Amor e Perdão...
por Rubia A. Dantés em EspiritualidadeAtualizado em 08/03/2007 16:54:47
Tenho pra mim que o perdão é uma chave preciosa para liberar os fios que nos prendem ao passado... e que consequentemente nos impedem de estar inteiros no presente...
Fios que podem ser são tão sutis, que nem nos damos conta de eles ainda nos manterem ligados a um passado recente ou muito remoto... experiências antigas que nos marcaram tanto que, mesmo não sejam conscientes, atuam nas nossas ações de cada dia.
Agora é hora de estarmos inteiros e presentes para cumprir o nosso propósito, e tudo que impede essa presença, deve ser liberado na luz pela compreensão de que as experiências vividas foram degraus para a nossa evolução... e pela entrega desse processo de liberação ao Grande Mistério... que em sua sabedoria absoluta nos coloca sempre em contato com pessoas e situações que espelham partes nossas que ainda precisam ser liberadas...
Recentemente me vi nesse processo de liberar através da energia extremamente amorosa do perdão, coisas que ainda me prendiam ao passado... e que eu não tinha idéia de que elas ainda atuavam, porque pelo meu entendimento eu já as havia liberado há muito tempo.
Isso aconteceu antes de iniciar um trabalho de grupo com o “perdão”.
Muitas experiências de liberação aconteceram para me preparar para esse trabalho e os resultados foram muito bonitos e significativos.
Desde então... ficou muito clara a importância do perdão, com amor, para a cura das feridas do passado... e como podemos acessar essa cura com trabalhos que não passam muito pelo racional...
Precisei ficar um tempo afastada desse trabalho para cuidar da minha mãe que se recuperava de uma cirurgia...
Nesse período apareceram muitas oportunidades para que eu me aprofundasse mais ainda nesses caminhos de cura pelo perdão e pelo Amor...
Foi nessa época que recebi um e-mail sobre o "Ho’ponopono"... e me encantei com a descrição dessa cura havaiana...
Ho’oponopono é um processo de perdão, arrependimento e transmutação. Cada vez que utilizamos qualquer de suas ferramentas, estamos tomando 100% da responsabilidade e pedindo perdão (a nós mesmos). Aprendemos que tudo o que aparece em nossas vidas é somente a projeção de nossos “programas”. Podemos escolher soltá-los e observá-los, ou reagir e ficarmos presos
Mabel Katz
Ao que logo apareceu uma oportunidade bem concreta na minha realidade para que eu pudesse colocar em prática essa cura...
Deparei-me com uma situação na qual pude experimentar efetivamente o efeito do “sinto muito, te amo” em relação a uma pessoa que.... “aparentemente” do nada teve uma atitude um pouco agressiva para comigo.
Sem entender o porquê daquela atitude... à noite, quando me deitei, relaxei... e imaginei que aquela situação que apareceu fora, só poderia ser curada dentro de mim, uma vez que eu sou responsável por tudo que está em minha vida... e comecei a falar mentalmente “sinto muito te amo”
Foi uma experiência muito forte porque acessei aquela pessoa como uma parte minha e entrei em contato com uma dor que não pensava existir... Durante toda a experiência fui falando “sinto muito, te amo”...
Chorei muito... mas, à medida que avançava na experiência do “sinto muito, te amo” tudo foi ficando mais suave, até que senti um bem muito grande por aquela parte minha que se manifestou em um amor profundo.
No dia seguinte, encontrei de novo com aquela pessoa... e, para minha surpresa, uma mudança muito grande aconteceu com ela e com a forma dela agir comigo. Ela se mostrou extremamente amorosa e delicada... e foi tão visível a diferença, que outras pessoas, que nem sabiam de nada, comentaram comigo a mudança.
Depois disso fiz outras experiências de cura com o Ho´ponopono que se mostraram muito precisas e com um resultado muito rápido... e que me deram a certeza que a energia do Amor e do Perdão podem fazer verdadeiros milagres.... nos tornando livres de um passado que não faz mais sentido e nos deixando inteiros no presente para darmos o salto rumo ao nosso destino maior.
