Ho´oponopono: Perdão para nossos medos...
por Rubia A. Dantés em EspiritualidadeAtualizado em 29/05/2008 15:45:25
Era um dia bonito e me deu muita vontade de escutar uma música que amo... Coloquei para ficar repetindo... Ouvi algumas vezes...
No dia seguinte, a toda hora me pegava cantando a música... volta e meia ela me vinha, e... sem nem me dar conta, estava repetindo aquela canção...
Isso aconteceu muitas vezes ao longo do dia.
Fiquei pensando então como as nossas crenças, que são criadas a partir de pensamentos repetitivos, se manifestam na nossa realidade e... sem nem perceber, atuamos guiados por elas... assim como repetimos inconscientemente uma música que ouvimos muitas vezes.
Podemos nem ter idéia de todas as crenças que temos armazenado no subconsciente desde o inicio da criação, e tampouco como elas atuam em nossas vidas por meio de intricadas combinações.
Vez por outra temos pistas de que estamos repetindo determinado padrão e tentamos nos livrar dele; pensamos até que conseguimos... mas daí a pouco vem ele bem sutilmente encoberto por uma outra roupagem... uma outra história, que na verdade é só mais um efeito de uma causa bem mais antiga.
Tudo que nos acontece aqui e agora, quando não estamos recebendo Inspiração Divina, é o efeito das memórias revividas pela mente subconsciente.
O medo está na origem de muitas das situações que nos aparecem, e que são só o efeito de alguma outra situação, onde a causa pode estar em um tempo tão antigo que não temos consciência, mas que carregamos conosco até o presente, pelo efeito que exerce em nossa realidade de cada dia.
Quantas vezes um acontecimento pequeno nos faz ter uma reação exagerada, trazendo à tona emoções que, depois que desaparecem, chegam a nos assustar pela intensidade da nossa reação diante de algo que não justificaria tamanha emoção.
É que aquela situação pode ter nos remetido a medos antigos, e a nossa reação está ligada à situação que causou aquele medo, que volta e meia retorna no tempo, nos fazendo reagir automaticamente à mesma coisa... que nos aparece camuflada em outras histórias, nos fazendo acreditar que estamos vivendo no presente, quando na verdade só estamos reagindo ao passado.
Tenho feito muito o Ho’oponopono e me surpreendido cada vez mais com os resultados...
Recentemente, por sinais muito claros, percebi que estava liberando em mim algum medo bem antigo ligado ao Dom... um medo que havia me trazido muita dor pelo fato de ter sido julgada e punida injustamente por usar os Dons da intuição...
Sabemos que já passamos por muitas coisas em épocas antigas, quando usar os Dons era considerado algum tipo de bruxaria, e esse registro está guardado na memória de muita gente... e por vezes nos impede de assumir todo o nosso potencial...
À medida que avançamos na prática do Ho’oponopono, vamos percebendo, por sincronicidades, por onde estamos caminhando... ou o que estamos limpando, deixando sempre bem claro que esses insights nos chegam pelo fluir da Divindade, sendo que nada é racional...
Um dia me vi tendo uma reação extremamente exagerada a um episodio que normalmente não me faria agir assim... Senti-me julgada injustamente e condenada... Na verdade o que aconteceu de real foi algo muito pequeno para a grande reação que tive. Chorei muito e vi que estava extremamente sensível... Uma sensibilidade de proporções injustificadas para o que ocorrera, mas que era plenamente compreensível se levasse em conta todas as coisas que vinha percebendo no meu processo de liberação... ligadas ao fato de ter sido julgada e condenada pelo uso dos Dons em outras épocas.
Vi que algum medo muito profundo vinha à tona pedindo para ser libertado...
Não me julguei nem condenei pela minha reação exagerada, entendendo que a melhor coisa a fazer seria limpar o que poderia estar causando aquela reação.
Muitas vezes podemos sutilmente gastar a nossa energia na culpa e no “coitadinha de mim” ao invés de a usarmos para curar, limpando as memórias que causam constantemente as mesmas reações.
Perdoei aos meus medos... perdoei-me por senti-los e agradeci àquela situação que me permitiu essa libertação.
Agradeci e enviei amor às minhas memórias que traziam a oportunidade de soltar o que me mantinha presa ao passado.
Então fiz Ho’oponopono para aquela situação... pedindo à Divindade (através do niño) para limpar o que estava causando aquela situação... e transmutá-lo em pura Luz.
À tarde do outro dia... quando olhava distraída de uma janela... senti um Amor diferente pelas pessoas que via e as que imaginei estarem nos prédios vizinhos.
Pareceu-me que, de alguma forma mais profunda, sentia-me mais incluída... e incluía mais as pessoas, como se fossemos parte de um Todo... fossemos Todos Um...
É inexplicável o que senti e o que tenho sentido por vezes depois de praticar o Ho’oponopono... mas é muito visível a transformação em minha realidade e isso só me faz agradecer.
Com muito Amor...