O conhecimento e a sabedoria
por Elisabeth Cavalcante em AutoconhecimentoAtualizado em 08/04/2020 11:35:25
Desde cedo somos condicionados a acreditar que o conhecimento é resultado do que compreendemos através da nossa mente. A capacidade intelectual nos é apresentada como a principal qualidade que precisamos desenvolver, para sermos vencedores na vida.
Mas a realidade, cedo ou tarde, nos mostra que tão essencial quanto o desenvolvimento da inteligência, é estarmos atentos ao que sentimos.
Quando vivenciamos profundamente nossos sentimentos, todo o nosso ser está envolvido. Ainda que não tenhamos plena consciência disto, é nesse momento que experimentamos de modo absoluto o real significado da vida.
Conhecer algo pela via da razão consiste em apenas reunir informação. Já o entendimento que resulta do sentir, se transforma em sabedoria.
O conhecimento intelectual consiste em aprender teorias e crenças acerca da verdade. Sabedoria significa a "a verdade em si".
Isto não significa que o intelecto não tenha utilidade. Em muitas circunstâncias da vida ele é necessário. A questão é usar em excesso a inteligência e negar a emoção.
A emoção costuma ser desprezada em nossa civilização, pois é vista como fraqueza. O resultado disso é uma personalidade desequilibrada e, onde falta equilíbrio, a doença se instala.
Somente quando intelecto e emoção estão harmonizados, é que o ser humano se torna plenamente integrado e alcança o que Jung denominou de individuação.
"Simplesmente permaneça com a vida que está dançando em você, respirando em você, viva em você. Você precisa chegar mais perto de você mesmo para conhecê-la. Talvez você esteja demasiado longe de você mesmo. Suas preocupações o levaram longe. Você precisa voltar pra casa.
....Antes que você possa vir a se conhecer, você precisa ser você mesmo.
Você conhece sua face somente no espelho, a partir do exterior, pois você não está atento. Se começar a ficar atento, sentirá sua face a partir do interior - e essa é uma rica experiência, observar a si mesmo a partir do interior...
Então, lentamente, coisas estranhas começam a acontecer... E você é como uma ilha no meio de um oceano de silêncio..." - OSHO.
