De dentro para fora...
por Rubia A. Dantés em EspiritualidadeAtualizado em 08/04/2020 11:35:02
O que mais queremos é a felicidade e passamos a vida nessa busca incessante acreditando que se tivermos determinadas coisas, estaremos felizes... um relacionamento, um emprego, uma casa etc.. Buscamos as coisas que acreditamos que vão nos fazer felizes, e em cada época da nossas vidas, algumas coisas são mais importantes e focamos na busca por sucesso naquela área...
Só que uma coisinha pode atrapalhar em muito o encontro da tão sonhada felicidade... é que quase sempre temos idéias formadas de como as coisas têm que ser para que nos façam felizes. Imaginamos uma pessoa com tais requisitos para ser aquela pessoa especial, ou aquela casa dos nossos sonhos precisa preencher também determinadas necessidades para ser a casa dos nosso sonhos... e assim com todas as coisas que acreditamos vão nos fazer felizes colocamos características para serem preenchidas...
É claro que a gente querer as coisas e sonhar com o que queremos pode mesmo atrair aquilo para nossa vida, mas... nos prender à forma que escolhemos e eliminar tudo que foge àquela forma, pode, na verdade, ser uma maneira muito sutil de autossabotagem e de nos fechar para a vida.
Muitas vezes, a pessoa que vai nos fazer feliz não se enquadra em nada do que imaginamos... a casa onde vamos realizar nossos sonhos pode passar longe do modelo que nossa imaginação criou... e o trabalho que alimenta nossa alma pode nem de perto se encaixar ao que acreditamos ser o ideal... o local e a maneira onde vamos alcançar uma evolução espiritual pode ser muito diferente de tudo que já imaginamos.
Muitas vezes, esses modelos "ideais" que criamos são filtrados por nossas memórias equivocadas que são extremamente limitadas e nem sempre refletem realmente o que vai nos fazer felizes. Quantas coisas eliminamos por não ser "o que tem a ver comigo".
Quase nunca nos lembramos que esse "tem a ver comigo" não tem nada realmente a ver com quem verdadeiramente somos.
A felicidade muitas vezes chega de forma surpreendente... mas, para isso, é preciso que a gente se permita experimentar o novo... se permita abrir para as coisas que a vida nos oferece, mesmo que aquilo não se enquadre aos nossos modelos ideais... é bom lembrar que esses modelos podem ser os ideiais das nossas memórias e não da nossa Alma... Para a Alma, não existem os limites fixos que nossas memórias do passado querem nos impor.
Acredito que a felicidade independe de coisas fora da gente... e que quanto menos regras e padrões a serem preenchidos, tivermos... mais estaremos fluindo em felicidade... e que quanto menos modelos prontos a gente seguir, mais fácil será usufruir da felicidade que a vida tem a nos oferecer...
Se nos esvaziarmos dos desejos do ego e permitirmos que nossa Alma nos leve suavemente para os encontros e para as experiências que vão nos fazer evoluir, será mais fácil desfrutar a felicidade a cada passo... no presente.
Temos fórmulas... modelos... porque não confiamos que o Grande Mistério pode nos prover de tudo a cada dia e que seremos felizes assim...
Mas passamos grande parte da vida descartando coisas e buscando outras que se enquadrem em nossos ideais de felicidade... para um dia descobrir que não era nada daquilo e que a felicidade vem de dentro para fora... e não de fora para dentro...