Araxa 1
por Saul Brandalise Jr. em EspiritualidadeAtualizado em 10/07/2001 15:39:19
O Barreiro, em Araxa, não lhe pertence. É do Estado de Minas Gerais. Ali esta localizado um vulcão extinto há milhares de anos e o que sobrou é patrimônio do Estado. Águas radioativas e sulfurosas, além de uma lama rica em princípios ativos são a riqueza do local. Um belo recanto, adornado por um hotel edificado no século passado, meados de 1940, premiam e encantam os visitantes. O local dos banhos é igualmente singular. Ali conheci Lincoln e Patricia.
Na entrada do recanto dos banhos existe uma loja de souvenirs. Patrícia é sua proprietária. Ela comercializa artigos esotéricos e alguns produzidos pelos artesãos da região. Pinta mandalas e canta mantras. Tudo aconteceu em 1995. Foi repentino e quando ela percebeu sua espiritualidade aflorou ...
Entrei na loja e comprei dois sinos indianos. Um para mim e outro para o Sergio, proprietário do site Vida Nova. São aqueles sinos para serem colocados atras da porta. O brasão que prende os sinos possui, no seu interior, o símbolo do site. Sai com a sensação de que tinha esquecido algo. Comentei isso com a Márcia, minha esposa e com Saul Neto, meu filho:
- Tem alguma coisa nesta loja que me chama ... Acho que vou ter que voltar lá.
- Bobagem pai, é que o senhor é “bugigangueiro”.
- Talvez, mas, em outra oportunidade vou checar ...
No dia seguinte entrei novamente e fiquei pesquisando. Cada milímetro foi analisado. Nada. Na medida que o tempo passava a sensação aumentava. Algo ali precisava ser encontrado. Chegava a hora de minha massagem e tive que abandonar a pesquisa. Fiquei mais intrigado, indo embora, do que quando tinha chegado. É ruim procurarmos o que não sabemos existir ...
Quando terminei a minha massagem, logo fiz um banho radioativo. Patrícia iniciava seu canto e todas as pessoas escutavam em silêncio a magia de suas canções e a doçura de sua voz. Enquanto descansava, no banho de imersão, meus pensamentos estavam presos na minha missão. Isso foi me intrigando de tal forma que comecei a me irritar.
Passados os vinte minutos regulamentares, do banho, fui até o saguão central aguardar minha família. Eles ainda não estavam prontos. Sentei-me e fiquei admirando o local. Circular, no alto uma cúpula de vidro com belos desenhos. No piso uma mandala, cujo centro Patrícia usava para cantar. Fui bisbilhotar e percebi que a nossa voz se quintuplica quando falamos deste centro. É inexplicável. São as famosas ações incompreensíveis do Universo. Somos muito pequenos para entendermos ...A mandala cumpria seu objetivo.
O tempo demorou para passar e logo o pensamento da Loja. O que será que era que me obrigava a voltar lá. Eu já tinha revirado tudo de “pernas para o alto” e não tinha encontrado nada ... Era um sinal. Sim, isso mesmo, era um sinal e eu precisava ficar atento. No meu livro, O Despertar da Consciência eu narro vários episódios sobre a correta interpretação dos sinais. Estava em frente a um e não tinha me tocado. Algo muito forte me chamava. Patrícia era o vetor. Claro, ela tinha a chave que abriria a minha visão.
Decidido fui, a passos largos, até ela. A loja estava repleta de turistas. Fiquei esperando a minha vez, enquanto continuava a pesquisa. Desta vez olhava com o coração. Nas anteriores buscava com a matéria. O que eu tinha que encontrar eu só acharia se soubesse procurar. Claro, caiu a ficha ... Ame e me encontraras ... Disse Ele.
Na próxima semana vou contar o segredo de Patrícia e Lincoln.
Nos veremos por aí...
Um beijo na sua alma.