sobre o sentido de sua jornada na Terra. Eles simplesmente vivem porque o destino da célula é a sobrevivência, são atraídos por aquilo que lhes dá a vida e se afastam de tudo o que a ameaça. Chamamos isso de instinto. Os animais não são movidos pela necessidade de controlar um destino que eles não escolheram. Porém, nós seres humanos, temos a pretensão de ter respostas para tudo e com nossa mente ‘pequena e condicionada’, acreditamos poder comandar nosso destino, mesmo porque não acreditamos tê-lo escolhido previamente. Porém, a Astrologia não teria sentido se não acreditássemos no propósito da existência e no propósito de cada encarnação. No livro em questão (que é bastante complexo, devo confessar!) o cientista – biólogo – chegou à conclusão de que DEUS existe. Analisando o comportamento das células ele chegou a essa conclusão! Não é magnífico?
Contrariando a teoria darwiniana, este brilhante biólogo explica que são nossas crenças que controlam a biologia (ou seja, o comportamento das células) e, portanto, controlam nossa vida. Para Lipton, a vida não evolui somente por causa da sobrevivência física (adaptação ao ambiente, lei domais forte, etc.) e em sua opinião nosso destino é condicionado por nossos pensamentos. Ele pensa como Gandhi, que não era biólogo e nem cientista.
Ao longo do livro, Lipton explica que é a união das células, em colaboração umas com as outras, que formam seres multicelulares (como nós) agindo pelo poder da atração, ou seja, pelo poder do AMOR que as une entorno de um objetivo comum. Lindo, não é? E não dizemos sempre que Deus é amor e que é o amor que nos faz evoluir? Pois, eis que a ciência explica isso!
Bem, mas como entram as crenças nessa história? Lipton refuta a tese de que são os genes que controlam nossa vida. Ele afirma categoricamente que os genes sozinhos – nosso DNA - não controlam nada, mas determina somente certas tendências inatas. Então, quando a Astrologia afirma que ‘as estrelas não obrigam, mas inclinam’, está afirmando a mesma coisa, ou seja, que temos livre arbítrio, que nosso mapa indica em que momento celeste nós nascemos, quais nossas tendências e qual nosso destino, porém, as estrelas não nos obrigam a um ‘destino cruel’, como afirmavam os gregos em suas tragédias!
Confesso que tive dificuldade em compreender a validade dessa afirmação e vou explicar o porquê. Eu comecei a estudar Astrologia por causa de um triste fato que aconteceu em minha vida: uma querida amiga, num ato de loucura premeditada e vingativa, assassinou os três filhos adolescentes e suicidou-se em seguida, como a Medeia da tragédia grega. Ela não aceitara a separação e o desmoronamento do seu casamento. Um ano antes, uma astróloga havia feito uma leitura do seu mapa e havia alertado uma amiga comum sobre a possibilidade de uma ‘tragédia’ acontecer na vida dessa nossa amiga. Eis que a tragédia acontece! Horrível, chocante. E eu me perguntei: como a astróloga podia afirmar que uma tragédia iria acontecer? E se havia essa possibilidade de ‘saber antes’, a tragédia poderia ser evitada? Como? Ela, a minha amiga, poderia ter evitado a tragédia se conhecesse seu possível desfecho? E, então, comecei a estudar Astrologia. Eu queria as respostas, queria saber até onde iria o livre arbítrio das pessoas.
Confesso que no início, estudei uma Astrologia determinista que não deixava muita margem ao livre arbítrio e que durante muitos anos achei que nós tínhamos pouca margem de manobra sobre nosso destino. Porém, à medida que meus estudos avançaram na direção de uma Astrologia mais humanista, mais holística e mais aberta aos novos conceitos espirituais, acabei encontrando alguma margem de manobra.
Sim, hoje creio que temos livre arbítrio e que este está no conhecimento, na compreensão e na interação entre nossas crenças e nosso destino. O efeito crença confirma nossa habilidade de cura mente/corpo. ‘Mens sana in corpore sano’, já diziam os antigos romanos, ou seja, mente sadia em corpo sadio!
A mente é energia, e gera energia, energia saudável se nossos pensamentos são equilibrados. Nós temos os recursos, as ferramentas e temos capacidade de superar nossas dificuldades, quaisquer elas sejam. Não precisamos de elementos externos para manter a saúde da mente e do corpo. Por isso devemos controlar nossos pensamentos, pois deles depende nossa saúde.
Eu sei que é muito difícil aceitar isso, mesmo porque nós raciocinamos condicionados por nossas crenças. Exemplo: a criança que nasce, sabe nadar. Joguem um bebê recém-nascido numa piscina e ele sairá nadando, automaticamente. A água é um elemento natural do recém-nascido que saiu da placenta. Depois ele cresce e a mãe o afasta da piscina lhe dizendo que a água é perigosa. Ele se condiciona com esse pensamento. E mais tarde ainda, essa mesma mãe o coloca numa escola de natação para ‘aprender a nadar’. Não é incongruente? Não seria mais fácil deixá-lo nadar desde que nasceu? O bebê já terá, então, adquirido ‘o medo de nadar’, e precisará fazer um esforço para voltar a sentir a água como um elemento de prazer, afastando o medo.
