Ciclo da Evolução - Desigualdades II
por Saul Brandalise Jr. em EspiritualidadeAtualizado em 28/04/2006 12:37:59
Assim como uma flecha ao atingir o alvo ensina ao arqueiro o que ele está errando, ou acertando, nossos colheitas informam se o caminho está certo ou errado. Não se trata de lutar contra o que se colhe, mas sim de corrigirmos o rumo, o que é simples, mas nada fácil de se conseguir. É preciso aplicação, controle e determinação.
Assim acontece com a vida. Só conseguiremos ver o que a vista e mente não alcançam, quando dominarmos as feras que existem dentro de nós. Um lobo e um cordeiro. Nenhum deles deve prevalecer. Vai prevalecer sim o sentido da vida. Precisamos de ambos. Calma de cordeiro e garra de lobo.
Em determinados momentos precisamos utilizar o lobo e em outros o cordeiro, mas com controle máximo das características de cada um.
A dificuldade está em dominar a mente de tal forma que as atitudes estejam sob controle e não no automático. A diferença se aplica como um carro de câmbio automático e um de engate mecânico. Quem aprende a dirigir em um carro automático dificilmente sabe dirigir um mecânico. Mas quem é bom em um mecânico, será ótimo em um automático.
Assim é a vida, se temos tudo automaticamente, até caminhamos, mas somos como verdadeiros robôs, sem sabermos para onde vamos e qual o caminho certo que temos que tomar.
A vida é uma droga e... droga na vida...
A vida na realidade não é a busca de um grande objetivo e sim como realizamos as pequenas coisas... como aplicamos o que entendemos por amor em cada atitude e como controlamos os nossos vícios de personalidade, e mesmo os materiais.
Saber que o vício é ruim é um grande começo, mas para eliminá-lo precisa de aplicação.
Nossos defeitos, nossas desigualdades, ao contrário de nos deixarmos com sentimento de culpa, são, na verdade, possibilidades potenciais para nossa evolução. Identificá-los é o começo de uma nova vida. Mas, efetivamente, a vida será nova se esta desigualdade for eliminada e superada.
As desigualdades materiais ferem nosso bolso, nossa vaidade e mais do que nunca a nossa evolução. As desigualdades de caráter, pouco observadas por todos nós, são na verdade a nossa grande diferença em nossa vida. Ter poucos recursos para viver a vida não é impeditivo de crescimento interior.
Chico Xavier disse mais ou menos assim:
Teus recursos disponíveis são suficientes para a tua jornada terrena.
Finalmente Dulce Magalhães completou:
Desigualdades não são inferioridades.
Nada nesta vida é igual. No máximo será semelhante.
Em verdade somos desiguais por natureza. Cada um de nós é um tesouro único a ser descoberto.
Mas... quem tem de descobrir?
Nós mesmos... nos encontrado, vivendo em plenitude o dia. Quando esquecemos e perdoamos o passado. Agradecendo a tudo que existe para que possamos existir.
Meu mestre disse:
Saul, você vai estar pronto quando conseguir ouvir a grama crescer...
Como isso é possível? perguntei
Cuidando de seu interior, exercendo o autocontrole, meditando e se descobrindo...
Sei que nos veremos.
Beijo na alma