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Pais e Filhos, Estrelas e Estrelinhas 2 *

por Wagner Borges em Espiritualidade
Atualizado em 08/07/2002 11:44:04


Todos nós somos espíritos imortais. Somos imperecíveis.

Carregamos o fogo estelar em nossos corações e somos muito mais do que aparentamos nessa jornada transitória pelos caminhos terrestres. Somos centelhas divinas viajando nas ondas da evolução.

Estamos matriculados num curso cósmico de manifestação, e portanto, sujeitos às regras de causa e efeito reguladas pela Cosmoética** e pelas consciências avançadas que monitoram o nosso progresso infinito.

Ciclicamente, e de acordo com as necessidades de aprendizado consciencial de cada um, somos levados ao jogo da vida, à roda de Samsara*** e seus desdobramentos vitais. Apesar de sermos estrelas imperecíveis, precisamos "descer à carne" para algumas experiências.

Então, reencarnamos e perdemos temporariamente a lembrança da herança divina que carregamos oculta dentro do coração. Laços vitais nos prendem ao corpo físico para a nova jornada de aprendizado e nos tornamos pássaros espirituais presos na gaiola carnal. Revestidos de corpo infantil ficamos restritos inicialmente ao ventre materno, esquecidos de nossa natureza eterna e ligados ao ambiente intra-uterino, que é semelhante a uma pequena capsula energética cheia de pulsações vitais.

Dentro desse casulo vital, somos agasalhados pelas energias maternas sob o comando instintivo da Mãe Terra que age sobre a mãe humana e aciona os mecanismos da natureza para a formação e manutenção do pequeno corpo que abriga a estrelinha em nova vivência. Nessa etapa, somos indefesos e estamos adormecidos, mas percebemos pensamentos e emoções que nos chegam através de nosso mãe. Também sentimos a presença de seres espirituais que nos protegem e que nos acompanham desde o espaço.

Sentimos o aconchego vibracional e espiritual dando suporte à nossa viagem vital. Sentimos a segurança dos nossos amparadores extrafísicos, da Mãe Terra e da mãe humana, também estrela imortal e moradora mais velha do plano físico.

O tempo passa e nos expressamos no mundo. Somos adultos no corpo e passamos pelas experiências necessárias ao burilamento de nossas consciências. Continuamos sendo estrelinhas imperecíveis, mas diante de tantas coisas que acontecem na experiência diária e submetidos às agruras da vida carnal, muitas vezes nos deixamos anestesiar pelos limitados sentidos físicos e nos portamos como corpo sem alma. Apesar de sermos centelhas divinas, pensamos, sentimos e fazemos coisas estranhas, como se fossemos seres transitórios e perdidos na vida, deserdados de nossa herança estelar.

Em muitos momentos, choramos confusos e nos ferimos profundamente nas farpas emocionais projetadas no jogo da vida entre as pessoas. Não parecemos mais aqueles deuses estelares cheios de pulsação imortal, nos tornamos pequenos duendes humanos atormentados por nossas confusões sensoriais.

É absurdo, mas as estrelinhas perderam a confiança em si mesmas e em seu brilho. Trocaram o fogo estelar pelo frio da insegurança. Esqueceram dos amparadores, da Mãe Terra e do carinho da mãe humana naqueles dias de encapsulamento vital.

Porém, é possível sintonizar aquela segurança novamente. Basta fechar os olhos e pensar que se é eterno, mesmo na carne transitória.

Basta sentir que a luz do coração é terna e eterna nas ondas de um amor que não se explica, só se sente naqueles momentos de interiorização e nutrição espiritual da meditação. Sentir-se dentro do organismo vivo da Mãe Terra, que nos hospeda com carinho em nossas jornadas carnais e nos oferece a experiência. Sentir-se agradecido aos genitores que nos propiciaram o corpo para a jornada atual. Sentir-se ligado àqueles seres espirituais que patrocinaram nossa jornada no mundo e que continuam ligados aos nossos propósitos de vida.