A meu ver, nós somos condicionados desta maneira pela sociedade onde vivemos. Desde pequenos aprendemos que, se temos uma dor qualquer, devemos temê-la, eliminá-la e não compreendê-la. No entanto, a dor é um sinal do corpo para nos ‘dizer alguma coisa’. Ela não pode ser simplesmente eliminada com um comprimido e depois ignorada, pois ela voltará, pois essa é a razão da dor. E nós que não escutamos o que nosso corpo queria nos dizer teremos que sofrer novamente, pois a dor voltará, e voltará como doença que irá causar um estrago ainda maior em nosso corpo. E então, nossa mente precisará redobrar seus esforços para nos fazer compreender a razão da dor, a razão da doença. Lembrem-se de que as células têm como função a perpetuação da própria vida e são atraídas por aquilo que as nutre, afastando-se do perigo que irá destruí-las. E nós nem pensamos nisso quando pegamos um cigarro para fumar, bebemos demasiadamente ou nos alimentamos de maneira incorreta.Voltando à Astrologia, eu aprendi que a Astromedicina pode nos ajudar a compreender onde as doenças irão se manifestar e por que. Ela nos ensina que certos órgãos do corpo são regidos por determinados planetas e, conseqüentemente, relacionam-se com determinados signos zodiacais. Com esse raciocínio, a Astromedicina demonstra que temos certas tendências hereditárias e genéticas também na manifestação das doenças e não somente no comportamento. Por exemplo: Saturno (sempre ele!) se relaciona com as doenças crônicas e obstinadas, com os reumatismos, com a surdez, com a cristalização de sais. Saturno rege os ossos, dentes, cartilagens, unhas, cabelos e as articulações, o baço, a biles e os sais minerais. Ele nos indica se teremos problemas cutâneos, doenças do frio, tuberculose, atrofias, doenças da espinha dorsal, etc.
Aí, dirão vocês, mas então, se eu tenho Saturno em mau aspecto no meu mapa vou ter TODAS essas doenças? É claro que não, mas certamente você terá tendência a sofrer de uma ou mais dessas doenças, que irão se manifestar de uma ou outra forma ao longo da vida, dependendo das circunstâncias externas que servirão de gatilho. Vamos imaginar então que você tenha – como eu – Saturno em Gêmeos. Certamente, ao longo da vida, terá problemas de reumatismos e dores nos braços (e mãos e ombros), sofrerá de dores articulares (joelhos), de problemas causados pelo frio (doenças respiratórias e pulmonares), e terá ainda tendência a fraturas (eu quebrei meus pulsos três vezes!). Porém, sabem quando essas doenças se manifestam? Quando meu equilíbrio mente/corpo estiver abalado por algum aspecto exterior! Ou seja, quando minha mente, meus pensamentos estiverem em desequilíbrio com o ambiente externo. Eu sofro de rino-sinusite quando fico irritada com alguém do meu convívio, ou seja, quando o ar que eu compartilho com alguém na minha casa se torna irritante para mim! Ou quando sofro por causa de alguma situação que me impede de ‘respirar livremente’! Para evitar esse sofrimento – que se torna crônico com a idade – eu preciso modificar meus pensamentos e minhas crenças. Portanto, devo recondicionar meus pensamentos de forma a não ficar irritada!
Então, vamos voltar a Gandhi? Vamos analisar nossas crenças e analisá-las para compreender melhor nossas reações? Lembre-se que não é suficiente ‘pensar positivo’ para afastar as crenças ou os pensamentos negativos. Assim como não é suficiente pensar positivo para atrair saúde, riqueza ou felicidade. Os condicionamentos estão no subconsciente e não no consciente e não é fácil modificá-los. A indústria farmacêutica, ajudada pelos médicos e pela mídia, nos afirma que ‘essa é a pílula que afastará para sempre seus males’, ou então, ‘a descoberta do gene da tristeza irá livrar os homens dos perigos da depressão para sempre’ já que a indústria farmacêutica irá inventar a pílula da felicidade! Só que a indústria farmacêutica não inventa a saúde! Quem inventa a saúde somos nós, com nossos pensamentos, nossas crenças, nossas palavras e com nossas ações e não as pílulas, os remédios! Somente pensando dessa forma mudaremos nosso destino e nos tornaremos co-autores consciente de nosso desenvolvimento físico e espiritual.
Na intenção de despertar nossa intuição e iniciar nosso ‘projeto de bem viver’, vamos meditar com o nome do gênio cabalístico de nº 37, ANIEL, cujo nome significa Deus das Virtudes. O salmo de oração é de nº 79. Escaneiem as letras que compõe Seu nome e recitem o salmo durante 7 dias.
YUD NUN ALEPH
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37. A visão do conjunto
Não esqueçam de participar do meu programa no link todas as segundas-feiras ao meio dia!