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O raio atingiu a torre e provocou a queda

por Graziella Marraccini em Astrologia
Atualizado em 07/10/2005 11:57:30


Ou, o Arcano XVI do Tarô: A TORRE

Depois de inúmeros pedidos por parte de internautas, ávidos para saber se o Sr. Paulo Maluf será libertado em breve ou se continuará nas garras da justiça, comecei a me debruçar sobre o mapa de nascimento dele e analisar as progressões para conseguir uma resposta. Claro que vou falar um pouco a respeito, mas não é essa a minha preocupação enquanto escrevo. Numa analogia mental, vem-me à mente a imagem representada no Arcano XVI do tarô: A TORRE. Alyster Crowley, em seu tarô de Thot, apresenta assim este arcano:
“Break down the fortress of thine Individual Self, that thy Truth may spring free from the ruins”.
Ou seja, “Arrebenta a fortaleza de seu Eu Individual, que a Verdade poderá brotar livre entre as ruínas”. Ou ainda, para compreender porque uma catástrofe acontece e arrasa nossa vida, devemos abrir a fortaleza onde nosso Eu Individual está entrincheirado, para que a Verdade possa enfim brotar e se desenvolver na Arvore da Vida. É uma imagem linda essa que nos apresenta este arcano, mas difícil de ser compreendida. A árvore, ao nascer, arrebenta a semente onde estava encerrada.
A Cabala ensina que uma desgraça nunca acontece sem ser anunciada, às vezes com pequenos sinais que teimamos em não ver. Acontece assim quando, numa estrada perigosa e cheia de avisos de limite de velocidade, teimamos em correr desenfreadamente até que nos arrebentamos numa curva! Foi nossa ação que provocou a desgraça, assim como foram as ações da humanidade que ocasionaram a queda e o conseqüente castigo. A culpa não está “fora” (a estrada cheia de curvas), mas dentro de nós! Então, seriamos predominantemente maus? Existe dentro do ser humano esta semente ruim que o leva a desobedecer, a fazer o mal? Dentro de nós existem e coexistem o Bem e o Mal. Um não existiria sem o outro, assim como a Luz não existiria sem as Trevas.

Vou lembrar a parábola da ovelha perdida, tão conhecida no mundo cristão e cito uma passagem do livro “Meditações sobre os 22 Arcanos Maiores do Tarô” (Ed. Paulus): ”Pensa-se em geral que ela (a parábola) destaca a solicitude do bom pastor pela alma particular, o que está certo. Pode-se todavia, por analogia, aplicá-la também à vida interior da alma, aos seus desejos, às suas aspirações, aos seus vícios e suas virtudes. E se consideramos, por analogia, toda força particular da alma como ‘ovelha’, chegaremos a compreender que, no fundo, os defeitos e vícios da alma não são monstros e sim ‘ovelhas desgarradas’. Assim, no fundo, a avidez de domínio e o desejo de submeter a vontade alheia à vontade própria são ovelhas que se desgarraram. Porque, na raiz do desejo de domínio, está o sonho da unidade, da união e da harmonia do coro. É a ‘ovelha’. Mas, em vez de procurar a realização do sonho de harmonia pela via do amor, a vontade quer realizá-lo pela via da coação. Eis a ovelha desgarrada”. Assim, podemos concluir que é a ‘vontade’ a causa de nosso ‘desgarramento’. Ao invés de construirmos Torres, deveríamos nos preocupar em regar nossa Árvore! Regando, endireitando, podando e adubando nossa Árvore estaremos construindo a salvação de nossa alma!