HO´OPONOPONO - por Joe Vitale
Há dois anos, ouvi falar de um terapeuta, no Havaí, que curou um pavilhão inteiro de pacientes criminais insanos sem sequer ver nenhum deles. O psicólogo estudava a ficha do preso e, em seguida, olhava para dentro de si mesmo a fim de ver como ele havia criado a enfermidade dessa pessoa. À medida que ele melhorava, o paciente também melhorava.
A primeira vez que ouvi essa historia, pensei tratar-se de alguma lenda urbana. Como podia alguém curar a outro, somente através de curar-se a si mesmo? Como podia, ainda que fosse o mestre de maior poder de autocura, curar a alguém criminalmente insano?
Não tinha nenhum sentido, não era lógico, de modo que descartei essa historia. Entretanto, escutei-a novamente, um ano depois. Soube que o terapeuta havia usado um processo de cura havaiano chamado "Hoponopono". Nunca ouvira falar dele, no entanto, não conseguia tirá-lo de minha mente. Se a história era realmente verdadeira, eu tinha que saber mais. Sempre soubera que total responsabilidade significava que eu sou responsável pelo que penso e faço. O que estiver além, está fora de minhas mãos.
Acho que a maior parte das pessoas pensa o mesmo sobre a responsabilidade.
Somos responsáveis pelo que fazemos e não pelo que fazem os outros. Mas isso está errado.
O terapeuta havaiano que curou essas pessoas mentalmente enfermas me ensinaria uma nova perspectiva avançada sobre o que é a total responsabilidade. Seu nome é Dr. Lhaleakala Hew Len.
Passamos, provavelmente, uma hora falando em nossa primeira conversa telefônica. Pedi-lhe que me contasse toda a história de seu trabalho como terapeuta. Ele explicou-me que havia trabalhado no Hospital Estatal do Havaí durante quatro anos. O pavilhão onde encerravam os loucos criminais era perigoso.
Em regra geral, os psicólogos se demitiam após um mês de trabalho ali. A maior parte do pessoal do hospital ficava doente ou se demitia. As pessoas que passavam por aquele pavilhão simplesmente caminhavam com as costas coladas à parede com medo de serem atacadas pelos pacientes. Não era um lugar bom para viver, nem para trabalhar, nem para visitar.O Dr. Len disse-me que nunca viu os pacientes. Assinou um acordo para ter uma sala no hospital e revisar os seus prontuários médicos. Enquanto lia os prontuários médicos, ele trabalhava sobre si mesmo. Enquanto ele trabalhava sobre si mesmo, os pacientes começaram a curar-se. "Depois de poucos meses, os pacientes que estavam acorrentados receberam a permissão para caminharem livremente", me disse. "Outros, que tinham que ficar fortemente medicados, começaram a ter sua medicação reduzida. E aqueles, que não tinham jamais qualquer possibilidade de serem liberados, receberam alta". Eu estava assombrado. "Não foi somente isso", continuou, "até o pessoal começou a gostar de ir trabalhar. O absenteísmo e as mudanças de pessoal desapareceram. Terminamos com mais pessoal do que necessitávamos porque os pacientes eram liberados e todo o pessoal vinha trabalhar. Hoje, aquele pavilhão do hospital está fechado."
Foi neste momento que eu tive que fazer a pergunta de um milhão de dólares:
"O que foi que o senhor fez a si mesmo para ocasionar tal mudança nessas pessoas?"
"Eu simplesmente estava curando aquela parte em mim que os havia criado", disse ele.
Não entendi. O Dr. Len explicou-me, então, que entendia que a total responsabilidade por nossa vida implica em tudo o que está na nossa vida, pelo simples fato de estar em nossa vida e ser, por esta razão, de nossa responsabilidade. Num sentido literal, o mundo todo é criação nossa.
Uau.! Mas isso é duro de engolir. Ser responsável pelo que digo e faço é uma coisa, mas ser responsável pelo que diz e faz outra pessoa que está na minha vida é muito diferente.
