O Caminho - Parte 7 - Final
por Elisabeth Cavalcante em EspiritualidadeAtualizado em 07/07/2006 12:21:15
“Chegamos ao final da jornada, o último estágio de consciência em que a dualidade finalmente foi vencida e a união com o divino é alcançada.
E então vem O Sétimo Vale, que é o último, o definitivo o vale dos hinos, o vale da celebração.
Renascimento e ressurreição acontecem no sétimo vale. É esse o significado da idéia cristã da ressurreição - que Cristo renasceu, renasceu num corpo de glória, renasceu num corpo de luz, renasceu num corpo divino. Agora, não há positivo, não há negativo. Agora, não há dualidade. Um é um. A unidade surgiu - o que os hindus chamam de adwaita. O dual desapareceu. Chegamos em casa.
O vale dos hinos... Al-Ghazzali lhe deu um bonito nome. Nada restou - apenas uma canção, uma canção de celebração, de louvor a Deus, total êxtase. É isto o que eu chamo de orgasmo definitivo.
Se eu fosse dar um nome a este vale, eu o chamaria vale do orgasmo total. Há apenas celebração.
Florescemos, florimos. A fragrância foi liberta. Agora, não há lugar algum para ir. O homem se tornou aquilo que estava buscando, procurando, lutando.
O homem é um paradoxo. Ele não é o que é. Mas, no dia em que você compreender o definitivo, você sentirá um sorriso surgindo no seu próprio coração, porque aí você saberá que você sempre foi isso. Era apenas desconhecido. O futuro estava contido em você, escondido. Você teve que descobri-lo. Estes sete vales são os vales da descoberta.
Este é um lindo mapa. É o mapa sufi”.
Osho, The People of the Path
- Nas últimas semanas acompanhamos o maravilhoso texto que Osho nos revelou, sobre a jornada do homem para retornar à unidade, reencontrando sua verdadeira essência. Para muitos este caminho pode parecer apenas poético, mas totalmente desconectado da realidade prática.
Entretanto, se soubermos meditar acerca de cada um dos vales que o Mestre menciona e identificar nele situações comuns ao nosso dia-a-dia, poderemos encontrar respostas que nos ajudem a assumir uma nova postura diante dos problemas e dificuldades, atitude imprescindível se quisermos alcançar equilíbrio, sabedoria e serenidade.
Visto que estes estados interiores são, de um modo geral, buscados pela maioria dos seres humanos, podemos nos questionar como fazer para vencer as dificuldades que nos separam da serenidade que tanto almejamos.
A resposta é uma só, única e inquestionável: meditar. A meditação é a estrada que nos levará ao encontro do amor, da felicidade e da paz que tanto desejamos. Este sempre foi o principal tema dos ensinamentos de Osho. Todas as vezes em que ele mencionava as transformações que o homem deveria empreender em si mesmo, reafirmava, ao mesmo tempo, que o caminho para alcançar este objetivo era a meditação. Não a meditação esporádica, feita de vez em quando, sem qualquer disciplina ou constância.
Mas aquela que se torna uma prática permanente na vida, como qualquer outra necessidade básica da existência. Sem isto, continuaremos vagando em busca de soluções mágicas, respostas milagrosas e artifícios que não nos trarão a verdadeira sabedoria.
Ir em busca das respostas que existem dentro de nós, exige que nos voltemos para nosso interior com dedicação e esforço. A recompensa para aqueles que empreendem a viagem é o êxtase que somente o encontro com o verdadeiro Ser pode proporcionar.