Compaixão... a canção dos Budas em todos os corações
por Wagner Borges em EspiritualidadeAtualizado em 01/07/2009 16:33:55
Cante, cante, my friend...
Para benefício de todos os seres...
Para que a luz dos ( Buda - do sânscrito - O Iluminado; Aquele que despertou! Palavra derivada de Buddhi, que significa Iluminação Pura ou Inteligência Pura. Ou seja, quem alcança o estado de Buddhi, torna-se um Buda, um ser iluminado e desperto.) Budas(*) ilumine os corações...
Para que o amor floresça...
Em seu coração, você sabe.
Há uma jóia na flor de lótus.
Salve sua luz e seu brilho diamantino.
Om Mani Padme Hum!
Ah, desperte o Buda!
Seja linda luz.
Para além da mente, iluminação!
Para benefício de todos os seres.
Cante, cante, my friend...
Com seu coração.
Para que se quebrem as correntes do ódio...
Por um grande amor.
Ah, existe um contentamento sereno...
Uma luz espiritual, cálida e pacífica.
Há um Buda em cada coração.
Desperte-o. Floresça...
Salve a jóia no lótus!
Faça a Criança Buda renascer em você.
Para benefício de todos os seres.
Om Mani Padme Hum!
Cante, cante, my friend...
Para que até as estrelas ouçam,
E o universo sorria...
Vendo a luz em seu coração.
Para que os espíritos famintos se libertem...
E também sejam abençoados.
Para que eles escutem o chamado do despertar,
E reencontrem a Criança Buda em seus corações.
Ah, my friend, o amor é silencioso.
E os Budas amam assim...
Eles abraçam os homens secretamente.
O chamado deles é o da paz.
Por isso, cante, cante, my friend...
E deixe a luz fluir incondicionalmente...
Para benefício de todos os seres.
Por um grande amor.
Em seu coração, você sabe.
Os Budas cantam a compaixão.
Então, cante com eles, my friend...
Para que haja mais luz.
Cante, cante, my friend...
Pela paz. Pelo respeito à vida.
Pelos Budas, que velam secretamente,
E enxugam tantas lágrimas, no silêncio.
Ah, eles olham serenamente o destino dos homens.
Eles inspiram a todos, incondicionalmente.
Em seu coração, você sabe.
Então, cante, cante, my friend...
P.S.:
Há coisas que não se explicam.
Coisas do coração.
Algo que não se explica, só se sente.
E que meras palavras não podem descrever.
E, realmente, eu não sei mais o que dizer.
Ah, esses olhos cheios de compaixão...
Eu os vejo, com meu coração.
Como vejo o olhar de um grande amigo, por entre os planos.
E ele ri, e me diz: Consciência cósmica é sorriso; é estar em paz, primeiro consigo mesmo, para estar bem com todos. Por isso, os Budas riem como crianças. Eles amam e permitem ser amados.
Meu amigo, a grande revolução é silenciosa e se dá dentro do próprio Ser; é quando o pequeno eu se dissolve na luz de um grande amor. Então, somem as palavras, e só ficam as lágrimas de compaixão a favor do bem de todos.
Os Budas são UNIPAZ! E tudo é milagre na existência. E a risada é o maior dos presentes. E a vida continua...
Enquanto a noite cai na grande metrópole, trazendo o frio de junho, eu me pego quietinho e tímido, mais uma vez, pensando nos Budas, no meu amigo que partiu há algum tempo, e no bem de todos os seres.
Sim, a noite está fria, mas eu sinto um grande amor aquecendo-me, por dentro... Porque eu vejo olhos de compaixão silenciosa, com meu coração.
E o milagre da vida continua, em todos os planos de manifestação...
- Dedicado ao meu amigo ( Pierre Weil (1924-2008) – foi um grande educador e psicólogo francês que viveu a maior parte de sua vida no Brasil. Fundador da UNIPAZ – Universidade Holística Internacional - é autor de cerca de 40 livros. Foi um dos responsáveis pela regulamentação da profissão de psicólogo no Brasil. Assumiu, na Universidade Federal de Belo Horizonte, a cátedra em Psicologia Social, posteriormente ocupando a primeira cátedra em Psicologia Transpessoal, disciplina na qual é um dos pioneiros.) Pierre Weil(*), e ao mestre budista ( Sua Eminência Chagdud Tulku Rinpoche nasceu no leste do Tibete (Kham) em 1930. Reconhecido aos quatro anos como um tulku (encarnação de um mestre de meditação), recebeu treinamento rigoroso e aprofundou os seus estudos em retiros extensos. Ele tinha uma afinidade especial com as artes sagradas e com a medicina tibetana, e era famoso por sua voz maravilhosa como cantor.
Em 1959, ele escapou da ocupação comunista do Tibete e viveu exilado em comunidades de refugiados na Índia e no Nepal até se estabelecer nos Estados Unidos em 1979. A pedido dos seus alunos ocidentais, estabeleceu a Fundação Chagdud Gonpa, uma bem-sucedida rede de centros da linhagem Nyingma do Budismo Vajraiana. Em 1994, Rinpoche mudou-se para o Brasil, estabeleceu o Chagdud Gonpa Brasil e começou a construção do seu centro principal, Khadro Ling, no Rio Grande do Sul. Quando morreu, em 2002, ele havia estabelecido mais de vinte centros no Brasil, Uruguai e Chile.
