Mandalas – O Ponto
por Jean Tarel em AutoconhecimentoAtualizado em 05/12/2002 17:50:12
A concentração
Definitivamente uma das características mais importantes a ser desenvolvida por nós, a concentração prediz objetivo, estratégias, força de vontade e determinação.
Falamos então dos desejos que povoam nossas mentes e corações e falamos consequentemente do "como" nos posicionamos frente a estes. Normalmente temos desejos que podem estar distantes daquilo que temos no momento, desejos que nos fazem sonhar e transcender uma talvez não muito agradável situação presente... Sonhamos e desejamos insistentemente, por vezes agimos como crianças mimadas que quando não tem aquilo que querem esperneiam e choram ou mesmo nos deprimimos pensando que Deus esqueceu-se de nós...
Quando isto acontece provavelmente perdemos o verdadeiro foco de nossos objetivos essenciais nos distanciando cada vez mais do que pode ser nossa verdadeira realidade essencial e sequer nos permitimos, antes de embarcar na viagem do sonho, refletir nua e cruamente sobre o que somos e sobre o que temos naquele exato momento. O que oferecemos ao mundo e o que temos de retorno dele, uma boa pergunta a se fazer para se começar o caminho do sonho de forma concreta.
Cada um de nós, individualmente, detém potencialidades infinitas se objetivamente desenvolvidas. Este potencial por vezes pode estar adormecido e um pouco distante daquilo que entendemos por consciência, e cabe a nós encurtar esta distância por meio de nós mesmos. Auto-ajuda. Uma Lei de objetivos simples e muito práticos. Se eu me ajudar facilitando o meu próprio caminho, matematicamente estarei mais apto a doar e, portanto a receber de volta. Compartilhar.
Quando perseguimos certos sonhos de uma forma egoísta e implacável, colocamos a humildade e a solidariedade em uma gaveta bem fechada no fundo de nossos armários interiores e o Universo acaba fatalmente se restringindo a nós mesmos... Afinal, temos um sonho, mas qual o verdadeiro objetivo deste sonho e o que sua concretização fará por nós. Por mais que nossos egos esperneiem e chorem, somos seres dependentes uns dos outros, portanto precisamos aprender a ser indivíduos coletivos. Estar em coletividade compartilhando realmente é ser, permitindo que os outros também sejam, ou ser para permitir que os outros sejam.
Talvez se fossemos menos rudes para conosco em detrimento de nossos desejos cegos, perceberíamos como poderíamos realmente progredir compartilhando o que somos, o que não somos e o que gostaríamos de ser. Provavelmente o mundo se expandiria, pois estaríamos contribuindo para a liberação e expressão das potencialidades alheias e nossos desejos como indivíduos ficariam cada vez mais claros, portanto mais reais e acessíveis.
Compartilhar, incentivar, interagir e agir são forças que não competem entre si e sim se complementam, e se adequadamente agregadas a um sonho permitem a que a expressão deste se manifeste e assim a realização aconteça.