Crenças centrais: A jornada da consciência e transformação
por Rodolfo Fonseca em AutoconhecimentoAtualizado em 11/04/2024 15:19:43
Em nossa jornada pela vida, desde a infância, moldamos ideias que muitas vezes distorcem a realidade, gerando um impacto duradouro na idade adulta. Essas ideias, conhecidas como crenças centrais na Terapia Cognitiva, podem criar um terreno fértil para o sofrimento psicológico.
Vamos explorar as crenças de desamparo, desamor e desvalor, compreendendo como elas moldam nossos pensamentos automáticos.
Desamparo - Pensamentos Automáticos:
"Sou incompetente e destinado ao fracasso."
"Não consigo me proteger."
"Sou uma vítima sem recursos."
Desamor - Pensamentos Automáticos:
"Sou indesejável e sempre serei rejeitado."
"Não mereço amor e sempre estarei sozinho."
Desvalor - Pensamentos Automáticos:
"Não tenho valor algum."
"Sou um nada, um lixo."
Quando essas crenças se entrelaçam, surgem compulsões que podem levar a diversas formas de autodestruição, seja no uso de substâncias, alimentação descontrolada ou comportamentos sexuais desregrados.
Essas compulsões, por sua vez, podem resultar em problemas físicos e mentais, destacando a conexão íntima entre mente e corpo.
Analisar os pensamentos automáticos associados a essas crenças é crucial para entender quais ideias estão enraizadas. Essa autoanálise permite a identificação das estratégias compensatórias adotadas para lidar com o sofrimento causado por essas crenças.
Situação: O celular do namorado está desligado.
Pensamento Automático (Desamor): "Ele está com outra."
Essa ativação da crença de desamor distorce a percepção da situação, gerando sofrimento e influenciando reações emocionais e comportamentais.
A Jornada da Transformação:
A Psicologia Cognitiva, nesse contexto, atua como um farol orientador, iluminando o caminho da autotransformação. Ao desativar as crenças centrais maladaptativas, abrimos espaço para a construção de um novo alicerce psicológico. Essa reconstrução não é apenas uma renovação superficial, mas sim uma transformação profunda que impacta nossas emoções, comportamentos e a maneira como nos relacionamos com o mundo.
Na conclusão dessa jornada, emerge a clareza de que as crenças centrais, embora profundamente enraizadas, não são imutáveis.
Com paciência e autoempatia, podemos cultivar um terreno mental mais fértil, onde brotam pensamentos mais positivos e saudáveis. A jornada da transformação não apenas liberta do passado, mas também abre portas para um futuro mais esperançoso e autenticamente vivido.
O verdadeiro poder reside na capacidade de reescrevermos nossa história interna, construindo uma narrativa que nos fortaleça e nos conduza a uma vida plena de significado.