Quando seu amor não é correspondido...
por Rosana Braga em Almas GêmeasAtualizado em 11/08/2003 12:19:51
Creio que não haja muitas outras situações na vida que nos machuquem tanto quanto a de não sermos correspondidos no amor! E apesar de ser uma das mais difíceis, também acredito que poucas pessoas tenham escapado dessa dor...
Sendo assim, concluo que há algo de muito importante, diria até essencial, para aprendermos quando isso acontece ao nosso coração. Mas as perguntas que mais gritam em nossa alma, justamente neste momento, são: POR QUÊ? Por que esse amor não pode ser? Por que a pessoa que eu tanto amo não me ama? O que eu posso fazer para mudar essa situação?
Sabe, muitas vezes, o amor não desabrocha por razões “concretas”. Talvez não justificáveis para nós, mas suficiente para fazer com que o outro simplesmente não nos ame. Podem ser questões religiosas, familiares, sociais, estéticas, de comportamento, enfim, algo como “não gosto de fulano porque ele é mentiroso, ou porque ele bebe, ou porque ele é arrogante...”
Enfim, razões que bastam para que o outro não se sinta atraído, apaixonado, conquistado... Mas, em outros casos, a pessoa que amamos pode simplesmente não nos amar, sem conseguir encontrar nenhuma justificativa para isso. A gente pode ser, para esta pessoa, bonita, inteligente, agradável, cheirosa, educada, trabalhadora, amiga, possuir diversas outras qualidades e, ainda assim, não despertar nele o mesmo amor que sentimos!
E ainda existem os casos em que somos correspondidas por um tempo, somos amadas, vivemos intensamente um relacionamento e, de repente, sem motivo aparente, sem razões convincentes, o outro nos deixa, vai embora, pára de nos amar...
Diante de situações como essas, sentimos nosso mundo desabar, nossa auto-estima minguar, nossa alegria derreter juntamente com nossas lágrimas... Tentamos, desesperadamente, encontrar uma razão, algo que tenhamos feito de errado, sejam atitudes, palavras, comportamentos, qualquer coisa que nos dê, pelo menos, a chance de reverter essa situação!
Porque sabemos que diante do “nada”, nada podemos fazer! Porque se não há motivos, então não há o que mudar, com o que lutar, o que justificar... Temos que nos conformar com a possibilidade de que o amor simplesmente tenha acabado... ou nunca tenha existido!
Sinceramente, não sei se acredito que amor acaba sem motivos! Não sei se aceito a idéia de que o amor simplesmente morre. Para mim, amor não morre, é eterno! E se morre, é porque não foi cuidado, não foi alimentado, não foi zelado com o respeito que merece...
No entanto, algumas vezes teremos de lidar com o fim do amor que chega sem explicações, sem motivos aparentes, nos deixando completamente perdidos, “mortos” na alma e no coração... O que fazer? Quem procurar? Parece que nada alivia: lágrimas, conselhos, consolos, presentes, cantadas, nada é capaz de nos fazer enxergar alguma luz, alguma esperança!
Mas o fato é que não podemos sucumbir, nos entregar. Precisamos aprender o que há para ser aprendido; superar o que há para ser superado e fazer como a Fênix – renascer das cinzas! E voar novamente, para alcançar um patamar acima de nossa existência!
E por mais batida que pareça essa afirmação, por mais doloroso que seja ter de aceitá-la como verdadeira, só há um remédio para tamanha dor: o tempo!!! Porque o tempo tudo cura, tudo revela e tudo faz renascer. O coração cicatriza, a alma se torna mais sábia e o amor ressurge... em busca de um outro coração, em busca de uma nova tentativa de ser feliz!