Entrando e saindo do corpo: A imortalidade da consciência!
por Wagner Borges em EspiritualidadeAtualizado em 21/06/2006 16:12:33
Jovens e velhos, homens e mulheres, brancos e negros, altos e baixos, severos ou flexíveis, criativos ou destrutivos, ateus ou religiosos, materialistas ou espiritualistas, maduros ou imaturos, todos estão sujeitos a sair do corpo definitivamente, em algum momento de suas vidas.
Vidas tão passageiras quanto suas ilusões e apegos; tão breves quanto o piscar de olhos do Eterno e tão rápidas quanto o rolar da gota de água nas pétalas da flor de lótus, diante do infinito incomensurável...
Ninguém gosta de falar nisso, mas entrar e sair dos corpos perecíveis faz parte do jogo de viver. É movimento da natureza, dentro das condições de evolução de cada ser. Acontece por necessidade do aprimoramento consciencial de cada um.
Entrar e sair; nascer, crescer, morrer, crescer, renascer... tal é a Lei!
A sabedoria está em aprender e fazer o melhor possível em cada situação.
Quando dentro da carne, aprender e fazer o melhor...
Quando fora da carne, nos planos extrafísicos, aprender e fazer o melhor...
O que acontece, acontece! O que se faz com o que acontece, é que revela a sabedoria de cada um.
A natureza, com o seu jogo de viver, não é boa e nem má, é apenas natural. Porém, o ego do homem torce as situações e torna as coisas antinaturais.
É o ego que diz: “Isso é bom! Isso é ruim!”.
Entrar ou sair do corpo é apenas natural, como tudo na natureza. Boa (ou ruim) é a maneira com que o homem lida com isso!
Entrar ou sair, apenas jogo de viver! Cada qual no seu tempo certo, como o tempo de cada coisa na economia universal.
Os homens vão e vêm, vêm e vão... Independentemente de suas opiniões, doutrinas ou condições. Falar disso ou não, chorar ou sorrir quando alguém vem ou vai, nada disso altera as leis da natureza.
No entanto, observar, aprender e se harmonizar, por dentro e por fora, altera a maneira de conviver com o jogo de entrar e sair da matéria. Faz olhar os eventos naturais com “outros olhos”, com coração e luz, com amor e consciência, tirando experiência de cada situação.
A sabedoria não está em entrar ou sair do corpo, mas na maneira como se lida com isso. As pessoas vão e vêm, vêm e vão, isso é assim mesmo. E é para todos os homens, sem distinção, tal é a Lei!
* * *
O sábio não luta contra a Lei e respeita a natureza. Ele se harmoniza, naturalmente.
Ele não colide com a lei, pelo contrário, respeita e aceita, harmonizando-se com ela.
Não há revolta em seu coração nem euforias ilusórias. Seja na hora da chegada, ou da partida, ele compreende. Assim como compreende o motivo das estações do ano; assim como sabe que tudo passa...
Tolo é aquele que tenta burlar a Lei e enganar a natureza!
Chegar ou partir, ir e vir, entrar ou sair... São apenas ciclos naturais na vida eterna do espírito. Rir ou chorar, revoltar-se ou aprender, isso é da sabedoria ou tolice de cada um.
O sábio sabe que todos os seres são imortais. Não é questão de crença, ele tem certeza! Ele também sabe que depende na maturidade de cada um o reconhecimento da própria imortalidade... Como sabe que sua certeza incomoda a incerteza dos tolos.
Na verdade, ela evidencia o temor e a tolice dos outros. Se alguém lida bem com o jogo de viver, isso evidencia que tal coisa é possível, e torna claro o quanto os homens lidam mal com essas questões de entrar e sair.
Aí, entrar ou sair não é mais a questão, mas sim como conviver com isso!
* * *
Rindo ou chorando, amando ou se revoltando, dentro ou fora da carne, tudo passa...
Quem está fora, reencarna, quantas vezes forem necessárias! Quem está dentro, (“Descascar”: aprendi essa expressão com os espíritos da Cia. do Amor, que costumam brincar chamando a morte de "descascar", no lugar das expressões populares "desencarnar" e "morrer", já tão batidas e desgastadas. Ou seja, "descascar" significa sair definitivamente do corpo, a casca carnal) “descasca”(*), quando for necessário!
Isso é assim mesmo! É natural! Faz parte do viver do espírito! Faz parte do jogo! Enquanto for necessário...
Mas o melhor disso tudo é que, seja sábio ou tolo, acredite nisso ou não, ninguém morre! E, também, ninguém nasce! É só jogo de entrar e sair... O espírito é o mesmo.
O espírito não nasce nem morre, apenas entra e sai dos corpos perecíveis. É eterno!
Que os espíritos, encarnados ou desencarnados, meditem nisso. Que tenham “outros olhos” para aprender o que for necessário para sua evolução, para que, em algum momento à frente, não seja mais obrigatório entrar ou sair. Para que seus futuros movimentos sejam de liberdade criativa, interagindo sadiamente com a natureza e com a Lei maior. Para que sejam espíritos “co-criadores”, parceiros do TODO que está em tudo!
E, algures, na eternidade, os futuros movimentos serão expressões de lucidez e amor, na fraternidade dos espíritos livres e unidos na consciência cósmica. Até lá, por enquanto, que cada um aceite e aprenda o que for necessário, dentro ou fora.
Na carne ou fora dela, com corpo ou sem corpo, na Terra ou além, que cada um seja feliz, naturalmente.
Nascer, crescer, morrer, renascer, viver... Tal é a Lei!
Acima da lei, o Amor!
Acima do Amor, o Grande Arquiteto do Universo!
A Lei, o Amor, Deus... o Homem!
O tolo, a incerteza; o sábio, a certeza da imortalidade.
Nascer, experiência; crescer, experiência; morrer, experiência; renascer... experiência!
Entrar ou sair, natureza. Compreender isso, sabedoria!
Que, na partida ou na chegada, tudo seja de acordo com a Lei!
E que a ilusão da morte seja vencida, assim como o apego ao corpo.
Tal é a Lei!
Tal é o Amor!
E Deus acima!
(Texto dedicado a Francisco Cândido Xavier, que continua trabalhando espiritualmente “do lado de lá” e inspirando a consecução interdimensional de textos que abordem a imortalidade da consciência).
P.S.: Esses escritos foram feitos sob a inspiração dos amparadores do grupo extrafísico dos (Os Iniciados - grupo extrafísico de espíritos orientais que opera nos planos invisíveis do Ocidente, passando as informações espirituais oriundas da sabedoria antiga, adaptadas aos tempos modernos e direcionadas aos estudantes espirituais do presente. Composto por amparadores hindus, chineses, egípcios, tibetanos, japoneses e alguns gregos, eles têm o compromisso de ventilar os antigos valores espirituais do Oriente nos modernos caminhos do Ocidente, fazendo disso uma síntese universalista. Estão ligados aos espíritos da Fraternidade da Cruz e do Triângulo. Segundo eles, são “iniciados” em fazer o bem, sem olhar a quem) Iniciados(*).
São Paulo, 17 de março de 2006.