Assumindo o Controle
por Elisabeth Cavalcante em EspiritualidadeAtualizado em 10/06/2005 13:10:54
Assumir o controle de nossa vida parece, muitas vezes, algo difícil ou inalcançável. Muitas pessoas procuram o conselho de alguém por desejarem desesperadamente que o outro tome decisões por elas.
Entretanto, temos de ter em mente o seguinte principio: assumir as rédeas de nossa vida pode às vezes parecer desafiador, mas é, inegavelmente, muito satisfatório.
A sensação interior de que somos os senhores de nossa própria vida e que, a cada passo dado, mesmo que se mostre equivocado, estamos caminhando rumo a um novo estado de ser, muito mais pleno e feliz, vale todo o sacrifício que pudermos realizar.
Esta sensação só é alcançada por aqueles que se dispõem a percorrer a estrada, muitas vezes solitária, do viver em absoluta coerência com seus desejos e necessidades.
A consciência permanente de que estamos no caminho correto é fundamental para que não nos desviemos para rotas ilusórias que parecem sem dúvida mais fáceis, mas que ao final se mostram verdadeiras armadilhas ao longo das quais nos enredamos e nos deixamos desviar de nossos propósitos.
Cada dia se apresenta como uma chance preciosa de reafirmarmos nossa identidade e não permitir que a covardia seja um obstáculo nesse processo. A presença do medo e da insegurança é uma constante na vida daqueles que vencem a si próprios. O segredo é exatamente seguir adiante, apesar deles, tendo a convicção de que seremos capazes de vencê-los. Ao final, a vitória parecerá ainda mais valiosa.
A escuridão não existe
A escuridão não existe. É criação sua. O sol está em todo lugar, a luz está em todo lugar, estamos em pleno meio-dia. Mas você continua apertando os seus olhos, mantendo-os fechados. Daí a escuridão. Agora, ninguém pode forçar os seus olhos a se abrirem. Existem algumas coisas que você tem que fazer por si mesmo.
...Existem algumas coisas que você tem que fazer por si mesmo. Esta é uma das coisas mais fundamentais da vida. Se não fosse assim, mesmo em sua liberdade, você seria um escravo. Se eu tirá-lo da sua escuridão, ou qualquer outra pessoa, aquela luz não será muito luminosa. Você estará aprisionado naquela luz, você não veio de livre e espontânea vontade, você não floresceu espontaneamente.
Aquilo que você não desenvolveu de livre e espontânea vontade, você perderá. Você não pode desfrutar aquilo que não cresceu em seu ser espontaneamente. Você desfruta o seu próprio crescimento. Eu posso até mesmo dar-lhe a verdade, e você irá jogá-la fora, porque você não irá reconhecê-la. Eu posso forçá-lo a acordar, mas você irá cair no sono no momento em que eu me for, e você vai me xingar e ficar com raiva de mim, pois você ainda estava curtindo os seus sonhos. Você estava curtindo sonhos doces e aí chegou um homem e o acordou.
Ninguém pode ser acordado antes da sua hora, nem deve ser.
E não há qualquer problema. Simplesmente tente compreender porque você mantém seus olhos fechados. Mais do que pedir-me para forçá-los a se abrir, tente compreender porque você os mantém fechados. Tente compreender quais sonhos você ainda tem que sonhar. Você já não sonhou o bastante? Você, na verdade, já não sonhou mais do que o suficiente? Por milhões de vidas você tem sonhado. E você não alcançou nada com todos esses sonhos. Você permanece vazio, oco. Ainda assim, você continua se enchendo com novos sonhos, com novos desejos, com novas ambições.
...Você diz: Eu estou tateando no escuro. Relaxe. No momento em que você relaxar, os seus olhos começarão a se abrir, assim como um botão abre e se torna uma flor, assim como um punho que não mais se mantém cerrado começa a se abrir e se torna uma mão aberta.
Eu não estou aqui para forçar isto. Eu estou aqui para esclarecê-lo como isto acontece. Eu posso falar a respeito desse processo, eu não posso fazê-lo para você. Compreendido, ele acontece. Eu não lhe prometo coisa alguma. Eu só lhe prometo uma coisa: o que aconteceu comigo eu farei com que fique óbvio para você. Daí, cabe a você seguir.
Buda disse: os budas só indicam o caminho, mas é você que tem que ir, cabe a você seguir o caminho."
OSHO - Zen: the Path of Paradox - Vol. 3