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Brahman – A Inspiração das Consciências Livres

por Wagner Borges em Espiritualidade
Atualizado em 12/07/2007 19:14:37


(Andando Junto com os Rishis na Luz do Supremo Amor)

O mesmo Amor que inspirava os ( Sábios espirituais; mestres da velha Índia; mentores dos Upanishads.) Rishis(*) de antanho, é o mesmo Amor que inspira os estudantes espirituais do presente. E não pense você que eles não se emocionavam com tanta Luz chegando em seus corações; eles apenas ficavam em silêncio, pois sabiam das reais dificuldades em expressar estados de consciência transcendentes.
Embora em graus diferentes, eles também experimentavam provações em sua ascese evolutiva. Em muitas ocasiões sofreram ataques pesados dos agentes das trevas – encarnados e desencarnados -, incomodados com os seus labores luminosos. Contudo, eles sempre se renovavam no manancial espiritual da meditação e da prece.
Banhados na Luz da Compreensão, eles abraçavam os agressores psíquicos em silêncio e operavam neles a maravilha da transformação consciencial profunda.
Jamais se viu um deles reclamando das provações ou achando-se vítima das circunstâncias. Pelo contrário, sempre tinham uma abordagem positiva dos eventos.
Talvez porque vissem a Luz de ( O Supremo, O Grande Arquiteto do Universo, Deus, O Amor Maior Que Gera a Vida. Na verdade, O Supremo não é homem ou mulher, mas pura consciência além de toda forma. Por isso, tanto faz chamá-Lo de Pai Celestial ou de Mãe Divina. Ele é Pai-Mãe de todos.) Brahman(*) em tudo!
Essa mesma Luz que inspira cada jornadeiro da senda espiritual.
Medite no olhar sereno e amoroso desses rishis, amigos silenciosos dos homens.
Pense nessas almas generosas e benfeitoras, que operam invisivelmente no seio do mundo, sem que os homens agitados as vejam; essas consciências livres e fraternas, que abraçam e transformam os homens e os espíritos de todos os lugares.
O mesmo Amor que anda com eles, é o mesmo Amor que anda nos corações operosos e abertos às novas jornadas de crescimento consciencial.
Ande com esse Amor, para que os seus passos sejam luminosos e os seus abraços operem transformações profundas, primeiro em si mesmo, depois nos seus irmãos de jornada humana e espiritual.
Estude e trabalhe com equilíbrio. Pacifique as emoções, paulatinamente, com paciência e denodo. Renove-se na prece e na meditação. Confie na Luz!
Faça como as almas auto-realizadas dos rishis: opere na Luz de Brahman!
Ele é o Poder Incognoscível que inspira todas as jornadas.
Ande com Ele no ( essa é uma expressão iniciática significando o espaço espiritual do chacra cardíaco – a câmara secreta do coração espiritual.
Isso me faz lembrar de um trecho da sabedoria dos ensinamentos xamânicos do sábio Dom Juan. Não me lembro agora em qual livro do Carlos Castañeda está, mas diz o seguinte: `Cada caminho é apenas um caminho entre milhões de caminhos. Portanto, você deve ter sempre em mente que um caminho não passa de um caminho. Se você achar que não deve segui-lo, não precisa fazê-lo de modo algum. Um caminho é apenas um caminho, não é uma afronta para você ou outros se o largar, se for isso que o seu coração o aconselha. E a sua decisão de continuar no caminho ou abandoná-lo deve ser livre de medo e de ambição. Examine cada caminho com atenção e propósito, experimente-o tantas vezes quantas julgar necessárias. Depois, faça uma pergunta a você e só a você. Esse caminho tem coração? Há caminhos que passam pelo mato, ou vão por dentro do mato ou sob o mato. A única pergunta é se esse caminho tem coração... Se tiver, o caminho é bom, se não, não tem utilidade.´) Céu de seu coração(*).
“Brahman é o fim da saudade do Amor!”

Paz e Luz.
Serenidade e Serviço.
Lucidez e Harmonia.
( tríplice designação de Brahman. É um mantra evocativo dos três aspectos do divino na cosmogonia hinduísta: Brahma, Vishnu e Shiva. É muito usado por vedantistas - seguidores do Vedanta, um dos seis principais sistemas filosóficos da Índia. Pode ser usado como um mantra ativador dos chacras e também pode ocasionar estados alterados de consciência profundos durante a meditação.) Om Tat Sat(*).

- ( grupo extrafísico de espíritos orientais que opera nos planos invisíveis do Ocidente, passando as informações espirituais oriundas da sabedoria antiga, adaptadas aos tempos modernos e direcionadas aos estudantes espirituais do presente. Composto por amparadores hindus, chineses, egípcios, tibetanos, japoneses e alguns gregos, eles têm o compromisso de ventilar os antigos valores espirituais do Oriente nos modernos caminhos do Ocidente, fazendo disso uma síntese universalista. Estão ligados aos espíritos da Fraternidade da Cruz e do Triângulo. Segundo eles, são `iniciados´ em fazer o bem, sem olhar a quem.) Os Iniciados(*) –
(Recebido espiritualmente por Wagner Borges – São Paulo, 03 de janeiro de 2007).
Obs.: Enquanto eu digitava essas linhas, lembrei-me da poesia inspirada de Tagore. Finalizo esses escritos com um pouquinho dela, para iluminar também outros corações por esse mundão de Deus.

“Meu Rei, houve um tempo em que eu não estava pronto para Ti.
Todavia, sem que eu pedisse,
Entraste em meu coração como um desconhecido qualquer,
E marcaste os momentos fugazes da minha vida com Teu selo de eternidade.

Hoje, quando me deparo ao acaso com esses momentos
E neles vejo a Tua marca,
Percebo que eles ficaram espalhados no pó,
Misturados com a lembrança de alegrias
E tristezas dos meus dias esquecidos.

Tu não desprezavas os meus brinquedos de criança pelo chão, e os passos que eu ouvia em meu quarto de brincar são os mesmos que agora ecoam de estrela em estrela.

* * *

“No dia em que a flor de lótus desabrochou,
A minha mente vagava, e eu não a percebi.
Minha cesta estava vazia, e a flor ficou esquecida.
Somente agora e novamente, uma tristeza caiu sobre mim.
Acordei do meu sonho sentindo o doce rastro
De um perfume no vento sul.

Essa vaga doçura fez o meu coração doer de saudade.
Pareceu-me ser o sopro ardente no verão, procurando completar-se.

Eu não sabia então que a flor estava tão perto de mim,
Que ela era minha, e que essa perfeita doçura tinha desabrochado no fundo do meu próprio coração.

- Rabindranath Tagore - escritor indiano, nasceu em Calcutá em 1861 e desencarnou em Bengala em 1941. Depois de educação tradicional na Índia, completou a formação na Inglaterra entre os anos de 1878 e 1880. Começou sua carreira poética com volumes de versos em língua bengali. Em 1913, recebeu o prêmio Nobel de literatura. Desde então, traduziu seus livros para o inglês, a fim de lhes garantir maior difusão. Em suas poesias, Tagore, oferece ao mundo uma mensagem humanitária e universalista. Seu mais famoso volume de poesias é Gitãñjali (Oferenda poética). Fundou, em 1901, uma escola de filosofia em Santiniketan, que, em 1921, foi transformada em universidade.


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Wagner Borges é pesquisador, conferencista e instrutor de cursos de Projeciologia e autor dos livros Viagem Espiritual 1, 2 e 3 entre outros.
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