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Resistência

por Elisabeth Cavalcante em Espiritualidade
Atualizado em 27/06/2008 01:23:35


Oferecer resistência à vida é o caminho mais seguro para a angústia e a infelicidade. A mente nos impõe a ilusão de que resistir aos acontecimentos, seja através da raiva, da revolta ou do sofrimento, apressará nossa libertação.

Esta é a ilusão mais danosa na qual embarcamos enquanto vivemos no estado de inconsciência. A atitude oposta, o não resistir à vida, significa estar em estado de graça, de aceitação, de paz.

Por mais difícil que seja acreditar nesta premissa, a verdade é que quando quebramos a resistência interior ao que acontece, as circunstâncias de nossa vida tendem a melhorar consideravelmente.

Os acontecimentos, pessoas e circunstâncias que desejamos para a nossa felicidade, começam a vir em nossa direção sem qualquer esforço de nossa parte, e ficamos livres para apreciá-las enquanto durarem, sem o medo de que elas desapareçam.

Mas esta confiança só vem quando passamos a não depender mais dos acontecimentos externos para manter nosso equilíbrio e serenidade. Quando este se torna nosso estado natural, o relaxamento e a paz que se seguem acabam por atrair para nós muitas coisas positivas.

A vida flui com mais facilidade uma vez que o abandono de toda e qualquer forma de resistência nos torna flexíveis e abertos para novas experiências.
Esta abertura só pode acontecer no estado de não-resistência, pois ele é reflexo de uma conexão profunda com o Ser.

O Ser nos transporta para além da dualidade, dos opostos da mente, e nos liberta da dependência dos fatos relacionados com o mundo exterior. Mesmo que tudo à nossa volta desabe, se estivermos firmemente conectados a esta dimensão de nós mesmos, que é a da plena consciência, poderemos até experimentar alguma tristeza, mas ainda assim uma profunda paz interior estará presente.

Deixe Acontecer
O tantra diz: as coisas acontecem quando você não as espera, as coisas acontecem quando você não as força, as coisas acontecem quando você não está ansiando por elas.
Mas isso é uma conseqüência, não um resultado. E fique claramente consciente da diferença entre ‘conseqüência’ e ‘resultado’. Um resultado é conscientemente desejado; uma conseqüência é um subproduto. Por exemplo: se eu digo a você que se você brincar, a felicidade será a conseqüência, você vai tentar por um resultado. Você vai e brinca e você fica esperando pelo resultado da felicidade. Mas eu lhe disse que ela será a conseqüência, não o resultado.

A conseqüência significa que se você está realmente na brincadeira, a felicidade acontecerá. Se você constantemente pensa na felicidade, então, ela tem de ser um resultado; ela nunca acontecerá. Um resultado vem de um esforço consciente; uma conseqüência é apenas um subproduto. Se você estiver brincando intensamente, você estará feliz. Mas a própria expectativa, o anseio consciente pela felicidade, não lhe permitirá brincar intensamente. A ânsia pelo resultado se tornará a barreira e você não será feliz.

A felicidade não é um resultado, é uma conseqüência. Se eu lhe digo que se você amar, você será feliz, a felicidade será uma conseqüência, não um resultado. Se você pensa que, porque você quer ser feliz, você deve amar, nada resultará disso. A coisa toda será falsificada, porque a pessoa não pode amar por algum resultado. O amor acontece! Não há motivação por detrás dele.
Se há motivação, não é amor. Pode ser qualquer outra coisa. Se eu estou motivado e penso que, porque desejo a felicidade, vou amá-lo, esse amor será falso. E como ele será falso, a felicidade não resultará dele. Ela não virá; é impossível. Mas se eu o amo sem qualquer motivação, a felicidade segue como uma sombra.

O tantra diz: aceitação será seguida por transformação, mas não faça da aceitação uma técnica para a transformação. Ela não é. Não anseie por transformação - somente então a transformação acontece. Se você a deseja, seu próprio desejo é o obstáculo”.

OSHO, Vigyan Bhairav Tantra


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elisa
Elisabeth Cavalcante é Taróloga, Astróloga, Consultora de I Ching e Terapeuta Floral.
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