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Transmutando o Sofrimento

por Elisabeth Cavalcante em Espiritualidade
Atualizado em 10/03/2010 16:31:35


O filósofo francês Jean Paul Sartre afirmou certa vez: “Não importa o que a vida fez de você, mas o que você faz com o que a vida fez de você”.
Essa afirmação me leva a refletir sobre a capacidade que algumas pessoas possuem de fazer dos eventos de sua vida, mesmo os piores deles, uma oportunidade para se transformar, crescer e tirar da experiência algo de valor.

Outros, ao contrário, mesmo diante de problemas não tão significativos, encaixam-se definitivamente no papel de vítimas infelizes e passam a carregar este fardo ao longo da vida, sem se dar a chance de virar a página, de deixar os acontecimentos ruins no único lugar em que deveriam permanecer: o passado.

Uma das imagens mais incríveis que assisti sobre o terremoto no Haiti foi a das pessoas nas ruas se dando as mãos e cantando. Apesar de terem perdido absolutamente tudo, elas se recusavam a se entregar ao desespero e à infelicidade.

Fazer esta virada não é fácil, requer uma consciência permanente sobre o poder que temos de direcionar nossa vida para uma ou outra direção. Os pensamentos que alimentamos possuem um poder inimaginável, pois se tornam os guias de todas as nossas ações.

Então, se acreditarmos que nossa trajetória será para sempre uma sucessão de tragédias, naturalmente que este destino virá ao nosso encontro, inevitavelmente.

A saída é nos lembrarmos de que temos, sim, o poder de escolher todos os dias entre a tristeza e o sofrimento, ou o equilíbrio e a serenidade. Por mais desesperadora que seja a realidade ao nosso redor, precisamos nos lembrar de que sempre será possível dar voz à essência divina que habita nosso ser.

A liberdade da escolha

O homem pode ser tremendamente feliz, e tremendamente infeliz. Ele é livre para escolher. Essa liberdade é um risco. Essa liberdade é muito perigosa, porque você se torna responsável.

E algo aconteceu com essa liberdade. Alguma coisa está errada. O homem está, de uma certa maneira, de cabeça para baixo.

Você veio até mim, procurando por meditação.

A meditação é necessária somente porque você não escolheu ser feliz. Se você tivesse escolhido ser feliz, não haveria nenhuma necessidade de meditação.

A meditação é medicinal: se você está doente, então o medicamento é necessário. Os Budas não precisam de meditação.

Uma vez que você começou a escolher a felicidade, uma vez que você decidiu que você tem que ser feliz, então nenhuma meditação é necessária.

A meditação começará a acontecer naturalmente, por ela mesma. A meditação é uma função do estar feliz.

A meditação segue o homem feliz como uma sombra: em qualquer lugar que ele for, qualquer coisa que ele estiver fazendo, ele estará meditativo. Ele estará intensamente centrado.[...]

A meditação ocorre naturalmente a uma pessoa feliz.

A meditação ocorre naturalmente a uma pessoa alegre.

A meditação é muito simples para uma pessoa que pode celebrar, que pode desfrutar a vida”.


OSHO, A Sudden Clash of Thunder, # 7



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elisa
Elisabeth Cavalcante é Taróloga, Astróloga, Consultora de I Ching e Terapeuta Floral.
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