Quando a amizade vira amor...
por Rosana Braga em Almas GêmeasAtualizado em 23/05/2005 14:42:11
Melhor do que ter apenas um grande amigo é ter um namorado que seja também um grande amigo. Certamente isso seria o ideal para qualquer pessoa que deseja se relacionar e encontrar companheirismo, admiração e confiança.
Afinal de contas, casais competitivos, que mais brigam e se encaram como inimigos do que parceiros – por mais estranho que possa parecer – é o que vemos o tempo todo, ainda que isso aconteça sem que, muitas vezes, o próprio casal perceba.
Mas, de fato, o que poderia ser um verdadeiro presente pode se tornar, de repente, um grande constrangimento. Apaixonar-se por um amigo (ou por uma amiga) é sempre motivo para uma angustiante reflexão: e se além de não ter meu sentimento correspondido eu ainda terminar perdendo o amigo?!?
Reflexão importante. Questão real. A possibilidade existe. Entretanto, existe na mesma proporção para o lado positivo. Ou seja, da mesma forma que você pode descobrir que “não”, também pode descobrir que “sim”. O amigo pode ser realmente um excelente candidato à vaga de amante.
Portanto, melhor do que se consumir com pensamentos fantasiosos e medos infundados, é tentar averiguar e apurar este novo sentimento em pauta: tateando a relação, chegando com calma e, enfim, jogando limpo.
Se uma amizade está, naturalmente, baseada na sinceridade, na transparência e no respeito mútuo, espera-se que haja acolhimento de qualquer sentimento, ainda que não seja correspondido.
Para isso, em primeiro lugar você precisa considerar o “sim” e o “não”. Se “sim”, ótimo! Se “não”, recolha-se e preserve o que já existia de bom.
Fácil? Não! Mas inteligente e possível. O outro pode perfeitamente não se interessar por você, ainda que lhe adore como amigo. Por isso, conservar a amizade é fazer-se um bem enorme, ainda que precise de um tempo para assimilar a impossibilidade de transformar esta relação numa outra, que apazigúe seus desejos mais íntimos.
O que acontece, no entanto, muitas vezes, é o retraimento de um dos dois ou dos dois. Por medo de não ser correspondido, o apaixonado se afasta sem explicar seus motivos. O outro, por sua vez, não sabe como agir e vai deixando a amizade esfriar.
Ou ainda uma outra possibilidade: quando o amigo percebe que o outro está se apaixonando, não sabe como agir, não consegue ser sincero e expressar o seu “não” e, assim, prefere se afastar, deixando o outro sem chão, sem saber o que fazer... sentindo-se péssimo e com a sensação de, além de ter estragado a amizade, ter levado um “fora” silencioso... o que não é, definitivamente, uma atitude amigável.
Quando os sentimentos são correspondidos, é bem provável que tudo vá se desenrolando tranqüilamente. O desconforto acontece quando um ou outro não expõe o que verdadeiramente sente e termina tumultuando a relação.
Minha sugestão, seja qual for a circunstância, seja lá o que for que já tenha ou não acontecido entre dois amigos, é uma clara, objetiva e sincera conversa. Expor os sentimentos e as percepções e falar dos desejos de cada um é a melhor maneira de resolver uma pendência, acabar com os fantasmas que assombram a amizade desnecessariamente e ainda construir uma intimidade maior do que a que havia antes.
Enfim, uma amizade pode virar um grande amor e uma experiência fantástica na vida de duas pessoas. Mas se o amor nascer apenas em um coração, ainda assim se pode descobrir uma oportunidade preciosa de compartilhar a alma com um amigo pra qualquer ocasião.
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