Como vencer os medos de cor Verde
por Isabel Romanello em EspiritualidadeAtualizado em 01/04/2005 12:47:09
Pensai sempre no triunfo. Cada idéia é ato que se prepara. Pensamento e ação constituem a vossa diretriz.Tenhamos confiança absoluta nas energias da vontade. Saber querer é o sagrado mister dos corações sensíveis. – Austregésilo Athayde
A vitória sobre os medos de cor verde exige, principalmente, um resgate: o controle sobre os próprios pensamentos!
O princípio desse controle está na percepção sensível de um fato: comumente, somos invadidos por pensamentos ou por freqüências vibratórias de pensamentos alheios. Assim mesmo ocorre. Pensamentos que não são nossos nos invadem e fazem estragos em nossas vidas. Isso acontece porque vibramos desacertadamente as nossas próprias freqüências energéticas e, por isso, acabamos invadidos por essas vibrações ruins que, quando nos atingem, alteram nossas possibilidades pessoais e contaminam nossas crenças de valores internos que, necessariamente, precisam se manter equilibradas e adequadas.
E, nesses casos, somente o controle dos pensamentos permite o reconhecimento essencial da direção mais adequada ao alcance dos objetivos alimentados no decorrer da vida. Ou seja, a vitória sobre um medo verde depende, principalmente, da capacidade em assumir o controle dos pensamentos, sem permitir-lhes “vida própria”.
É isso mesmo que nos parece. Os pensamentos, próprios ou alheios, em suas freqüências vibratórias são atraídos por nós, nos invadem, parecem assumir vida própria e, nesses casos realizam estragos. Assistimos, por muitas vezes, pessoas com valores tão significativos e profundos, seja nos cursos ou nas sessões dos atendimentos, vivenciando, equivocadamente, um inferno pessoal. Travavam lutas internas entre aquilo que sentiam como uma realidade à parte delas próprias. Jorravam sem controle contínuos pensamentos ilógicos, que pareciam manter vida própria e chegavam a escravizar. Em muitos casos, levavam ao desespero aquelas pessoas que, por nutrir uma profunda desatenção em si mesmas, adotavam como verdades e plantavam em suas vidas, sem mesmo questionar-se, sementes de dúvida e desvalorização que bloqueavam em suas buscas o reconhecimento de um caminho feliz e até mesmo de uma possibilidade de vida melhor.
Hoje, já é clara a verdade que, para muitos de nós, explica os pensamentos criando ondas vibratórias na atmosfera que nos rodeia. Esses pensamentos criam e alteram a nossa realidade quando os qualificamos com os sentimentos nutridos essencialmente. Essa somatória energética nos coloca em condições semelhantes àquelas projetadas, mesmo que inconscientemente. E assim, dia-a-dia, vamos vivenciando o que imaginamos, sem percebermos que nós mesmos estamos criando aquilo.
Sabemos que pensamentos qualificados positivamente, aqueles otimistas, confiantes e felizes atraem o sucesso. E, por outro lado, aqueles qualificados de forma ruim, maldosa, que nutrem ódio e retenção, atraem doenças, tristezas e mal estar. Constroem uma inevitável autocondenação. E sofremos por isso.
Para adequar a vida a uma seqüência de eventos mais harmônicos e felizes é preciso, basicamente, obter o controle da qualificação dos pensamentos. Impedir, conscientemente, que pensamentos ruins aflorem e se tornem verdades internas.
Eliminar os conflitos causados pelos pensamentos ruins, antes descontrolados é o primeiro passo para o resgate de ânimo e prazer na continuidade da vida. É possível e preciso reconhecer metas certeiras e otimistas que levem ao domínio dos processos e das buscas essenciais, mentais e concretas na vida.
Os medos verdes, quando controlados, eliminam as incertezas, ou certezas negativas, que turvam os objetivos. Quando eliminados possibilitam que novas certezas se estruturem para o reconhecimento do que se quer alcançar. Sob domínio, permitem uma visão crítica e precisa do que é necessário para ser ou fazer o melhor. Isso acontece, entretanto, sem que se imponha uma condição de cobrança e autopunição que aflora do perfeccionismo natural nesse medo.
Quem vivencia um medo verde sabe que, em alguns momentos, por estar difícil saber como agir na continuidade dos processos pessoais, familiares ou afetivos, o perfeccionismo atinge com constância a expressão e estimula uma grande exigência de si mesmo e, também, de outras pessoas de sua convivência. Administrar o lado bom desse perfeccionismo é um aspecto básico ao resgate do prazer em realizar o que é necessário.
Um outro passo muito importante na vitória dos medos verdes é a compreensão dos limites e das fraquezas humanas. Isso dentro, em relação a si mesmo e fora, em relação a outras pessoas, de tal forma que não exista a necessidade de esconder ou demonstrar uma tranqüilidade que nem sempre é real, assumindo ou adotando um personagem que nunca falha e que lá dentro luta, pois pressente que não é exatamente essa a realidade em sua vivência interior.
É muito importante perceber que a luta para aperfeiçoar os “processos” externamente é uma inválida tentativa de adequar as dificuldades vivenciadas internamente. E, comumente, essa forma de resolução é frágil e insuficiente para a retomada do controle nas ações e na qualificação dos pensamentos.
O controle sobre os medos verdes possibilita a aceitação natural dos limites e dos aspectos mais essenciais da vida, levando quem o vivencia a ser menos exigente consigo e com os outros. Isso permite, naturalmente, o reconhecimento de valores em todas as áreas da vida e nas pessoas de seu convívio.
Sem dúvida, a chave de resolução desse processo está, primeiramente, em colocar a atenção em si. Depois, exercitar o controle da qualificação dos pensamentos. Num terceiro momento compreender a realidade dos valores humanos que afloram em razão do momento evolucional de cada um. E, nesse caso, tal compreensão é o gatilho do Amor que sabemos ser o único caminho de força e cura para nossos medos, conflitos e para o equilíbrio de nossa expressão.