Com isso em mente, vamos voltar ao mapa de Paulo Maluf. O Sr. Paulo Maluf, além de ter uma concentração planetária em Virgem (em seu Mapa Natal) nas Casa VIII/XI, possui Plutão na Casa VII em Câncer. “Eu domino a minha casa e a dos outros” seria um bom lema para este aspecto. Ao mover-se sobre o mapa, Plutão, que em astrologia rege a Casa VIII zodiacal (ou seja, a casa de Escorpião), subiu ao (Meio do Céu, cúspide da décima casa do mapa; indica a natureza da profissão) MC(*), ocasionando a Ascensão ao Poder, o ponto mais alto e culminante da carreira do Sr. Paulo Maluf. Mas, à medida que ele foi descendo no mapa, passando pela XI e agora ingressando na Casa XII, o planeta leva sua energia para uma área da vida que não foi ainda explorada, ou seja, a área do Carma. Plutão - como vimos também no Mapa do Brasil (vejam as Previsões para o Brasil 2005) - domina o Reino dos Mortos, e ao se mexer remói a sujeira que estava escondida por baixo do tapete (veja artigo no site # 4302). E assim, tudo vem à tona. Além disso, Urano em Peixes, formando uma oposição ao. (Quando a Conjunção envolve mais que dois planetas, toma o nome de stellium) stellium(*) em Virgem, como um cristal multifacetado que reflete a luz solar, leva a Luz aos mais recônditos cantos, ilumina todos os pontos obscuros, escondidos no fundo do mar. E assim, abrem-se as comportas, quebram-se os portões da fortaleza, e a Torre “será fulminada”. Os orgulhosos caem, reis ou plebeus, ricos ou pobres, todos aqueles que pecaram de orgulho perante a força do Criador. E assim é a lei da vida. Esta é uma lição de Hermetismo: conciliar a nossa Vontade (a vontade do Ego) com a aspiração do Eu Interior não é tarefa fácil. Este é o dilema da CRUZ: a conciliação dos opostos onde estamos crucificados desde o momento de nosso nascimento. Este arcano, portanto, nos ensina que não devemos construir torres (lembrem-se da Torre de Babel), mas devemos nos preocupar em crescer. De que adianta construirmos torres de marfim, fruto de nossa vaidade e de nossa vontade, se esquecemos que nossa alma veio a este mundo para crescer? Essa é a lição que o Sr. Paulo Maluf deveria estar aprendendo. Meditar o ajudaria muito e eu o aconselharia a ler este maravilhoso livro, (coisa que certamente ele não fará). Fica claro que a lição pode servir para todos nós. Cada um de nós tem sua pequena (ou grande) torre de orgulho, não é mesmo? Às vezes ela é construída por gestos, atitudes, palavras, ou por outras artimanhas que usamos para fazer prevalecer nossa vontade sobre os outros. Mas todas elas, invariavelmente, ocasionarão nossa queda.
E então, o que fazer? As etapas para fazer a transmutação e superação desta etapa da vida, para assim podermos passar ao Arcano seguinte (A Estrela), são principalmente três: a concentração (para purificar nossos pensamentos), a meditação (para conseguir a iluminação) e a contemplação (para conseguir a União com o Criador). O hábito de meditar é esquecido no nosso mundo ocidental, sempre apressado em alcançar as metas rapidamente. Mas é um processo necessário se quisermos encontrar as vias alternativas para trazer de volta a nossa “ovelha desgarrada”.Devemos nos empenhar mais no trabalho do crescimento da Árvore e menos no trabalho da construção da Torre. Essa é a lição a ser apreendida. E podemos aproveitar esse momento em que as energias da criação estão a nosso favor. Com o (Ano Novo Judaico) Rosh Ashanah(*) se abrem as janelas energéticas que criam o DNA da alma. Vamos aproveitar? Nos próximos trinta dias podemos plantar as sementes de nossa Árvore da vida.
Quanto ao Sr. Paulo Maluf, à medida que a sua Lua progredida ingressar na Casa VIII ele precisará efetuar o processo de transformação, mudando seus valores e prioridades, caso contrário ele acabará por passar por um severo processo de desintegração total.

Uma boa semana a todos e me escrevam seus comentários e suas dúvidas que são muito preciosos!
São Paulo, 5 de Outubro de 2005


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Graziella Marraccini é astróloga, taróloga, cabalista e estudiosa de ciências ocultas e dirige a Sirius Astrology. Conheça meus serviços on-line
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