Krishna, O Derretedor de Corações
por Wagner Borges em EspiritualidadeAtualizado em 01/09/2006 12:03:11
Quando as Covas (Umbralino - relativo ao Umbral extrafísico, o plano espiritual denso - plano astral inferior; inferno; hades; plano extrafísico atrasado) Umbralinas(*) Ficam Lindas Como o Azul do Céu
Krishna, novamente você derrete de amor o meu coração.
Que coisa é essa, sutil como um afago e poderosa como um sol?
Vejo você agora, em meio a uma multidão de espíritos sofredores.
Como sempre, você abraça a todos, um a um, como iguais, como seres divinos.
E, ao abraçá-los, você absorve a dor deles e derrete seus corações no amor puro.
Você absorve a escuridão em torno e transforma tudo em azul.
Você parte as correntes, enquanto eles choram a dor dos esquecidos, abraçados a você, igual a crianças perdidas.
Vejo os seus olhos de lótus e percebo que você está feliz ali, naquela vala extrafísica, que antes era trevosa, e que, agora, ficou azul da cor do céu.
(Govinda e Gopala - são epítetos de Krishna, considerado como o `Pastorzinho divino´, que tangencia os seres na direção da bem-aventurança (ananda) e da consciência cósmica (o samadhi, a expansão da consciência, muitas vezes associada ao despontar da aurora dissolvendo as trevas – o ego - e fazendo a atmosfera dançar na luz). Govinda e Gopala também são considerados como mantras de dissolução de climas psicofísicos densos. Trazem alegria e espantam as confusões e equívocos.) Govinda(*), você transforma as pesadas atmosferas umbralinas em paraíso e os espíritos cinzentos em seres de luz.
Vejo você aí, no meio deles e, ao mesmo tempo, aqui, dentro do olho espiritual.
E o amor que derrete o coração deles, é o mesmo que derrete o meu coração.
E o seu olhar feliz, que cura a dor deles, é o mesmo que me deixa feliz.
Você abraça a eles aí, e eu me sinto abraçado aqui!
Amigo querido, permita que eu relate aos homens a sua ação amorosa nos rincões extrafísicos esquecidos, para que outros também se sintam abraçados e queridos por esse amor tão lindo.
Sabe, eles choram aí, em seu abraço cálido, e eu choro aqui também.
Mas, não é por dor, é porque o coração se derreteu de amor junto.
Ao mesmo tempo, uma parte de mim observa o seu olhar de contentamento; então surge um sorriso leve e solto...
Gopala, em meio às emoções do homem que chora, e ao coração do espírito que ri, eu agradeço por você novamente iluminar o meu dia.
Que esse relato possa iluminar o dia de outros também!
P.S.: Antes, eu era bobo, e dizia: “Meu (Darma (do sânscrito `Dharma´) - dever, missão, programação existencial, mérito, benção, ação virtuosa, meta elevada, conduta sadia, atitude correta, motivação para o que for positivo e de acordo com o bem comum) darma(*)!”
Hoje, menos bobo, eu digo: “Seu darma!”
Ou, “Seu darma no meu!”
Quando eu era bobo, pensava estar sozinho.
Contudo, você me tocou, e eu me toquei.
Meu coração se derreteu de amor...
E eu vi o seu olhar no meu olhar;
Os seus passos em meus passos;
E o seu darma no meu darma, como um só!
Então, deixei de ser bobo, e agora digo:
“Krishna, não sou mais meu, sou só seu!”
Om (Maharaja (do sânscrito Maharaj) - Grande Rei! É um dos epítetos de Krishna) Maharaja(*)!
São Paulo, 26 de agosto de 2006.
(Para enriquecer esses escritos, posto na seqüência este outro texto com a mesma atmosfera espiritual, escrito em novembro de 2004) NA AURORA COM GOVINDA(*)
Krishna, meu amigo,
Ontem eu não vi Você chegando.
Só senti que havia algo, mas o cansaço não ajudou
As percepções, e o meu ego trouxe a treva em meus olhos.
Então, algo tocou o meu coração hoje,
E eu vi emergir em meio às trevas,
Uma flor de lótus azul.
Imediatamente os meus olhos brilharam,
E o coração entrou em alegria serena.
Uma voz sutil disse-me, secretamente:
“Govinda! Gopala!
Om Namah Krishnaya!”
E aí, o milagre aconteceu:
As trevas se renderam
À aurora do Seu olhar em mim.
Então, amanheci com Você!
E com os olhos novamente acesos,
E o coração radiante,
Eu vi Você sorrindo dentro do meu coração.
E Você disse:
“Vá, e conte para os seus irmãos sobre as glórias eternas que cada um guarda no peito.
Fale a eles da imortalidade da consciência e do cumprimento das responsabilidades espirituais. Viaje junto na sabedoria espiritual de abrir as flores dentro dos chacras.
Diga-lhes que além das trevas e dores do ego, existe o despertar da aurora nos olhos e nos corações.
Dentro da aurora, eu estarei presente, sempre, no espírito de cada um, cumprindo o que é para ser cumprido!”
O recado foi recolhido e repassado, mesmo além do plano físico.
E agora, a noite se foi, e tudo ficou azul como o lótus sutil.
Krishna, ontem eu não vi Você!
Mas Você me viu e me esperou.
E me acordou em sua aurora.
E agora, só sei dizer de coração:
“Om Gopalaya Namah!
Om Govindaya Namaha!”
Paz e Luz.