10 passos para você se tornar seu mestre - Parte 3
por Izabel Telles em EspiritualidadeAtualizado em 10/09/2004 11:51:32
Praticando as imagens mentais para quebrar comportamentos repetitivos.
No nosso primeiro passo você viu que nossas crenças criam nossas experiências. E descobriu que realizar exercícios com imagens mentais pode ser um caminho efetivo na reversão destas crenças.
No nosso segundo passo percebeu que há uma conexão eterna entre o corpo físico, o coração e o cérebro emocional. E que esta conexão pode ser provada através das imagens que todos recordamos ao sermos tocados numa área do nosso corpo, através de um aroma ou paladar, vivenciando uma emoção ou sentimento, lembrando de uma passagem significativa em nossas vidas, relembrando um sonho, ouvindo uma música e muito mais. Nas terapias de regressão esta conexão surge durante um leve transe que o facilitador aplica para que a pessoa possa quebrar suas resistências e acessar estas memórias. Viu também que uma forma de apreender estas reações é nos tornarmos observadores de nós mesmos, pontuando amorosamente nossos comportamentos, experiências ou ações como se não fossemos parte da mesma. Olhando “de fora” com a intenção de educarmos nosso sistema de crenças. Por exemplo:
- Olha eu (diga seu nome no lugar do “eu”) insistindo, novamente, em acreditar que fulano de tal (diga o nome da pessoa) vai mudar tal comportamento (diga o comportamento).
No terceiro passo vamos continuar nossa batalha contra o nosso sistema de crenças insistindo na “desabituação” no nosso dia-a-dia.
O que quero dizer com “desabituar”?
Quero dizer, simplesmente, quebrar a rotina dos hábitos, deixar de praticar, deixar de repetir o mesmo padrão de comportamento.
A chave da desabituação é praticar todos os dias, dia e noite, a ”presença no momento presente”. E este “presente” quer mesmo dizer o presente que recebemos a cada minuto. O presente de estarmos vivos para renovar, criar, corrigir nossos erros e partir para uma outra ação, desta vez, saudável e curativa.
Estar inteiro no momento em que estamos vivendo. Sem o passado para culpar ou comparar; sem o futuro para prever. Tanto o passado como o futuro são tempos que não existem. E o que existe então? Tão somente o tempo presente.
Ficar no tempo presente é uma forma de deixarmos de experimentar a culpa, a ansiedade.
Observe o rio. Veja como ela corre mansamente passando pelas pedras. Ele não tem pressa. Ele sabe que seu curso está desenhado na geografia do planeta. Ele sabe que terá que lamber cada pedra do caminho, uma por vez, cada galho tombado sobre seu curso. Um de cada vez. E ele escorrega manso como uma serpente sábia sem pressa e sem medo. E quando uma tempestade o atinge aí ele entende que precisa ir mais rápido porque há mais água para escoar.
Há uma infinita inteligência no Universo. E você é parte desta inteligência. Não queira viver do passado, nem do futuro. Faça a ação acontecer no minuto em que ela tem que acontecer. Há um ditado inglês do qual gosto muito e que diz:
“Quando chegar a hora saberemos o que fazer”.
Proponho que você integre este jeito de viver no seu dia a dia.
Para ajudá-lo, nesta prática, proponho um exercício para ser feito como lição de casa durante estes sete dias que nos separam.
E para criar este exercício vou usar uma imagem que captei na mente de uma paciente.
A imagem era ela pulando sobre muitas torres com uma espada nas mãos. Ela lutava contra inimigos invisíveis saltando de um lado para o outro como uma rã frenética. Seus olhos rodavam 360 graus e sua respiração era ofegante e nervosa. Seu corpo tinha um aspecto enrijecido e frio e seu coração batia descompassado como um tambor enfurecido. “Ela lutava contra o passado e o futuro, contra milhões de hipóteses negativas e ameaçadoras; com suas centenas de “Se eu não fizer”, ”Se eles não me chamarem...”, “Se eu o telefone não tocar...”, ”Se eles descobrirem....”.
Propus a ela o exercício de imagens mentais que poderia reverter o quadro. Se quiser, pode também praticá-lo por sete dias sempre ao acordar.
Sentado, olhos fechados, mãos apoiadas nas pernas (com as palmas viradas para baixo), respire calmamente três vezes e leve sua atenção para a intenção deste exercício que vai durar apenas alguns segundos.
EXERCÍCIO DO TEMPO PRESENTE
E veja, sinta, ouça, perceba-se pulando de torre em torre em busca de respostas para as suas emoções. Sinta o desconforto desta ansiedade e desta dúvida vibrando em todo o seu corpo. Sinta um imenso cansaço e a inutilidade deste esforço que não tem fim. Quanto mais torres você pula mais aparecem. Respire uma vez e olhe lá para baixo e veja ou imagine que vê uma escada de segurança máxima esperando por você. Desça rapidamente esta escada até sentir-se segura(o) com os pés firmes no chão. Saia correndo deste lugar. Corra muito, corra mais e mais e veja na sua frente a porta de um orquidário. Abra esta porta e deslumbre-se com milhares de orquídeas brancas abrindo suas flores. Faça o tempo parar. Fixe sua visão neste momento e experimente a sabedoria do presente por dois segundos.
Então, respire e abra os olhos.
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