Na luz do grande coração do Buda
por Wagner Borges em EspiritualidadeAtualizado em 06/06/2008 15:31:05
Ali, pairando acima da grande cidade, eu vejo a luz do (Buda – O Iluminado; aquele que despertou! Palavra derivada de Buddhi, que significa Iluminação Pura ou Inteligência Pura. Ou seja, quem alcança o estado de Buddhi, torna-se um Buda, um ser iluminado e desperto) Buda(*).
Parece uma grande esfera luminosa, mas é a emanação do amor d’Ele.
Em silêncio, por entre os planos, Ele abençoa os homens que vivem na metrópole de aço e concreto.
Embaixo, no asfalto, a correria dos carros e a agitação das pessoas.
Presas da poluição ambiental e mental de seus interesses imediatos, elas não percebem o grande amor acima de suas cabeças.
Percebo aquela luz, com os sentidos do espírito, e penso na violência e na miséria urbana. Penso na dor dos homens e no vazio consciencial, que é a grande doença psíquica da humanidade.
Ao mesmo tempo, sinto a compreensão descendo daquela luz e interpenetrando a todos.
Os homens não vêem essa maravilha, mas estão dentro do raio de ação do coração d’Ele.
E Ele os compreende. Conhece cada um deles, melhor do que eles mesmos.
Embaixo, a grande metrópole que abriga e dá trabalho para tanta gente, de todos os lugares, com suas dores e seu progresso - o aço, o concreto, a agitação, a poluição, a violência urbana; e as luzes, o desenvolvimento e as oportunidades de trabalho.
E acima, o grande coração do Buda iluminando silenciosamente a todos.
Olho para a luz d’Ele e, em seguida, olho para os meus irmãos de jornada urbana, rente ao asfalto, na luta pela vida.
Então, sinto a paz d’Ele em meu coração e faço uma prece silenciosa na intenção das pessoas dessa grande cidade.
E sigo em frente, aqui embaixo, sabendo que sua luz está logo ali, bem em cima de todos nós e, ao mesmo tempo, dentro de cada coração.
Obrigado, Buda de todos os corações, por tudo.
PS.: Esses escritos foram feitos minutos antes do início de um curso de aura e chacras, no salão do IPPB. Enquanto os alunos chegavam, eu escrevia essa visão da luz do Buda sobre a cidade de São Paulo, que eu tinha visto momentos antes, de dentro de um táxi, durante o trajeto pela Avenida Ricardo Jafet - uma das principais avenidas de São Paulo -, de meu apartamento, no bairro da Saúde, até o IPPB, no bairro do Ipiranga.
Agora, olhando esses escritos, onde tento compartilhar a graça de ver algo tão luminoso, percebo o quanto as palavras são limitadas para descrever as coisas do espírito. Mesmo assim, insisto.
É melhor tentar, mesmo que de forma pálida e imperfeita, do que sonegar a luz que vi. E não falar desse amor que abençoa secretamente os homens é o mesmo que “tentar tapar a luz do sol com uma peneira”.
Evidenciar a ação dessa luz silenciosa, mesmo que imperfeitamente, faz com que outros corações se abram para receber melhor suas bênçãos.
E eu fico muito grato por perceber essa luz e poder compartilhá-la com meus irmãos de jornada urbana. Para que eles também saibam que há um Buda abençoando e iluminando sutilmente a cidade onde eles moram e trabalham.
A mesma grande metrópole de aço e concreto, onde o Grande Arquiteto Do Universo me colocou para trabalhar e viver.
Essa magnífica cidade, na luz do grande coração do Buda.
Paz e Luz.
Esclareço aos leitores que não sou budista nem sigo nenhuma das doutrinas criadas pelos homens da Terra, sejam elas orientais ou ocidentais. De mente e coração aberto, observo e aprendo de tudo, de forma universalista, sempre procurando filtrar e somar as melhores informações de cada área. E, naturalmente, descartando tudo aquilo que não esteja de acordo com o bom senso e a razão e me afaste do amor e da alegria de viver.
Ao longo de vários anos trabalhando com os temas espirituais, principalmente na esfera de estudos das experiências fora do corpo, tenho observado muitas consciências extrafísicas evoluídas e aprendido muito. E uma das coisas que mais admiro é o universalismo e a cosmoética delas.
Seres de luz não estão agrilhoados a essa ou àquela doutrina, nem a qualquer esquema ilusório de devoção cega ou dependência psíquica criado pelos homens. O que os move é o amor incondicional aliado ao esclarecimento consciencial profundo.
Hoje escrevi sobre a assistência espiritual do Buda aos homens. Em outra hora escreverei sobre Jesus ou Krishna - ou sobre outros luminares espirituais dos diversos povos da Terra -, como já fiz tantas vezes ao longo dos anos, sempre de forma universalista.
Aliás, quem poderá rotular a luz? Ela não é budista, cristã, hinduísta, espiritualista, ocultista, ou coisa alguma. A luz é a luz. E o amor do Todo está em tudo!
É por essa luz que trabalho e escrevo. E é só a ela que o meu coração responde feliz, pela liberdade de seguir sempre livre... Por essas trilhas maravilhosas da espiritualidade consciente.
Discernimento em tudo. Amor na jornada. E alegria de viver.
E que tudo de bom aconteça para a evolução dos homens de todos os lugares, raças e credos.
O Todo está em tudo!