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Alma Doente

por WebMaster em Autoconhecimento
Atualizado em 30/10/2002 18:02:54


O processo reencarnatório é o caminho da evolução individual e coletiva para a alma humana, e, se considerarmos o que observamos e sentimos como vida, desde o nascimento, até a chamada morte, como um novo retorno à carne, poderemos entender da misericórdia do Pai Criador do Tudo, para com Essa Criatura Sua a que chamamos homem.

Queiramos ou não, leis existem das quais não entendemos o funcionamento, mas, a bem do compreender da Justiça Divina, há de, forçosamente, vir em proveito da criatura humana, assim como as doenças que trazem angústias e preocupações ao nosso coração que ama, sem saber como amar.

Somos todos, herdeiros de nossas próprias ações e que, pela energia da mente ainda não domada, vem, pela natureza própria, deflagrar a conformação do nosso modelo organizacional biológico, ou perispírito, ou alma, como queiram as várias escolas religiosas e filosóficas. A grande realidade é que, o nosso corpo físico, além de cumprir o processo natural de evolução e decrepitude no período da vida, é ele, movido, em todas as circunstâncias, pelo espírito que somos; unidade advinda do Universo Divino, buscando a perfeição.

Queiramos ou não, ainda não atingimos a angelitude, e, por isso, somos espíritos necessitados do processo evolutivo da reencarnação. E, para isso temos, como espírito em evolução, de nos revestir do chamado perispírito, onde se alojam todas as boas e as más formações que se projetam no corpo físico mais cedo ou mais tarde. na razão direta do nosso comportamento mental, emocional e de ações efetivas. "Quem acende uma luz, é o primeiro a iluminar-se", diz-nos um amigo espiritual. Também, quem não tem acesa a candeia do corpo, poderá vir tropeçar nos escolhos das sombras. As doenças graves, de difícil diagnóstico e ou de impossibilidades de cura, são a resultante física da sombra da alma que não soube ainda, e notadamente, desde vidas pregressas na carne, agir em correlação aos divinos preceitos do amor desinteressado.

Marcada pela resultante desorganizadora do complexo e sutil corpo perispiritual, a alma humana desencarna e não consegue desenodoar-se de antigos atos mentais contra si mesma e, no renascer de agora, traz, plantada em si, a semente negra que pode vir transformar-se em doenças graves, em qualquer período da vida física.

A nós outros, não cabe uma análise condenatória por julgamento de definição de atos contrários ao amor, porém, sabemos que ainda não temos, muitos de nós, o comportamento totalmente liso e isento de desequilíbrios emocionais, às vezes mesmo pela repressão a que fomos submetidos por educação social e moral errônea, não podendo "ser" o que gostaríamos.

Assim, toda a força mental reprimida, vai ter concentração num órgão qualquer, e isso, ainda no perispírito, e irá resultar nas doenças físicas já catalogadas, ou não, pela ciência médica.
A medicina psicossomática vem provando, dia a dia, essa resultante danosa, quando o ser humano não sabe como viver serenamente. Tensões, anseios, repressões, são fatores preponderantes para uma resultante maligna e danosa no corpo que reveste a alma humana. Mas, o corpo físico, é também, e aqui entra a misericórdia do Criador, o sublime instrumento drenador das "invirtudes" da alma, e por isso mesmo, a reencarnação é o projeto divino da evolução. Até mesmo a hereditariedade provocadora de danos, é providencial manifestação daquela Misericórdia.

Já vivemos vezes outras nesta Terra e voltaremos a aqui viver. Este momento, que supomos único, é apenas um dia no calendário da alma eterna que assimila a cada vez, as sublimes lições do progresso, muitas vezes pela dor da doença física, ou dor da doença dita "moral".
Porém, inevitavelmente a alma humana evolve e sublima-se. "Não te impacientes, já vivestes séculos incontáveis e estás diante de milênios sem fim"; diz-nos alguém que hoje, sem o corpo físico que lhe serviu de instrumento evolutivo, agradece a Deus a sublime oportunidade que teve, no princípio deste século, de ter estado junto a nós.

Hoje, espírito mais soberano sobre si mesmo, vem trazer as suaves certezas de que, a chamada dor, é apenas uma resultante no nosso corpo físico, porque não tivemos aprendido, ou não agimos consoante à Lei de Equilíbrio Divino, a Lei do amor. Do amor desinteressado em favor de todos e de nós próprios.

Para a minoração da doença física instalada, não bastam as preces e hosanas aos seres espirituais, a Jesus, ou a Deus Pai, urgiria e urge a modificação da casa mental para a aceitação do inelutável processo da vida provisória na carne, e a realidade do espírito que sobrepõe-se à todas as intempéries.

E virá, um dia, "Que só o Pai sabe quando", no dizer de Jesus, virá a alma realizar o equilíbrio ou desequilíbrio, e o continuar vivendo "no lado de lá". Assim como viveu aqui. Pois os portais da morte não mudam, de uma vez, a realidade da alma.

Urge, pois, a paz interior, que leva a mente a projetar luz sobre si mesma, aliviando todos os temores e todas as dores. Urge que a alma, doente do corpo físico, enquanto o possa, faça "acender a candeia do corpo", no dizer do Meigo Rabi, e que essa luz ao alumiar por dentro, faça a luz ao redor, e isso se chama doação do amor, da esperança, e acima de tudo, a chama da certeza de que Deus Pai, de tudo nos plenifica e nos provê.

Volta Redonda 21 de julho de 2002
Denir Lopes


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