Criatividade
por Elisabeth Cavalcante em EspiritualidadeAtualizado em 08/04/2009 17:15:46
A criatividade é um subproduto natural da intuição, que se expressa no ser humano quando a sua essência original se encontra plenamente manifesta.
A energia vital, chamada de kundalini, que se aloja no primeiro centro de energia de nosso corpo, o chacra básico, confere-nos o dom de gerar outros seres e também nos permite manifestar nosso poder criador em qualquer circunstância da vida.
Quanto mais equilibrados e harmonizados estiverem os sete principais chacras de nosso corpo, mais preparados nos sentiremos para lidar com o mundo de modo confiante e inspirado.
As meditações ativas, que utilizam técnicas de movimentação da energia corporal, ou aquelas que se baseiam nas vocalizações de mantras, são ferramentas muito úteis na ativação e equilíbrio dos chacras.
Uma vez desperta a energia da criatividade, poderemos enfrentar com segurança os desafios que encontrarmos à nossa frente, pois as saídas para vencê-los sempre se basearão em nosso próprio feeling, e não em respostas pré-concebidas impostas pelo mundo exterior.
Tudo faz sentido e nada é em vão, quando mudamos o enfoque que nossa mente geralmente confere aos acontecimentos. Desse modo, qualquer obstáculo, por mais desafiador que se apresente, passará automaticamente a ser visto por nós como algo útil para nosso crescimento interior, e não mais como uma armadilha do destino.
O primeiro passo é sempre procurar algo de positivo na dificuldade, através da pergunta: o que ela pode me ensinar? A seguir, devemos tentar perceber até que ponto nós confiamos em nosso poder criador, e na capacidade que temos de encontrar uma resposta adequada para aquele momento.
Se ainda não estivermos prontos para este reconhecimento, a solução é buscar, com perseverança e vontade, todas as técnicas que nos ajudem a ampliar nossa intuição e a expressar a criatividade que habita dentro de nós.
Ao refletir criativamente sobre os problemas, abandonamos a posição de vitimas e assumimos o papel de agentes atuantes, com poder para dar um novo rumo à nossa trajetória.
“Como descobrir o essencial? Buda saiu em silêncio durante seis anos. Jesus também foi para o ermo. Seus seguidores, os apóstolos, queriam ir com ele. Eles o seguiram e a certo momento, num certo ponto, ele disse: "Parem. Vocês não devem vir comigo. Agora, eu devo ficar sozinho com meu Deus.". Ele entrou no deserto. Quando ele saiu de volta, ele era um homem totalmente diferente: ele tinha se defrontado consigo mesmo.
A solidão torna-se o espelho. A sociedade é o engano. Eis por que você tem medo de ficar sozinho - porque você terá de se conhecer na sua nudez, na sua ausência de ornatos. Você tem medo. Ficar sozinho é difícil. Sempre que você está sozinho, você imediatamente começa a fazer alguma coisa, de modo a não ficar sozinho.
Você pode começar a ler o jornal, ou talvez você ligue a TV, ou você pode ir a um clube para se encontrar com alguns amigos, ou talvez visitar alguém da família - mas você tem de fazer algo. Por quê? Porque no momento em que você está sozinho sua identidade se derrete, e tudo que você sabe sobre si mesmo fica falso e tudo o que é real começa a vir à tona.
Todas as religiões dizem que o homem tem de entrar em retiro para conhecer a si mesmo. A pessoa não precisa ficar lá para sempre, isso é inútil; mas a pessoa tem de ficar em solitude por um tempo, por um período. E a extensão do período dependerá de cada indivíduo.
Maomé ficou em solitude durante alguns meses; Jesus por somente alguns dias; Mahavir durante doze anos e Buda durante seis anos. Depende. Mas a menos que você chegue ao ponto onde você possa dizer "agora conheci o essencial", é imperativo ficar sozinho”. Osho, O Livro dos segredos.