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O amor é uma orgia de sabores! Experimente!!!

por Rosana Braga em Almas Gêmeas
Atualizado em 10/11/2003 12:25:11


Poderia começar esse texto explicando melhor esse título, ou seja, relacionando quais são os sentidos que o amor aguça, ainda que muitos deles não possam ser transformados em palavras. Portanto, antes de relacionar alguns mais conhecidos, gostaria de esclarecer uma questão.

Escrever ou falar de amor, que é o que mais tenho feito nos últimos anos de minha vida, pode parecer, para muitas pessoas, uma difícil tarefa de conceituar ou teorizar esse sentimento. Mas não é! Não se trata disso!

As palavras são apenas um veículo, o mais direto e acessível, aquele com o qual consigo acessar pessoas de qualquer lugar do mundo. Mas o amor é uma experiência de sentidos, um sentimento que pode e deve ser vivenciado fisicamente, concretamente, em todos os níveis de nosso ser.

Amar com a mente é o que a maioria das pessoas faz, infelizmente. Porque com a mente fica mais fácil se defender, colocar limites e fugir. A mente nos engana sem que fiquemos com a sensação de que somos tolos. Parecemos mais inteligentes e racionais, “pés no chão”... No entanto, a dinâmica mental só serve para nos fazer perder o melhor que a vida tem a nos oferecer!

Amar com o coração é o que os mais corajosos tentam... e muitas vezes conseguem, felizmente! Porque apesar dos medos e dos riscos, é com o coração que a gente consegue entrar em contato com todas as nuances do amor!
Mas amar com o corpo, com os sentidos, com cada célula do nosso organismo, creio que seja o maior desafio para nós, seres acelerados, vivendo num mundo projetado para o futuro...
Não, não estou falando de sexo. As relações sexuais são conseqüência do exercício físico de amar, mas antes de se relacionar sexualmente com a pessoa amada, podemos experimentar concreta e fisicamente o amor de muitas maneiras, o “amor de dentro pra fora, amor de corpo inteiro”, como diz a música do Jota Quest!

Infelizmente, aprendemos a focar nossa atenção no amanhã, na fantasia do que poderá ser ou, pior ainda, do que poderia ser, mas não foi... E, então, a vida termina se resumindo numa dança entre a esperança e o arrependimento.
Perdemos o melhor da festa, da vida e do amor quando deixamos escapar o agora! E nesse exato momento também perdemos os sentidos do amor, porque experimentar cada um deles exige presença, total e irrestrita, absoluta presença. Sem mente, sem pensamentos nos arrastando para o ontem ou para o amanhã, nem para qualquer outra noção de tempo...

Assim, convido você a se entregar para cada um dos seus conhecidos e desconhecidos sentidos do amor. Os olhos nos dão a visão, o sentido mais atento e, ao mesmo tempo, mais passível de julgamentos equivocados. Portanto, ao experimentar a visão, foque o olhar no ser amado, mas nunca, jamais se esqueça de que você é o amante e se torna, desse modo, uma visão afrodisíaca, deslumbrante, fantástica. Por isso, olhe para você enquanto sente o amor, olhe-se no espelho, para cada parte de seu rosto, de seu corpo, nu, entregue, todo sentimento... pulsando de amor!

Os ouvidos nos permitem experimentar os sons. Ouça-se. Seus sons internos, seus desejos, seus segredos, suas vontades mais profundas e para as quais você nunca deu ouvidos. Dê agora! Talvez você não realize cada um deles, mas permita-se conhecê-los, ouvi-los, saber quais são seus barulhos, suas músicas, seu ritmo, entre na festa de seu coração e ouça o amor!

O amor tem cheiro! Sinta o aroma da sua pele quando ama, esteja atento aos diferentes cheiros que existem por onde você anda, no corpo da pessoa amada, na vida que acontece lá fora... Absorva a exclusividade de cada cheiro característico do amor. Hormônios agitados, suor, perfumes, enfim, inspire amor e expire mais amor!
Ah, os sabores... O amor tem muitos, incontáveis gostos. O apetite se transforma, aumenta ou diminui... gosto de lágrima, saliva, pele, uma orgia de sabores, um convite a amar de novas formas, sentindo o paladar como um cardápio da mais pura sensualidade que existe em todos nós... Amar é saborear!

E, por fim, entre os mais conhecidos sentidos, termino com o toque! É triste constatar que temos medo do toque, que não estamos acostumados à intensidade que pode haver nele, evitamos o toque do outro, mesmo que seja da pessoa amada...
O toque é um presente especial. Sentir, sentir-se, estender-se ao outro num convite ao contato... dedos nos cabelos, rosto no rosto, braços em abraços, pernas que se cruzam. Tatear a vida, sentir o roçar dos lençóis sobre o corpo, a água quente sobre a pele, o creme deslizando entre coxas, barriga, pescoço e dedos... Só pode ser amor, a dança do amor!

Deixo aqui o meu apelo: sinta o amor. Chega de pensar no amor, de projetar amor no outro, como se ele nunca estivesse dentro da gente, como se ele só pudesse chegar quando chega o outro. O amor é uma dança. Dance só quando estiver só! Dance acompanhada quando o ser amado chegar... Mas dance, rápida ou lentamente, suave ou vigorosamente, dance sem parar... enquanto acorda, trabalha, come, fala, anda... simplesmente, naturalmente... enquanto faz amor!

Dedico este texto a: Siddhen, Manik, Surya, Ansula e Marcos.


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Rosana Braga é Especialista em Relacionamento e Autoestima, Autora de 9 livros sobre o tema. Psicóloga e Coach. Busca através de seus artigos, ajudar pessoas a se sentirem verdadeiramente mais seguras e atraentes, além de mostrar que é possível viver relacionamentos maduros, saudáveis e prazerosos.
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