Confiar
por Elisabeth Cavalcante em EspiritualidadeAtualizado em 18/07/2008 16:33:37
A mais importante chave para o crescimento interior é o desenvolvimento da confiança. Não se trata de confiar em alguém ou em algo exterior, mas sim desenvolver uma sólida confiança em si.
Todos nós precisamos aprender a sermos nós mesmos, cada vez mais.
Para tanto, devemos nos libertar de todos os valores, opiniões e regras que nos foram impostas como sendo a única verdade válida para nossa vida.
Confiar na voz do próprio coração é muito mais complexo do que parece à primeira vista.
Isto porque, para muitos, esta frase se refere a uma atitude absolutamente desconhecida, tamanho é o estado de inconsciência em que vivem. Somente através de um esforço de vontade podemos alcançar um estado permanente de observação interior, que nos permitirá permanecer o tempo todo conscientes do que sentimos ou o que de fato desejamos.
Para que isto aconteça, é útil analisarmos situações de vida em que tomamos decisões baseadas não naquilo que desejávamos, mas no que esperavam de nós. É interessante que nos perguntemos qual teria sido realmente nossa decisão se tivéssemos seguido nosso coração.
Quanto mais nos dedicarmos a esta prática, mais ela se tornará natural e, aos poucos, passaremos a viver num estado permanente de autenticidade e a confiarmos mais em nosso próprio guia interior do que nas opiniões alheias.
Todos os dias nos apresentam inúmeras oportunidades de observar nossos sentimentos e como reagimos diante dos acontecimentos, desde os mais complexos e desafiadores, até os mais corriqueiros. Se nos mantivermos alertas, poderemos obter grandes insights sobre quem de fato somos e do que realmente precisamos para ser felizes.
Confiar na voz do coração é, em síntese, confiar na vida e acreditar que ela se revela, a cada momento, dentro de nós; nos envia respostas para todas as nossas dúvidas e inquietações e está sempre pronta para nos conduzir ao encontro de nossa própria fonte de amor e sabedoria.
“ Uma vez que você fica sensível ao mundo ao seu redor, sua sensibilidade pode ser virar para o interior, para seu lar interno. É a mesma sensibilidade com que você ouve um rouxinol cantar, com que você sente o calor do sol, com que você cheira a fragrância de uma flor. É a mesma sensibilidade que agora tem que se virar para dentro. Com a mesma sensibilidade, você vai provar você, cheirar você, ver você, tocar você.
Use o mundo como um treinamento para a sensibilidade. Lembre-se sempre: se você puder ficar cada vez mais sensível, tudo vai ser absolutamente certo. Não se torne embotado. Deixe todos os seus sentidos ficarem afiados, o tom afiado, vivo, cheio de energia. E não tenha medo da vida. Se você tiver medo da vida, ficará insensível para que ninguém possa feri-lo.
Faça o que tem de fazer resolutamente, com todo o seu coração. Lembre-se da ênfase no coração. A mente jamais pode ser uma - por sua própria natureza ela é muitas. E o coração é sempre um - pela sua própria natureza ele não pode ser muitos. Você não pode ter muitos corações, mas você pode ter muitas mentes. Por quê? Porque a mente vive na dúvida e o coração vive no amor. A mente vive na dúvida e o coração vive na confiança. O coração sabe como confiar - é a confiança que o torna um. Quando você confia, de repente você fica centrado.
Quero que as pessoas conheçam a si mesmas, que não sigam as expectativas dos outros. E a maneira é indo para dentro”.
(Osho) - The Dammaphada / A Busca