Como é complicado entender e aceitar o mal... principalmente quando o detectamos dentro da gente mesmo! Como é forte todo aquele condicionamento que vem deste os tempos da infância, quando nossos velhos educadores sempre dividiram de forma inflexível o que eles julgavam pertencer ao reino do bem e ao reino do mal!
A partir dai e desta forma, a nossa personalidade foi dividida e se instauraram por conseqüência a ignorância, o medo e a culpa. A maior parte da humanidade ainda vive esta grande ilusão de separação.
Quem aceita o mal como parte consistente e inevitável da própria existência estará se aprisionando. Quem, por outro lado, nega a sua existência, também estará fugindo e se afastando da verdade.
O modelo filosófico que apresenta o bem e o mal como forças independentes, utilizado pela maioria das religiões, reforça o seu medo e a sua culpa. As energias do medo e da culpa são na realidade usadas para forçar o ser humano a ser "bom". Entenda-se como ser "bom", o ser comportado, obediente e submisso aos interesses da classe dominante, formula essa que está dando certo há mais de 5.000 anos!
Temos como conseqüência sistemas político-económicos absolutamente inadequados que conseguem abafar a verdadeira essência do ser humano. Este personagem social que resultou desta submissão e que busca desesperadamente aprovação, abafa nosso Eu Superior, como visto no capitulo 11 anterior.
Existe um outro modelo que, se contrapondo ao modelo dualista visto acima, simplesmente nega a existência do mal, o que é igualmente inadequado.
A percepção correta como ponto de partida de tudo é a seguinte:
A Fonte existe, é única, e perfeita.
Vai depender do nosso livre arbítrio que a expressão da Fonte - por nosso intermédio - se manifeste de maneira construtiva ou destrutiva, e é por isso que nós estamos aqui sobre este planeta. Esta é simplesmente a razão de nossa existência.
A essência de todos nós é maravilhosa e é a mesma, e isto vale também para os piores ditadores, assassinos ou qualquer outro tipo de pessoa que condenamos. Fica difícil no nosso momento evolutivo aceita-los como iguais, mas eles, em essência o são. Em muitos casos são nada menos que os nossos grandes mestres. O "produto" é sempre o mesmo, somos nós que complicamos ao criar socialmente as embalagens.
Agora vamos procurar entender um aspecto muito importante: a sua essência é perfeita. Quando detectar em você mesmo algo que socialmente é classificado como mau, do tipo raiva, ódio, inveja, não se culpe!
Primeiramente reconheça-o, pois a aceitação já é o principal passo para a superação. Confie e entre no caminho da evolução.
Segundo o Guia "O mal em si mesmo é bem menos prejudicial do que a nossa atitude com relação a ele".
O que não podemos em hipótese alguma, é cair nos extremos tipo:
"Eu sou imperfeito", "Eu não sou digno", "Eu sou um pobre pecador".
Ou no outro extremo:
"Eu sou maravilhoso", "O mal não existe em mim", "Todos devem me aceitar" e etc.
Ambas as posturas são inadequadas e nos afastam do caminho, aumentando o sofrimento e a dor. Neste ponto o Guia nos orienta: "Em essência somos perfeitos", e temos o livre arbítrio...
E ai você que está lendo estas linhas, agora poderia fazer uma pergunta muito simples e direta:
Por que existem tantos crimes, catástrofes, acontecimentos ruins e dolorosos se a essência de todos nós é boa?
A resposta a essa pergunta é relativamente simples: todos nós vivemos as nossas opções e nos encontramos em estágios diferentes de evolução, portanto existem manifestações adequadas e também inadequadas da mesma essência.
Ninguém é ruim por opção própria, isso acontece somente por ignorância, e nunca por intenção. Os autores das maiores catástrofes da humanidade que foram geradas pelos próprios homens, acreditavam no fundo estar realizando o "bem"!
O estado atual do mundo em que vivemos é fruto da soma dos sentimentos e das expressões dominantes.
Qual é a formula a ser usada afinal?
Se partirmos do principio de que as manifestações tidas como más são sempre fluxo de energia divina, momentaneamente distorcida devido a idéias, conceitos e percepções equivocadas, o mal não será rejeitado em sua essência e sim assimilado. Esta mesma energia pode se expressar para construir a felicidade, o prazer, o amor, a expansão para você mesmo e os que o rodeiam.
O que é preciso fazer:
Se estamos desmotivados e desesperançados, podemos ter a certeza de uma coisa: estamos ainda na ilusão e no erro. Reconhecer plenamente os aspectos indesejáveis de forma absolutamente honesta, sem desculpas, sem transferir a culpa aos que te rodeiam, e ao mesmo tempo sem se sentir desesperançado ou rejeitado. Assuma esta atitude com fé no processo de evolução e a vida se encarregará de fornecer todas as orientações e recursos necessários. Use sua intuição, pois em muitos casos este apoio não vem de uma maneira convencional. Abra suas antenas!
Ai então estaremos integrando o mal e compreendendo a sua natureza original e sua possibilidade de poder se manifestar de novo de maneira construtiva. O ódio se transforma em amor e a tristeza em alegria e prazer, porque esta é nossa missão e o nosso destino.
Todos os recursos do nosso mundo assim como o conhecemos, são limitados. Ha apenas um recurso inesgotável: o Amor!
- A meditação sugerida por Rúbia Americano Dantés para o Cap. 12:
"Eu manifesto a harmonia do todo quando me aceito por inteiro". Para Meditar sobre essa frase, clique aqui
- Exercício de Imagens Mentais do Cap. 12:
Sente-se num ambiente calmo e tranqüilo. Os pés devem estar firmes no chão, as mãos colocadas sobre as pernas e os olhos fechados do começo ao fim.
Olhando para o lado bom do mal e sabendo que Deus não é bom nem mau, mas é justo, veja ou imagine na sua frente o seu aspecto de maldade que mais atrapalha o seu crescimento.
Usando a Justiça Divina que há dentro de você, cure, mude, ilumine, equilibre este aspecto libertando a força agressiva que ele contém.
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