Ao viajar e ensinar constantemente, irradiando entusiasmo e compaixão, tornou-se o lama do coração de centenas de alunos e foi uma inspiração profunda para milhares de outros. Quando lhe perguntavam por que, aos sessenta e quatro anos, mudou-se para a América do Sul ao invés de permanecer confortavelmente nos Estados Unidos, respondia: percebi a fé dos brasileiros e o seu interesse no Budismo e quis ensiná-los.) Chagdud Tulku Rimpoche(*).Pelo bem de todos os seres, (Enquanto eu digitava essas linhas, rolava aqui no som a bela canção Da Bei Zhou (que é o nome, em Mandarim, do Sutra da Perfeição da Sabedoria), da vocalista chinesa Huang Si Ting, de Taiwan. Inclusive, há um lindo vídeo dela cantando a música no Youtube.) Paz e Luz(*).
Om Mani Padme Hum*!
- Wagner Borges – pequena risada viajando na grande risada dos Budas; pequena gota no oceano da consciência cósmica; pequena folha espiritualista voando ao sabor do vento do Espírito Supremo; pequeno coração nas ondas de um grande amor; simplesmente, uma criança diante do infinito...
- Notas:
* Om Mani Padme Hum - do sânscrito - sua tradução literal é: "Salve a jóia no lótus". Esse é um mantra de evocação do boddhisattva da compaixão entre os budistas tibetanos e chineses. Om é a vibração do TODO. Mani é a "Jóia espiritual que mora no coração"; ou seja, é o próprio Ser, a essência divina. Padme / Lótus é o chacra cardíaco que envolve, energeticamente, essa jóia sutil. Hum é a vibração dessa compaixão do TODO vertendo a luz pelo chacra cardíaco em favor de todos os seres.
Esse mantra é mais conhecido como o "mantra da compaixão". É um dos mantras mais poderosos que conheço. Pode ser concentrado, mentalmente, dentro do peito – como se a voz mental estivesse reverberando ali –, ou dentro de qualquer um dos chacras que a pessoa desejar ativar. No entanto, o melhor lugar para ele é realmente o chacra cardíaco, pois o que chega ali é distribuído para todo o corpo, pela circulação do sangue comandada pelo coração, e também a todos os outros chacras do corpo energético.
O chacra frontal, na testa, também é excelente para a prática desse mantra, pois o que chega nele é distribuído ao longo da coluna pelos nádis – condutos sutis de transporte energético pelo sistema –, e comunicado a todos os outros chacras abaixo dele. Esse é o motivo pelo qual vários mestres iogues sempre aconselham aos seus discípulos iniciar alguma prática bioenergética por ele.
Um livro excelente sobre isso é o do pesquisador iogue japonês Hiroshi Motoyama, "Teoria dos Chacras", pela Editora Pensamento.
Eis alguns CDs maravilhosos que contêm esse mantra:
- Laíze, com a participação de Áurio Corrá nos teclados e arranjos - CD. "OM", pela Gravadora Alquimusic – Brasil - A segunda faixa desse disco é um canto de amor e faz um bem enorme ao chacra cardíaco. É amor em forma de ondas sonoras.
- CD. "Tibetan Incantations - The Meditative Sound of Buddhist Chants", pela Gravadora Music Club, Série 50050 – England - A segunda faixa é de uma profunda alegria e melhora o humor do ouvinte. É alegria em forma de ondas sonoras. A terceira música é o mantra Om Mani Padme Hum cantado a capela pelos monges tibetanos. Esse álbum tem 74 minutos de música.
- CD. "Six-Word Mantra of Avalokitesvara - The Avalokitesvara Boddhisattva Dharma Door Vol. ll", pela Gravadora Wind Records, Série TCD – 2109 – E.U.A. - Esse CD foi feito por músicos chineses e direcionado para a cura de órgãos internos pelo mantra Om Mani Padme Hum. Entretanto, como a pronúncia é chinesa, o mantra fica Om Mani Pa Me Hung. Seu efeito é bem forte. Nesse trabalho, o lance é mais de energia do que de amor. É vitalidade em ondas sonoras.
- Beijing Central Juvenile Chorus - CD. "Wingsong of The Lotus World", pela Gravadora Wind Records, Série TCD – 2152 – E.U.A. - Esse disco é cantado por um coro juvenil chinês. Aqui o Avalokitesvara, criador do mantra Om Mani Padme Hum – representado pelos chineses na figura da Deusa da compaixão "Kuan-Yin" –, é reverenciado em um belo canto que encanta o coração do ouvinte sensível. Esse disco é paz em ondas sonoras.
- Buedi Siebert – CD. Om Mani Padme Hum, pela Gravadora Real Music, Série RM – 4040 – E.U.A. – Esse CD contém diversas versões do mantra Om mani Padme Hum. É excelente para momentos de prece, práticas meditativas, práticas de Ioga e momentos de inspiração e conexão espiritual.
- Fan Li-bin – CD. Sound From the Cosmos, pela Gravadora Wind Records, Série TCD – 2112 – E.U.A. – Nesse trabalho de fortes vibrações, Fan Li-bin, vocalista nascido em Taiwan e exímio praticante de mantras, procurou realizar uma conexão espiritual do mantra Om Mani Padme Hum com os chacras. Aqui a pronúncia do mantra é cantada como Om Ma Ni Pa Mei Hum.
- Craig Pruess – CD. Sacred Chants of Buddha, pela Gravadora Heaven on Earth Music, Série HOEM – 12 – England – A terceira faixa deste CD é uma versão do mantra Om Mani Padme Hum elaborada para profundo relaxamento psicofísico.