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Moderação na Boca

por Saul Brandalise Jr. em Espiritualidade
Atualizado em 26/02/2009 15:39:48


Um dia meu Mestre ND me deu uma missão:
“Saul, analise as pessoas de sucesso nos Estados do Sul do Brasil. Depois faça o mesmo em cada uma das outras regiões. Apresente-me um relatório de suas conclusões”.

Fiz uma relação das pessoas que achei conveniente analisar. Procurei entender suas raízes familiares; se eram herdeiros, se tinham construído por si próprios, com seu esforço e competência, os seus bens. Se tratava-se de imigrantes, descendentes destes ou brasileiros natos.
E, assim, fui fazendo até concluir o trabalho.

Quando entreguei o relatório para o Mestre, ele, sem ler, me disse:
”Agora estude os imigrantes ou os descendentes de Japoneses que fizeram sucesso no Brasil”.
Lá fui eu na direção das cidades que possuem maior número de Isseis, Imigrantes; Nisseis, Filhos; Sanseis, Netos e Yonseis, Bisnetos.
Repeti a dose de minha receita pessoal para procurar entender a origem do sucesso destas pessoas.

Uma coisa posso afirmar: nenhuma das pessoas analisadas teve sorte.
É comum em todos eles muito, mas muito trabalho. Ninguém conseguiu obter ótimos resultados sem que tenha sacrificado um domingo, ou até anos sem saber o que era tirar férias, ou mesmo sem uma dose peculiar de determinação. Acreditar em seus sonhos foi algo importante para cada um deles.
Poucos aumentaram seu patrimônio quando sua origem estivera calcada em heranças...

Muito bem.
Concluído o trabalho entreguei ao Mestre a segunda etapa.
Sem olhar, ele me disse:
”Muito bom o seu trabalho. Acompanhei seus estudos e vejo que você esqueceu de perceber duas coisas que diferenciaram os Japoneses – e seus descendentes – dos brasileiros. E por que somente um grupo pequeno de Japoneses faz sucesso comparando com a quantidade enorme de brasileiros?
Saul, a cultura Japonesa exige MODERAÇÃO NA BOCA. Brasileiro fala demais. Fofoca demais. Conta demais. Brasileiro deduz muito também. Deduzir é ruim porque o acerto na dedução é ínfimo. Bem, agora aprendeu, né? Desejo-te muita, muita, muita, boa sorte”...


Foi um excelente “curso” de Moderação na Boca. Obviamente, antes eu já havia estudado sobre a força da palavra e também dos pensamentos, que podemos classificar como “achômetros”.

Pensamentos “achômetros” são aqueles que as pessoas utilizam para analisar uma história ou um objetivo. Normalmente, para “apodrecerem” os objetivos com más energias. Portanto, se queremos que nossa vida tenha sucesso, a primeira coisa é guardar segredo de nossos objetivos.

Existem cidades onde o segredo é coisa que se mistura com o Saci Pereré, o Super Homem, o Chapeuzinho Vermelho, portanto é LENDA.
Quanto mais politizada for sua cidade, menor é a sua chance de manter um segredo. Na política, a informação é tudo. Isso posto, as pessoas convivem e necessitam do segredinho. É com ele que eles adubam os relacionamentos. Aqui em Florianópolis, o trânsito fica caótico com qualquer acidente. Os demais veículos ficam olhando a placa do carro para saber se conhecem o condutor para depois poderem contar aos outros o que aconteceu. Fico pensando como seria a vida em Brasília!

A vida é cheia de surpresas, mas, por outro lado, é simples de ser encarada. Temos que tomar decisões a cada segundo. Neste exato momento, você não percebe que seus olhos piscam... Neste exato momento, você não percebe que julga o texto... Neste exato momento, você já definiu se gostou ou não de minhas palavras... Neste exato momento, tem alguma coisa para contar para alguém.
Este é o grande obstáculo que precisamos superar: Moderação na Boca

Outro grande problema é o não sabermos como produzimos a energia em nossas vidas e assim esquecemos de lhe dar o devido valor. Mas, sem dúvida alguma, o maior estrago que fazemos em nós mesmos é não termos moderação com as palavras que brotam pela nossa boca.

A palavra é como uma flecha, depois de disparada, o estrago, ou o acerto no alvo, é inevitável. Poucas pessoas estão preparadas para entenderem, aceitarem e gostarem de nosso sucesso. Portanto, uma vida feliz EXIGE Moderação na Boca.

O caminho para nos tornarmos sábios passa, necessariamente, pelo hábito de somente expressarmos palavras adequadas em tempo e em local certos.
Sei que nos veremos
Beijo na alma





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saul
Saul Brandalise Jr. é colaborador do Site, autor do livro: O Despertar da Consciência da editora Theus, onde mostra através das narrativas de suas experiências como extrair lições de vida e entusiasmo de cada obstáculo que se encontra ao longo de uma vida.
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