Lições do Tempo e da Vida
por Wagner Borges em EspiritualidadeAtualizado em 10/06/2009 12:21:19
Ah, a música!
Pode falar de amor.
Ou de dor.
Mas sempre vem do coração.
O tempo não pára...
Assim como o músico;
Que continua compondo, além...
Dia sim, dia não, tem som!
Nada é como antes...
Nunca é!
Porque o tempo não pára...
E eu vou junto.
O sol levanta-se, lindo.
Mas quem aprecia o milagre?
Parece só mais um dia...
Mas é a vida explodindo em luz.
Ah, a lua ascendeu no firmamento.
Mas quem aprecia a bela?
Parece só mais uma noite...
Mas os poetas e os músicos a conhecem.
Eles sentem alguma coisa,
Dentro do coração.
E poucos entendem isso.
Eles estão grávidos de poemas e músicas.
O tempo não pára...
E tudo acontece.
Às vezes chove; outras vezes, não.
E tudo é milagre da vida.
Ah, quem sabe amar?
Não quem só diz que ama.
Mas quem vê o milagre do amor,
Fazendo o próprio peito virar sol.
Quem morre mesmo?
Talvez os que não se realizam.
Os mesmos que não vêem milagres
Nas coisas simples da vida.
Talvez haja vida nessa vida...
Porque, além dela, isso é certo.
Assim como era antes.
Pois o tempo não pára...
E quem pode provar isso?
Quem não aprecia a vida, aqui e agora,
Também não fará isso depois da morte.
Sem ver o milagre, o espírito fica pobre.
E que milagre é esse?
O de transformar água em vinho?
Ou aquele de conhecer a si mesmo,
Para, assim, reconhecer a vida?
Ah, a música!
Pode até falar de vida além da vida...
De vida antes da vida...
E de vida, na vida mesma...
O tempo não pára...
Os poetas e os músicos sabem disso.
E sempre procuram a lição de cada dia.
Que sempre vira poema ou canção.
Para registrar o milagre da vida.
E acordar os que não vivem.
Para olhar as flores e os amores
Florescendo nos jardins e nos corações.
Ah, quem não sabe rir, fica doente.
E, assim, não vê milagre em nada.
Quem não sabe amar, perde a luz.
E a vida acaba antes da morte.
E não é depois que se conserta isso!
É agora mesmo, numa simples canção.
Pois o tempo não pára...
E tudo é lição... As flores, os amores, e a vida.
Ah, nem mesmo os poetas e os músicos
Sabem bem o que rola...
Eles são médiuns de algo mais...
Que entrega a mensagem em seus corações.
Que lhes inspira a falar de milagres
Nas coisas simples da vida.
Que lhes fala de belezas além...
Para quem já vê beleza no aqui e agora.
Ah, a música!
Pode falar de amor.
E até de vida, antes, agora, e depois...
Sempre vida.
O tempo não pára...
E tudo é lição;
Para quem vê milagres em seu próprio coração.
E admira a vida, antes, agora, e sempre...
Ah, quem sabe o que rola?...
Os poetas e os músicos só escrevem, e se encantam
Com a mensagem que desce em seus corações,
E que diz, “que todo tempo é tempo de crescer!”
P.S.:
O tempo não pára...
E quem ama, sabe.
E, amando, vive.
E vivendo, compreende...
Que, aqui e agora, ou depois,
A vida segue...
E, lá em cima, o Papai do Céu continua rindo, e dizendo:
“Todo tempo é tempo de crescer!”
(Dedicado ao meu amigo ( Pierre Weil (1924-2008) – foi um grande educador e psicólogo francês que viveu a maior parte de sua vida no Brasil. Fundador da UNIPAZ – Universidade Holística Internacional - é autor de cerca de 40 livros. Foi um dos responsáveis pela regulamentação da profissão de psicólogo no Brasil. Assumiu na Universidade Federal de Belo Horizonte a cátedra em Psicologia Social, posteriormente ocupando a primeira cátedra em Psicologia Transpessoal, disciplina na qual é um dos pioneiros.
Obs.: No ano de 2000, quando o Pierre ainda estava aqui no plano físico, escrevi um texto em sua homenagem, logo após termos nos encontrado, mais uma vez, em Salvador, capital da Bahia e terra dos orixás. Ali, eu e ele (junto com o advogado Sérgio Nogueira Reis, nosso amigo que nos levava para almoçar na cidade) contávamos diversos casos, desde fenômenos paranormais e ensinamentos espirituais e budistas, até um monte de piadas.) Pierre Weil(*), grande humanista e professor da consciência; ao grande ( Cazuza (pseud. de Agenor de Miranda Araújo Neto; 1958-1990) - foi um famoso cantor, compositor e poeta brasileiro.) Cazuza(*), genial poeta urbano e músico; e aos poetas da Companhia do Amor, a Turma dos (A Companhia do Amor é um grupo de cronistas, poetas e escritores brasileiros desencarnados que me passam textos e mensagens espirituais há vários anos. Em sua grande maioria, são poetas e muito bem humorados. Segundo eles, os seus escritos são para mostrar que os espíritos não são nuvenzinhas ou luzinhas piscando em um plano espiritual inefável. Eles querem mostrar que continuam sendo pessoas comuns, apenas vivendo em outros planos, sem carregar o corpo denso. Querem que as pessoas encarnadas saibam que não existe apenas vida após a morte, mas, também, muita alegria e amor.
Os seus textos são simples e diretos, buscando o coração do leitor.
Para mais detalhes sobre o trabalho dessa turma maravilhosa, ver os livros Companhia do Amor - A Turma dos Poetas em Flor – Volumes 1 e 2 - Edição independente - Wagner Borges, e sua coluna no site do IPPB (que é uma das seções mais visitadas no site): link Poetas em Flor(*).)
Axé!
OM!
Paz e Luz.
- Wagner Borges – sujeito com qualidades e defeitos, 47 anos de “encadernação”, admirado, igual criança, olhando os milagres da vida, como a Luz olha.