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Síndrome do Pânico

por Eraldo Manfredi em Autoajuda
Atualizado em 19/05/2003 11:15:01


A pessoa tem uma vida normal, sem grandes sobressaltos. Pode ter 10 ou 50 anos.
Mas nela existe um gatilho pronto para ser puxado, porém ela não tem consciência disso.
Poderá ser uma cena violenta resgatada do nosso cotidiano, na TV, na rua, num pequeno acidente de transito, num insignificante ferimento superficial nela ou em outra pessoa...

De repente terá que ir - ou ser levada - ao Pronto Socorro mais próximo pois, sem mais nem menos, entra num quadro de desespero total. O coração parece querer explodir, o ar quase desapareceu da face da terra, a visão fica ofuscada, a sudorese dispara parecendo seu corpo a Fontana de Trevi e o local em que se encontra por mais espaçoso que seja lhe passa a sensação de ser um túmulo!

Muitos acham que se trata do “momento final”... mas não é bem isso.
O medico experiente verifica os sinais vitais e percebe que é mais um caso clássico de síndrome de pânico... e nós ficamos sabendo que por algum motivo aquele gatilho armado às vezes até em vidas passadas, foi finalmente disparado, e atingiu o alvo.
Se a causa raiz não for devidamente encontrada e solucionada, este gatilho poderá voltar a atacar em outra ocasião, e normalmente sem aviso prévio.

Estatísticas varias falam que esta desordem atinge hoje cada vez mais crianças e adultos e está aumentando sua intensidade rapidamente, chegando a atingir cerca de 5% da população atual.
Temos tido conhecimento de casos em que até os animais sofrem de algo parecido, tanto que, pela dificuldade de serem ajudados, chegam a morrer ao ficar em situações de desespero extremo. É o caso de um cão da raça doberman que, durante uma queima de fogos, procurou abrigo alojando-se debaixo do painel de um automóvel e vindo a falecer por hemorragia causada pelos cortes ao se debater descontrolado nas ferragens.

Estudo de casos:
Wagner, 42 anos, casado, empresário muito bem sucedido de Import/Export. Ex-piloto da FAB, dois filhos, escritório em Miami, vivendo mais tempo no ar do que na terra.

Tudo começou ao adentrar o elevador - lotado de gente - da sua residência, num dia muito quente. Entrou, a porta se fechou e se deu o “disparo do gatilho”.
O tempo parecia ter congelado. Neste curto espaço de tempo o terror tomou conta dele, fazendo que ele manifestasse todos os sintomas acima descritos assolam quem é acometido por uma crise de pânico. Ao chegar no 8° andar já se sentia uma pessoa diferente, tendo até machucado mão e ombro ao danificar a porta do elevador, por não esperar que esta abrisse totalmente para poder sair.

Demorou algumas horas para retornar ao normal, pois a esposa ministrou um calmante que tinha na residência permitindo que ele finalmente relaxasse.
Pensando ter voltado ao normal, no dia seguinte Wagner retornou à rotina de sempre, mas qual não foi a sua surpresa quando – novamente no elevador – o disparo do gatilho estava novamente à espreita, pois tudo voltou a acontecer, tendo ele saído no andar seguinte, completando o percurso pelas escadas.
A partir desta data, somente utilizava o elevador quando estivesse vazio, saindo dele caso outros entrassem.

Mas outros desafios estavam para serem enfrentados...
O desafio era do tamanho de um Boeing.
Acostumado a voar rotineiramente e também por ser um ex-piloto, não podia imaginar o que iria acontecer.
O vôo estava lotado, o dia era de muito calor e ao percorrer os poucos passos até a poltrona dele, começou a sentir algo estranho, mas que começaria a se tornar cada vez mais familiar.
No momento em que a porta se fechou, os sintomas começaram a piorar de tal maneira que quando a aeronave se preparava para decolar, já na cabeceira da pista, ele levantou desesperado e descontrolado se encaminhando para a porta a qual passou a esmurrar aos berros pedindo para sair, o que obrigou o piloto a abortar a decolagem - apesar de todos os esforços do tripulantes – pois não conseguiram acalma-lo.
Wagner acabou aparecendo como noticia no jornal local do dia seguinte.

Foi um cardiologista amigo comum que o encaminhou pra mim, a fim de tentar solucionar de forma não convencional este grave distúrbio que o impedia de ter uma vida como sempre teve.

Ao fazer o retorno cronológico, foi possível acessar um fato ocorrido na hora do nascimento, que tinha sido bem complicado. Solicitei que Wagner fizesse uma comparação entre o que estava vivenciando naquele momento e as situações do avião e do elevador.
Segundo ele as situações eram parecidas mas “não tão fortes”.

Em função disso procurei aprofundar este retorno cronológico que chegou a surpreender ambos, pois Wagner, que nunca tinha feito uma regressão, passa a narrar um episódio ocorrido em outra vida em que se vê como infeliz protagonista:
Era menino brincando com outros sobre uma ponte, num dia quente e ensolarado. Estavam todos alegres naquela brincadeira de um querer empurrar o outro para a água - sendo que todos sabiam nadar - praticamente desde o nascimento. Ele é subitamente jogado na água e se vê afundando mais e mais num buraco um pouco maior que ele, existente no fundo do rio.

Ele está de início vendo a cena até o momento da morte por afogamento.
Como experiência, peço que ele vivencie o ocorrido como se estivesse acontecendo no momento presente, narrando o que sentia desde o inicio da queda.
“Quando meu corpo toca a água, sinto que ela está quente e clara. Mas num certo ponto fica tudo escuro e me sinto muito apertado. Tento sair mas não consigo, me apavoro, engulo água e acabo falecendo”.
Peço para novamente fazer a comparação entre o que estava acontecendo na água e o episódio do avião. A resposta foi:
“É exatamente igual”.
Tínhamos encontrado a causa raiz.

Pedi que fizesse o Perdão aos colegas - que não tiveram culpa - e fiz o resgate da alma dele (aquele aspecto da alma dele – referente àquela vida - que é um fragmento do seu espirito imortal), e que ainda estava presa no evento.

Voltando do retorno cronológico ele confessa que se sente completamente diferente e renovado e que uma sensação de leveza e tranqüilidade tomou conta de todo o seu ser.

Nesta mesma noite Wagner me comunicou que tinha utilizado o elevador lotado – e quente – e que nada de anormal tinha acontecido. Hoje está totalmente curado e o fator principal ao qual podemos atribuir a cura definitiva (Além do Perdão e do resgate da Alma) é a conscientização da causa raiz que foi responsável por todos os “disparos do gatilho”.

Também tivemos a colaboração da Terapia Floral que ajudou na completa desimpregnação da sua Alma e dos seus registros causadores.

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