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Enfrentando o Medo

por Elisabeth Cavalcante em Espiritualidade
Atualizado em 24/06/2005 12:08:52


Um dos medos mais comuns que acomete os seres humanos nos dias que correm é o medo de amar. As dificuldades emocionais, os relacionamentos frustrados e as decepções solidificam a crença de que a felicidade amorosa não está ao nosso alcance.

A realidade atual nos mostra também, principalmente entre as pessoas mais jovens, uma ânsia pelo prazer imediato, onde objetos e pessoas se tornam igualmente descartáveis, caso não satisfaçam de pronto as expectativas, na maioria irreais, que colocam num relacionamento.

Apaixonar-se é, de fato, uma aventura cheia de riscos, semelhante ao exercício de caminhar numa montanhosa íngreme, com os olhos vendados. Não há nenhuma garantia de que sairemos ilesos, sem qualquer arranhão.

Portanto, precisamos de toda a atenção e cuidado de que formos capazes. Entretanto, se o medo for muito grande, ficaremos impossibilitados de dar sequer um passo. Encontrar o equilíbrio entre o desejo de vencer o desafio e o medo de fazê-lo é o segredo da vitória.

A possibilidade de um amor dar certo é, a princípio, tão viável quanto de que ele nos frustre. Para nos prevenirmos das decepções é fundamental que estejamos atentos aos sinais sutis que emanam do outro desde o princípio.

Para tanto, precisamos manter os pés firmes no chão e não deixar que nossa ânsia por um relacionamento nos torne incapazes de seguir o sexto sentido, a intuição, aquela sensação interior de perigo que, na maioria das vezes, fazemos questão de ignorar.

Quando a realidade se impõe e a desilusão acontece, tornamo-nos vítimas do medo e passamos a evitar qualquer possibilidade de entregarmo-nos novamente ao amor.

Porém, como tudo na vida, o relacionamento amoroso é um longo aprendizado que exige persistência, paciência e, acima de tudo, a confiança em nosso talento e capacidade de amadurecer a habilidade de amar.

“Quando o amor vos chamar, segui-o,
Embora seus caminhos sejam agrestes e escarpados;
E quando ele vos envolver com as suas asas, cedei-lhe,
Embora a espada oculta na sua plumagem possa ferir-vos;
E quando ele vos falar, acreditai nele,
Embora sua voz possa despedaçar vossos sonhos como o vento devasta o jardim.

... E da mesma forma que ele sobe à vossa altura e acaricia vossos ramos mais tenros que se embalam ao sol,
Assim também desce até vossas raízes e as sacode no seu apego à terra,
Como feixes de trigo, ele vos aperta junto ao seu coração,
Ele vos debulha para libertar-vos das palhas,
Ele vos mói até a extrema brancura,
Ele vos amassa até que vos torneis maleáveis,
...Todas essas coisas, o amor operará em vós para que conheçais os segredos de vossos corações e, com esse conhecimento, vos convertais no pão místico do banquete divino.

... O amor nada dá senão de si próprio e nada recebe senão de si próprio,
O amor não possui e não se deixa possuir,
Pois o amor basta-se a si mesmo,
... E não imagineis que possais dirigir o curso do amor, pois o amor, se vos achar dignos, determinará ele próprio o vosso curso”. Gibran Khalil Gibran –do livro “O Profeta”.


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elisa
Elisabeth Cavalcante é Taróloga, Astróloga, Consultora de I Ching e Terapeuta Floral.
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