Alma Livre VII
por Wagner Borges em EspiritualidadeAtualizado em 14/10/2005 11:18:14
Há almas boas, tranqüilas e magnânimas, que, como a primavera, fazem bem a todos.
São almas livres das peias do egoísmo e do personalismo barato.
Por isso, são semelhantes às estrelas: brilham muito!
No entanto, o seu brilho não ofusca ninguém.
É pura luz, suave e terna, de quem carrega a paz perene dentro de si mesmo.
Ah, essas almas livres!
Tão serenas e generosas, jamais julgam alguém, harmonizam a todos e, discretamente, longe das luzes ilusórias do mundo, levam os toques de cura silenciosamente entre os homens da Terra, esquecidos de si mesmos.
Essas almas magnânimas voam pela imensidão da consciência cósmica e, também, pelos céus secretos dos corações.
São como irmãs mais velhas da humanidade, cheias de sabedoria e toques de maturidade, mas, consideram-se crianças diante da grandeza da vida em todos os planos.
Ah, essas almas serenas!
Nem precisam falar, pois o seu olhar amoroso já diz tudo, de espírito a espírito, dentro do coração.
E, quando alguém se sente tocado sutilmente por sua compaixão, fica difícil dizer algo.
Então, a mente se cala e as lágrimas rolam quietinhas, lavando a alma, enquanto o coração, menino encantado, apenas sorri, pois só ele é que compreende “O AMOR QUE AMA SEM NOME”.
Ah, essas almas anônimas e amigas da humanidade!
Se elas pudessem, eliminariam todas as dores do mundo.
Mas, elas sabem que há leis maiores regulando a evolução das muitas humanidades espalhadas pela imensidão sideral, e que certas lições precisam ser compreendidas antes dos homens galgarem níveis mais profundos de manifestação.
Por isso, enquanto a humanidade não desperta do sono consciencial, elas velam secretamente e ajudam a todos incondicionalmente, de formas sutis, sem que a própria humanidade as perceba diretamente.
E aí, é só o menino coração que as vê, com os olhos espirituais e, sem que nada seja dito, tudo lhe é revelado.
Então, ele apenas sorri, quietinho, e agradece ao Grande Arquiteto Do Universo por ter enviado essas grandes almas para eliminarem a noite escura da ignorância dos homens.
Essas grandes almas, boas, tranqüilas e magnânimas, que, como a primavera fazem bem a todos.
PS.: Essas almas livres são um presente de Deus aos corações sensíveis à paz.
Na noite escura do egoísmo e da fome de amor dos homens, são elas que pacientemente abraçam e energizam aqueles que aspiram por um mundo melhor e tentam seguir os bons propósitos, mesmo sob o peso das provas difíceis da existência.
No silencio do invisível, essas pessoas valorosas são muito amadas e abraçadas por outras grandes almas amigas.
No mundo dos homens tristes, poucos são aqueles que sabem ou percebem tais presenças serenas. E a maioria sequer cogita sobre alguma coisa a mais...
No entanto, aqui e agora, deixo registrada, mais uma vez, a alegria de escrever sobre essas grandes almas, sabendo que, dentro da sintonia de cada leitor, há um menino coração, encantado. E somente ele há de compreender, sorrir e sentir o toque sutil de amor dessas consciências elevadas e livres.
Nota:
As seis partes anteriores estão postadas em minha coluna da revista on-line do site do IPPB - link, e vem sendo publicadas na seqüência, na revista Espiritismo e Ciência.
PEQUENA CANÇÃO DE KRISHNA
(No Coração do (Dharma (do sânscrito): dever, missão, trabalho, meta, programação existencial, mérito, ação virtuosa, atitude correta ) Dharma(*))
Krishna, que saudade de Você!
Daquelas auroras, quando, no alto da montanha,
Você despertou minha consciência.
Então, eu me elevei no (Samadhi (do sânscrito): expansão da consciência; consciência cósmica) Samadhi(*)!
E vi você no Céu, nas Estrelas, na Terra,
Em meu coração, no coração de todos e em Tudo!
Agora, dentro do corpo, meu espírito sente saudades,
Da Sua Luz e do Seu toque.
Mas, em meu coração, eu sinto o Seu sorriso!
E você me diz: "Eu estou aqui! Não se sinta sozinho"!
Então, a saudade se vai, e só fica o amor.
Paz e Luz!
São Paulo, 23 de setembro de 2005.