Caminhos para a Cura
por Elisabeth Cavalcante em EspiritualidadeAtualizado em 29/11/2007 16:06:09
Na semana passada, abordei o tema do sofrimento, mais especificamente, a importância da decisão interior de abandonar o sofrimento.
Gostaria de dar continuidade a este tema, pois ele repercutiu fortemente em várias pessoas que me enviaram mensagens. Desejar o fim do sofrimento é um sinal bastante positivo, pois ele indica que é a energia da vida, da alegria, da bem-aventurança, que todos nós possuímos em algum canto escondido em nosso interior, que está se manifestando em você e ansiando por ser ouvida, acolhida, reconhecida.
Mas, muitos se perguntam o que fazer a seguir? O primeiro passo foi dado, a decisão de querer dar um basta ao sofrimento foi tomada, mas este é apenas o primeiro passo, muitos outros deverão ser trilhados para que a paz interior possa estabelecer-se.
O caminho a seguir é trazer à tona os medos, bloqueios e crenças negativas que permanecem no inconsciente, gerando ansiedade, pânico, falta de confiança e baixa auto-estima. Felizmente hoje existem muitas técnicas terapêuticas novas que agilizam este processo, fazendo com que se torne desnecessário passar anos em tratamento psicológico. A terapia do renascimento, as constelações familiares, entre outras, são técnicas bastante eficazes para curar as feridas que se encontram enraizadas em nosso corpo emocional e, na maioria das vezes, também no corpo físico.
Para aqueles que têm dificuldades de buscar a ajuda de uma terapia, por falta de coragem, de iniciativa, ou por razões financeiras, a terapia floral é igualmente um instrumento eficaz, pois também atua no emocional inconsciente, curando nossas feridas e ativando a energia de nossa luz interior, com a vantagem de um custo mais reduzido.
Outra ferramenta essencial para conduzir-nos ao encontro de nossa luz é a meditação. Aqueles que estão verdadeiramente dispostos a alcançar a paz interior, não podem prescindir da meditação, pois ela nos leva a contatar nosso eu divino, aquele que tudo sabe e que possui as respostas para todas as nossas dúvidas, angústias e questionamentos.
Tanto as chamadas meditações ativas, que proporcionam catarse emocional e liberação da energia corporal reprimida, quanto as mais introspectivas, que nos levam a entrar em contato com nosso silêncio interior, são importantes no processo de desbloqueio e libertação.
Existem inúmeras técnicas disponíveis, inclusive para aqueles que alegam não ter tempo para meditar. Algumas meditações não ocupam mais do que quinze minutos diariamente, mas é claro que quanto maior o tempo dedicado, mais rapidamente se obterá resultados.
Vivemos um momento em que o autoconhecimento se tornou tão essencial quanto o ar que respiramos. Sem ele seremos presas fáceis da negatividade que tenta a todo custo dominar nosso cotidiano. Felizmente, o amor e a compaixão dos seres de luz, têm proporcionado a descoberta de ferramentas de cura maravilhosas, para nos auxiliar nesta tarefa. Mas, elas nada poderão fazer por nós, se não nos imbuirmos da vontade e da coragem necessárias para ir ao seu encontro.
“A mente resiste ao vazio. Ela sempre quer estar preenchida com alguma coisa, porque se ela estiver preenchida, ela pode existir. Se ela não estiver preenchida, ela desaparecerá. No vazio você alcançará a não-mente.
...Isso lhe trará medo, você ficará assustado. Você estará se movendo numa direção em que poderá estar completamente perdido. Você poderá não ser capaz de voltar, porque todos os suportes estarão perdidos. O seu contato com a margem está perdido e ninguém sabe para onde esse rio irá levar você. O seu apoio está perdido. Você pode cair num abismo infinito. Então, o medo pega você e você pede por apoio. Mesmo que seja um apoio falso, você se satisfaz com ele. Mesmo um apoio falso será de grande ajuda, porque para a mente não faz diferença se o suporte é real ou falso. Ele precisa ser um suporte, esse é o ponto. Com ele você não está sozinho, alguma coisa está ali dando apoio a você.
.... O primeiro esforço de um mestre é atraí-lo para ele, de modo que você comece a se agarrar a ele. Quando você está se agarrando a ele, quando você se torna próximo e íntimo dele, então ele sabe que está na hora de cortar o agarramento. E agora você não consegue se agarrar a ninguém mais, está terminado. Você não pode se mover para ninguém mais, é impossível. Então ele corta o agarramento e, de repente, você é deixado sem suporte. Isso será miserável no começo. Você irá chorar em prantos, você irá berrar, e todo o ser sentirá que você está perdido. Você irá cair na mais profunda das misérias. Mas de lá irá se levantar, só e sem suporte.
Entre no espaço sem suporte, eterno, quieto. Esse espaço não tem começo nem fim. E esse espaço é absolutamente sem som. Não há nada, nem mesmo um som vibrando, nem mesmo um sussurro. Tudo está quieto.
Esse ponto está exatamente dentro de você. A qualquer momento você pode entrar nele. Se você tiver a coragem de estar sem suporte, neste exato momento você pode entrar nele. A porta está aberta. O convite é para todos, para todos e para qualquer um. Mas é necessário coragem, coragem para estar só, coragem para estar vazio, coragem para dissolver-se e derramar-se, coragem para morrer. E se você puder morrer dentro do seu espaço interior, você irá alcançar a vida que nunca morre, você alcançará o amrit, a imortalidade”.
Osho
