Submissão
por Elisabeth Cavalcante em EspiritualidadeAtualizado em 10/02/2006 11:04:29
Muitas pessoas vão levando a vida sem qualquer decisão quanto ao seu próprio destino. Deixam-se guiar passivamente por pais, companheiros, chefes e todo tipo de pessoas autoritárias que encontram pela vida.
Obviamente que a criança não tem como reagir frente à opressão dos adultos. Mas, o problema é que crianças oprimidas, quando crescem, continuam a agir de forma medrosa e submissa, como se não tivessem forças para enfrentar injustiças e humilhações, ou seja, continuam a sentir-se internamente como aquela criança indefesa.
Este sentimento de covardia tem raízes profundas e nasce quando a iniciativa é tolhida desde muito cedo na vida. Pais dominadores impedem que o filho tenha satisfeitas suas vontades por acreditar que ele não tem condições de escolher o melhor e, desse modo, acabam por fazê-lo acreditar que jamais conseguirá tomar decisões acertadas ao longo da vida, precisando sempre de alguém que o guie ou determine qual o melhor caminho.
Assim como os pais excessivamente permissivos acabam criando filhos sem qualquer noção de limite, os pais repressores, ao contrário, formam seres humanos para os quais a vida é feita apenas de barreiras e limitações, que eles próprios, quando adultos, se impõem.
Vencer a apatia e recuperar o sentido de vontade e poder pessoal é uma tarefa bastante difícil para aqueles que tiveram sua iniciativa tolhida no inicio da vida, numa fase em que sua identidade deveria ser fortalecida.
Para as pessoas acostumadas a uma vida de obediência e submissão, descobrir aquilo de que gostam e do que necessitam para serem felizes é algo estranho e incomum.
É necessário um grande esforço e a convicção de que desejam mudar suas vidas, dando a si mesmas uma chance de felicidade. Sempre é tempo de recuperar a autoconfiança e aprender a exigir do mundo o respeito à nossa vontade.
A VOZ CRÍTICA
(Um visitante diz: “Há muitas vozes dentro de mim que dizem que estou sempre fazendo a coisa errada o tempo todo”).
Essa voz crítica nunca é sua. Quando você era criança, seu pai dizia: "Não faça isso", e sua mãe dizia: "Não faça aquilo." Aquilo que você queria fazer estava sempre errado, e aquilo que você nunca queria fazer era o que eles queriam que você fizesse, e era o certo.
Você está em uma dupla atadura. Você sabe qual é o "certo" a fazer, mas não quer fazê-lo; assim, se o fizer, será como uma obrigação. Então não haverá alegria e você sentirá que está se destruindo, que está desperdiçando a sua vida. Se você fizer aquilo que quer, você se sentirá culpado, sentirá que está fazendo algo errado.
Assim, você precisa se livrar de seus pais, e isso é tudo. E isso é algo muito simples, porque agora você está crescido e seus pais já não estão presentes; eles estão apenas dentro de sua mente.
Não estou dizendo para matar seus pais - o que quero dizer é que você tem de matar essa reminiscência do passado. Você não é mais uma criança, reconheça esse fato. Tome a responsabilidade em suas próprias mãos, é a sua vida. Assim, faça o que quer que você queira fazer e nunca faça o que não queira fazer. Se você precisar sofrer por isso, sofra. Precisamos pagar o preço por tudo, nada é de graça na vida.
Se você gosta de algo e todo o mundo condena esse algo, ótimo! Deixe que eles condenem. Aceite essa conseqüência; vale a pena. Se você não gosta de algo e o mundo todo chama esse algo de belo, isso não tem importância, porque você nunca desfrutará a sua vida se for seguir os outros. É a sua vida, e, quem sabe, amanhã você poderá morrer. Portanto, desfrute-a enquanto estiver vivo! Esse não é da conta de ninguém - nem de seus pais, nem da sociedade, nem de qualquer outra pessoa. Trata-se da sua vida”. OSHO, For Madmen Only (Somente para loucos).
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