Apesar disso, a verdade é essa: se você assume completa responsabilidade por sua vida, então tudo o que você olha, escuta, saboreia, toca ou experimenta de qualquer forma é sua responsabilidade, simplesmente porque está em sua vida. Isto significa que a atividade terrorista, o presidente, a economia ou qualquer coisa que você experimenta e não gosta, está ali para que você a cure. Tudo isto não existe, em realidade, exceto como projeções que saem do seu interior. O problema não está “neles”, está em você, e, para mudá-lo, você é quem tem que mudar.
Sei que isto pode parecer difícil de entender, mais ainda de aceitar ou realmente vivenciar. Colocar a culpa em outra pessoa é muito mais fácil que assumir total responsabilidade mas, enquanto conversava com o Dr. Len, comecei a compreender essa cura dele e que o ho'oponopono significa amar-se a si mesmo. Se você deseja melhorar a sua vida, você deve curar a sua vida. Se você deseja curar alguém, mesmo um criminoso mentalmente doente, você o faz curando a si mesmo.
Perguntei ao Dr. Len como ele curava a si mesmo. O que era, exatamente, que ele fazia, quando olhava os prontuários daqueles pacientes.
"Eu, simplesmente, permanecia dizendo 'Eu sinto muito' e 'Te amo', uma vez após outra; explicou-me.
"Só isso?"
"Só isso! Acontece que amar-se a si mesmo é a melhor forma de melhorar a si mesmo e à medida que você melhora a si mesmo, melhora o seu mundo".
Permita-me, agora, dar um rápido exemplo de como isto funciona.
Um dia, alguém me enviou um e-mail que me desequilibrou.
No passado, eu teria reagido trabalhando meus aspectos emocionais tórridos ou tentado argumentar com a pessoa que me enviara aquela mensagem detestável.
Mas, desta vez, eu decidi testar o método do Dr. Len.
Comecei a pronunciar, em silêncio: "Sinto muito" e "Te amo". Não dizia isto para alguém, em particular. Ficava, simplesmente, invocando o “espírito do amor”, para que ele curasse dentro de mim o que estava criando aquela circunstância externa. Depois de uma hora, recebi um e-mail da mesma pessoa, desculpando-se pela mensagem que me enviara. Eu não realizei qualquer ação externa para receber tal desculpa. Eu nem sequer respondi àquela mensagem. Não obstante, somente repetindo "sinto muito" e "te amo", de alguma maneira curei dentro de mim aquilo que criara naquela pessoa.
Posteriormente, participei de uma oficina sobre o ho'oponopono, ministrada pelo Dr. Len.
Ele tem, agora, 70 anos de idade e é considerado um "xamã avô" e é um pouco solitário. Elogiou meu livro "O Fator Atrativo". Disse-me que, à medida que eu melhorar a mim mesmo, a vibração do meu livro aumentará e todos sentirão o mesmo quando o lerem. Resumindo, na medida em que eu melhore, meus leitores também melhorarão.
"E o que acontecerá com os livros que eu já vendi e que saíram de mim?" perguntei.
"Eles não saíram", explicou ele, tocando minha mente, mais uma vez, com sua sabedoria mística. "Eles ainda estão dentro de você. Porque nada está do lado de fora”.
Seria necessário um livro inteiro para explicar essa técnica avançada com a profundidade que ela merece. Mas, aprendi que basta, apenas, o “querer” em nossa vida para curar e que existe somente um lugar onde procurar a cura: dentro de si. “Para curar, basta amor".
Esta é uma daquelas mensagens que, literalmente, mudam nossa vida.
Já ouvimos muitas vezes que criamos nossa realidade, que o mundo é um reflexo de quem somos, que somos todos um, que tudo começa e termina em nós, etc, etc. Mas uma coisa é ouvir isso, outra é verificar se, de fato, compreendemos a essência dessas afirmações. Não obstante, em minha humilde opinião, a simplicidade dessa mensagem ela “costuma fazer cair a ficha". E isso é muito simples!
Para cada um - e todos: "SINTO MUITO!" "TE AMO!"