A escolha é sempre nossa...
por Rubia A. Dantés em EspiritualidadeAtualizado em 08/04/2020 11:35:12
Temos regras fixas do que é certo e errado e somos muito exigentes ao julgarmos a nós mesmos e ao outro, segundo essa referência.
Isso torna a vida muito pesada e sem fluidez, uma vez que tudo que não se enquadre nesses parâmetros é tido como "errado"... Só que nos esquecemos que esses modelos fixos variam de pessoa para pessoa e ninguém é dono da verdade. Cada um de nós tem um sistema de crenças que determina o que é "bom ou ruim", "certo ou errado".
O bom seria que não fixássemos nada como verdade absoluta e que nos deixássemos fluir no presente, vazios de certezas e de crenças equivocadas, mas, enquanto não estamos nesse ponto, é sempre bom, diante de uma situação qualquer, onde nos vemos defendendo nosso ponto de vista, lembrar que ele não é a verdade e, sim, só mais um ponto de vista no meio de outros tantos milhões.
Quando estamos vazios de crenças e memórias equivocadas e nos deixamos guiar pela Divindade, naturalmente, não precisamos nos prender a experiências passadas e nem a regras para responder a cada situação que nos chega, em perfeita ordem Divina.
Quando nos baseamos em memórias para responder as situações que a vida nos apresenta, acabamos criando mais e mais problemas e conflitos que só aumentam o sofrimento.
Se não reagíssemos tanto à vida e, a cada dificuldade, tomássemos uma distância da situação para entrar em contato com nossa sabedoria, poderíamos evitar muitos problemas e até entender que, onde muitas vezes enxergamos problemas, na verdade, eles nem existem.... são criações das nossas memórias que sempre nos levam a crer que somos ameaçados e que precisamos nos defender...
Ninguém nos ameaça a não ser nós mesmos... os outros são um reflexo do que temos dentro e não conseguimos enxergar.
E quando entendemos que a opinião do outro, assim como a nossa, quando é baseada em crenças fixas, não são a verdade e sim só mais um ponto de vista... nos sentimos livres e entendemos que, o fato de o outro não gostar de algo em nós, ou de algo que fizemos, não representa que tenhamos algo de negativo e não nos diminui em nada...
Aceitar que tudo que vem de fora, também está dentro, nos leva a não brigarmos tanto com as opiniões contrárias às nossas, e, ao invés de reagir tentando mudar o outro, vamos buscar liberar dentro o que nos fez atrair aquela situação.
Quando entendemos isso, vamos ver que é uma perda de tempo tentar mudar o outro para que ele se adeque às nossas expectativas... o outro só está nos revelando algo sobre nós e, mesmo que nos afastemos daquela pessoa, se não liberamos em nós o que nos incomoda nos outros, logo na frente vamos nos deparar com o mesmo tipo de problema...
Quantas e quantas vezes repetimos os mesmos enredos em outras roupagens, com outros personagens aparentemente diferentes mas que, no fim nos revelam a repetição de um mesmo padrão...
Se não queremos mais repetir histórias dramáticas, é preciso ter coragem de abrir mão do que em nós atrai os mesmos problemas. Parece difícil quando estamos tão intricados nesses histórias, mas sempre está em nossas mãos mudar o enredo porque fomos nós quem escrevemos as peças, nas quais quase sempre somos as vítimas...
Se tivermos coragem e força de vontade, com certeza, vamos conseguir... Mas, será que queremos mesmo mudar a nossa história? Ou já nos acostumamos tanto com ela que preferimos ficar chafurdando na lama do terreno conhecido a dar um salto rumo ao desafiante desconhecido... Uma coisa é certa... A escolha é sempre nossa...
Sobre a Mandala da coragem
Muitas vezes, os nossos medos nos paralisam e impedem que vivamos coisas que nos fariam mais inteiros e felizes. Os medos servem para nos proteger quando refletem situações de real perigo, mas, muitas vezes, eles são somente medos inconscientes de experiências passadas, que continuam agindo, impedindo-nos de viver muitas coisas. Se esse é o caso... avance, apesar dos medos e encontre o que está além... Pode ser que, ao olhar de frente para esse medo e trabalhar para liberá-lo, muita energia se torne disponível para seu presente... Pode ser que seu medo esteja escondendo partes suas que trazem talentos antigos...