Carta da Luz Dourada para Voltar a Viver Feliz
por Wagner Borges em EspiritualidadeAtualizado em 25/10/2007 12:14:53
Olá, my friend.
Há quanto tempo você não dá um sorriso?
Eu sei o que você vai dizer; que tudo é culpa da dor de sua perda.
Desculpe a franqueza, mas acho isso uma ilusão danada.
Não era você mesmo que alardeava aos quatro ventos que a consciência é imortal?
Quantas vezes eu o vi doutrinando os outros a respeito disso?
E agora, na hora da prova prática, você berra igual materialista desconsolado?
Onde está aquele cara vibrante no trato com as coisas do espírito?
Tudo isso era só fachada? Era só teoria do seu ego? Você se achava inatingível?
Você diz que não merecia tal provação, mas todos perdem alguém, em algum momento.
Você se esqueceu de que a característica da vida na Terra é a impermanência?
Tudo passa! Neste plano de manifestação, nada é para sempre.
Aliás, quantas vezes você disse isso para pessoas que perderam alguém?
Daí, novamente, eu lhe pergunto: era só fachada, my friend?
Agora mesmo o sol está brilhando lá em cima e fazendo a festa da luz acontecer.
Você está vendo e se admirando com a festa da luz na atmosfera?
Ou o véu do luto toldou sua visão para tudo que brilha e vive?
E luto não é se vestir de preto, não. É estado de consciência obscuro e triste.
Tanto que os jovens saem para as festas vestidos de preto, todos cheios de vida.
E você pode até se vestir de branco, mas, se seu coração está triste, tudo fica escuro.
Saia dessa, cara. Volte a sorrir e a viver. Volte a brilhar, como antes. Ilumine-se, my friend!
Espiritualidade não é doutrina, é estado de consciência. E independe de qualquer coisa.
Respire. Escute música. Não se isole. Seus amigos sentem falta de você.
Eu sei que a dor da saudade é grande. Como sei, também, de seu grande coração.
Se eu estivesse aí, pertinho de você, lhe daria um grande abraço, em silêncio.
Depois, nós caminharíamos pela praia, olhando a beleza do mar - e as moças, é claro.
Então, conversaríamos sobre a partida do seu amor para outros planos de manifestação.
Mas, nada de drama ou choro inútil. Nem luto ou qualquer doutrinação.
Sendo espiritualista, como eu poderia lhe falar dessas coisas ilusórias? Nada disso!
E, sabendo que você conhece o lado espiritual, como poderia compactuar com seu luto?
Seria hipocrisia de minha parte. E não sei ser assim. Só sei rir quando falo disso.
Com o brilho do sol nos olhos, não dá para ser diferente. Luto, coisa nenhuma!
Você se lembra do Ramatis? Pois é, estou escrevendo aqui e pensando nele.
E pedindo a ele para guiar sua amada nos planos extrafísicos, na luz do amparo sutil.
Ela está bem entregue e encaminhada, bem viva, como sempre. Não a vi, mas sei.
O que me preocupa é sua tristeza, cara. Por isso pedi ao (Sábio mentor espiritual; mestre extrafísico.) Ramatis(*) por você também.
E, na luz dourada que desceu no meu (Centro energético situado na testa, bem no meio da glabela. Está ligado à glândula hipófise e têm estreita relação com os fenômenos de clarividência.) chacra frontal(*), cheia de amor sereno, veio um toque:
“Diga ao seu amigo que, quando o amor é profundo, a dor da saudade fica pequena. Não é fácil enfrentar as provas do caminho. Não basta teoria ou boa intenção. É preciso consciência! Nessas horas, o discernimento faz a diferença. E nada pode matar o amor.
Que, pela ação serena e sábia do Alto, do homem combalido pela ilusão da perda possa surgir um novo ser, lúcido e amoroso, consciente da vida universal e agradecido ao Senhor de todas as vidas. Que ele ande pela vida com a luz da espiritualidade em seus olhos. Que o seu coração continue generoso. Que ele volte a sorrir com a beleza da existência. E que nada possa afastá-lo do benévolo círculo luminoso do amor, que transcende a tudo, em todos os planos”.
PS.: É isso aí, my friend.
Captou a mensagem?
O sol está brilhando lá fora...
E uma luz dourada está aqui dentro.
Dentro e fora, a festa da luz acontece.
E eu penso em você feliz, como antes.
E na sua amada, bem cuidada no Astral.
E no Ramatis, amparando vocês.
Ah, essa luz dourada...
Luto, coisa nenhuma.
Ninguém morre!
Viva a vida! “Aqui e Lá, Lá e Aqui”.
É só o amor que nos leva, my friend...
Esse amor que não se explica, só se sente.
Que leva todos nós, sempre vivos, por aí...
Paz e Luz.
Curitiba, 14 de setembro de 2007.