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Intimidade

por Elisabeth Cavalcante em Espiritualidade
Atualizado em 15/07/2005 12:03:55


Hoje quero abordar o real sentido da palavra intimidade. No dicionário, o íntimo significa o âmago, o interior de alguma coisa ou de alguém. Portanto, ser íntimo de uma pessoa pressupõe que conheçamos a fundo a sua alma, ligando-nos estreitamente a ela.

Entretanto, o que temos observado em muitos relacionamentos é que, apesar da convivência estreita compartilhando a mesma casa, a mesma cama e o cotidiano durante anos, as pessoas não conseguem estabelecer uma verdadeira intimidade.

Muitos têm receio de expor ao parceiro seus mais profundos sentimentos, suas angústias, sonhos e expectativas, por medo de parecer frágil, de decepcionar o outro ou de que ele se sinta ameaçado diante de qualquer demonstração de que algo não vai bem.

Os homens são, em sua maioria, mais resistentes ao estabelecimento de uma verdadeira e genuína intimidade, visto que não são educados para abrir seu coração e expressar as emoções de modo natural.

Recentemente, em entrevista a um programa de TV, uma garota de programa afirmava que a maior parcela de sua clientela é formada por homens casados, muitos dos quais pagam R$ 200,00 por uma hora de companhia, apenas para conversar, desabafar e confiar a ela seus problemas.

Embora não constitua novidade, não deixa de ser triste constatar, mais uma vez, o quanto muitos de nós ainda preferem optar por uma vida de mentira, com relacionamentos onde o amor, a intimidade, o companheirismo e a sinceridade há muito deixaram de existir.

Os interesses materiais, a falta de coragem para assumir seus verdadeiros desejos e de seguir o coração, levam muitas pessoas a persistir em relacionamentos desprovidos de afeto verdadeiro.

Muitos utilizam os filhos como desculpa para não tomar uma atitude, sem refletir sobre o fato de que estão impondo a eles uma vida de mentira, que mais cedo ou mais tarde se revelará em toda a sua fragilidade.

A maioria das pessoas entra num relacionamento com muitas fantasias e expectativas de felicidade permanente, e é natural que tenham grande dificuldade em aceitar que estas se revelem impossíveis de se concretizar.

Mas fingir algo que não sentimos ou nos conformamos com uma vida infeliz apenas para não deixar ruir a imagem que criamos para nós ou que queremos vender ao mundo acerca de nossa vida, é o caminho mais rápido para o surgimento de desequilíbrios e o conseqüente desenvolvimento de doenças em nosso corpo físico.

Assumir o risco da verdadeira intimidade não é fácil, exige que estejamos dispostos a nos revelar ao outro sem disfarces, sem máscaras, e que ele faça o mesmo, abrindo-se para nós sem medo ou resistências. Mas é a única chance de conhecermos o êxtase que só uma união profunda e verdadeira pode proporcionar.

Permita que as pessoas se aproximem

“Amar significa abandonar fronteiras territoriais. Essa linha invisível precisa desaparecer, daí surgir o medo, porque essa é nossa herança animal. Por isso, quando você está em um estado amoroso da mente, você vai além da herança animal. Pela primeira vez você se torna humano, realmente humano.
Se você realmente deseja viver uma vida rica, preenchida, imensamente vibrante, não há outra maneira, exceto abandonar as fronteiras. A única maneira é estabelecer cada vez mais contato com as pessoas. Permita que mais e mais pessoas invadam o seu ser, permita que mais e mais pessoas entrem em você.
Podemos nos machucar - esse é o medo; mas é um risco que precisa ser assumido, vale a pena. Se você se proteger por toda a sua vida e ninguém tiver permissão de estar próximo a você, qual é o sentido de estar vivo? Você estará morto antes de morrer. Você absolutamente não viverá. Seria como se você nunca tivesse existido, porque não há outra vida além do convívio. Assim, é preciso correr o risco.
Todos os seres humanos são como você. Essencialmente o coração humano é o mesmo. Portanto, permita que as pessoas se aproximem. Se você permitir, elas permitirão que você se aproxime delas. Quando essas fronteiras deixam de existir, o amor acontece.”

Osho, A Rose Is Rose Is a Rose, #23.


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elisa
Elisabeth Cavalcante é Taróloga, Astróloga, Consultora de I Ching e Terapeuta Floral.
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