Basta fechar os olhos e sentir-se ainda como criança de Brahman!****

Mesmo vivendo dias difíceis na jornada, ainda assim reconhecendo-se como centelha imperecível; perceber-se cheio da pulsação cósmica, aquela mesma que sustenta zilhões de sóis na imensidão sideral e que faz as infinitesimais partículas energéticas dançarem alegremente nos microuniversos.

É, basta fechar os olhos, erguer os pensamentos, abrir o coração agradecido, ouvir música graciosa e viajar na sintonia estelar de si mesmo, fonte de toda segurança, pois é dotada da imortalidade e dos atributos divinos inerentes a sua própria natureza.

Estamos no útero de Brahman. Somos suas crianças-estrelas imperecíveis. Somos mais do que aparentamos. Somos lindos, mesmo que não tenhamos consciência ainda da Luz eterna que carregamos em nossos corações.

Às vezes, somos estranhos mesmo, mas ainda somos estrelas!
Dentro de nós está o Pai-Mãe de todos. Essa é nossa segurança maior.
Como dizia o meu amigo extrafísico Rama, somos "estrelinhas espirituais viajando nas pulsações eternas do coração de Deus, nosso Pai-Mãe-Amigo-Mentor-Sol-Ananda".*****

Finalizando esses escritos, lembro-me de dois ensinamentos atribuídos ao sábio Hermes Trismegisto:
"Medite: Você veste o vestido para descer, e tira o vestido para subir."
"Medite: Você veio de uma estrela, está em uma estrela, e irá para outra estrela. Pouse suave, pois os mestres orientam."

Somos viajantes eternos, e apesar de nossas confusões, ainda somos estelinhas viajando no coração do Grande Arquiteto Do Universo.

PS: Nenhuma criança compreende o amor de seus pais. Isso só acontecerá quando ela mesma crescer e receber dos céus como filho alguma estrelinha enviada por Deus. Então, ela saberá que há coisas que não se explicam em palavras e nem são percebidas pelos cinco sentidos, apenas são sentidas em silêncio, apenas são expressões de um amor que nunca será explicado, só sentido no brilho do coração, que se expressa pelo olhar dos pais.
Pais e filhos, filhos e pais, estrelinhas imperecíveis, filhas de Brahman, o Pai-Mãe de todos.

Paz e Luz.
- Wagner Borges -
São Paulo, 02 de julho de 2002, às 20h17min
A ÁRVORE QUE BALANÇA, SINTONIA-CRIANÇA

Sob a Luz da Humildade
Não há a vergonha ou qualquer medo.
Serenidade...
Este é o grande segredo da "criança";
Ela observa cada Arvore que Balança.
Vivência a Sintonia...
Movimento que traz paz ao coração;
A novidade a cada segundo;
Renovação...;
Realidade que move "o mundo";
Faz da vida "O Pulsar" de uma eterna oração;
Sensação terna, alem de qualquer emoção;
Uma Canção...;
Sentimento ao Vento,
Uma semente a procura de alento,
Descobre, no presente, "O Intento":
Um Sorriso...;
Reconhece; pois reflete a essência da mais pura existência;

"No riso de uma criança"

A mais bela presença (Real)
da esperança (Sem igual).

Enfim...
Tudo (de) novo...

- Luis Ortiz


** Cosmoética: Código de Ética Superior; Ética Cósmica; Ética Espiritual.
*** Samsara (do sânscrito): Roda reencarnatória compulsória.
**** Brahman (do sânscrito): O Todo; O Supremo; Deus; O Grande Arquiteto Do Universo; O Pai-Mãe de todos.
***** Ananda (do sânscrito): Bem-Aventurança.


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Wagner Borges é pesquisador, conferencista e instrutor de cursos de Projeciologia e autor dos livros Viagem Espiritual 1, 2 e 3 entre outros.
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